Foto reproduzida do blog: omundoaseuspes.wordpress.com
quarta-feira, 31 de maio de 2017
Antigo casarão dos Rollembergs, hoje sede da OAB SE.
Antigo casarão dos Rollembergs, hoje sede da OAB SE.,
na Avenida Ivo do Prado, em Aracaju.
Foto reproduzida do site: ecoviagem.uol.com.br
A coxinha gigante de catupiry, da Casa Alemã, em Aracaju
Algumas delícias da Casa Alemã poderiam ser listadas como
razões para amar Sergipe,
como a torta de frango, mas nenhuma é mais icônica do
que a coxinha de catupiry.
Foto e legenda reproduzidas do blogdeclara.com
terça-feira, 30 de maio de 2017
João de Seixas Dória (1917 - 2012)
Biografia
João de Seixas Dória nasceu em Propriá, em 23 de fevereiro
de 1917, filho de Antônio de Lima Dória e de Maria de Seixas Dória. Casou-se
com Meire Dória e tiveram dois filhos: Antônio Carlos e Ernane.
Os primeiros anos de escola fez em Propriá com dona Rosinha
Pinheiro. Concluiu o primário no Colégio
Antônio Vieira e o curso secundário no Colégio Marista, ambos em Salvador.
Entrou, inicialmente, na Faculdade de Direito da Bahia, transferindo-se, no segundo
ano, para Faculdade de Direito de Niterói, onde se formou Bacharel em Ciências
Jurídicas e Sociais, em 1946. Voltou a Salvador e exerceu a advocacia por um
período até ingressar na política.
Na década de 1940, o prefeito de Aracaju, Josaphat Carlos Borges,
o nomeou secretário da prefeitura. Com o fim do Estado Novo, filiou-se à UDN,
sendo eleito deputado estadual em 1947 e 1950, chegando ao posto de líder da
bancada. Em 1954 e 1958 foi eleito deputado federal e integrou-se à Frente
Parlamentar Nacionalista. Foi vice-líder do Governo do Jânio Quadros na Câmara
dos Deputados. Consumada a renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961,
Seixas Dória integrou a "Bossa Nova" da UDN ao lado de nomes como o
futuro presidente, José Sarney.
Em 1962, já membro do Partido Republicano, foi eleito
governador de Sergipe, derrotando o udenista Leandro Maciel. Opôs-se ao Golpe
Militar que abreviou o mandato do presidente João Goulart em 31 de março de
1964.
Removido à força do governo no dia seguinte, Seixas Dória
foi preso e levado à ilha de Fernando de Noronha onde permaneceu por 04 meses
até ser libertado por um habeas corpus do Superior Tribunal Militar. Por força
do Ato Institucional Nº 2 teve os direitos políticos suspensos por dez anos a
partir de 04 de julho de 1966.
Encerrada a sua "reclusão política" ingressou no
MDB, atuando em defesa da anistia e da redemocratização. Com a reforma
partidária de 1979, filiou-se ao PMDB. Suplente de deputado federal em 1982,
exerceu o mandato a partir de uma licença médica de José Carlos Teixeira, sendo
efetivado após a vitória de Jackson Barreto nas eleições para prefeito de
Aracaju em 1985.
Foi nomeado secretário de Transportes pelo governador
Antônio Carlos Valadares em agosto de 1988 permanecendo no cargo por quatro
meses. Assessor político da Presidência da República nos últimos meses do
Governo Sarney, foi secretário de Transportes no segundo governo João Alves
Filho e depois membro do conselho de administração da Companhia Vale do Rio
Doce.
Membro da Academia Sergipana de Letras, ocupava a cadeira de
nº 32, e era autor de Sílvio Romero, jurista e filósofo e Eu, réu sem crime.
Faleceu em Aracaju, em 31 de janeiro de 2012.
Fonte: agencia.se.gov.br
segunda-feira, 29 de maio de 2017
Vista aérea do Bairro 13 de Julho, anos 70
"13 de Julho com a Biblioteca Pública Ephifânio Dórea ainda
em construção.
Início dos anos 70. Foto enviada pelo amigo Ancelmo de Oliveira". (PRDB).
Legenda: Paulo Roberto Dantas
Brandão.
Foto e legenda reproduzidas do Facebook/Paulo Roberto Dantas Brandão.
Chico Rosa, João Oliva, Seixas Dórea e Orlando Dantas
Orlando Dantas com o governador Seixas Dórea,
e seus
secretários Chico Rosa e João Oliva Alves.
Foto (e legenda): acervo família Paulo Roberto Dantas
Brandão.
Reproduzidas do Facebook/Paulo Roberto Dantas Brandão.
Aracaju na década de 1940. Ponte do Imperador
Foto (e legenda): acervo Paulo Roberto Dantas Brandão.
Reproduzidas do Facebook/Paulo Roberto Dantas Brandão.
Aracaju na década de 1940. Praça Camerino
Foto e legenda: acervo Paulo Roberto Dantas Brandão.
Reproduzidas do Facebook/Paulo Roberto Dantas Brandão.
Hortência Barreto - Bonita e talentosa, ela é uma artista plural
Publicado originalmente no site do Jornal do Dia Online, em
02/12/2014.
Bonita e talentosa, ela é uma artista plural.
Por Vieira Neto.
Natural de Nossa Senhora das Dores (SE), Hortência Barreto
já conquistou mercados não só em Sergipe, como em São Paulo, Rio de Janeiro,
Estados Unidos e a França, onde expôs em espaços como Marie Charlotte,
Reciproque, Gilton Lavrou e Hotel Clair de Lune.
A sua obra tem: uma aparência lúdica resultante da mistura
da tinta acrílica, que dá tom mais suave, junto com a aquarela. Daí os
belíssimos tons pastéis de suas telas, com predominância das graciosas bonecas
de pano.
Há tempos venho seguindo a firme evolução de Hortência, que,
com o passar dos anos, vem se tornando mais uniforme junto com a maturidade da
perfeita harmonia do conjunto. Sempre surpreendente. As figuras, antes tão
marcantes, diluem-se em tonalidades suaves na interpretação de ambientes e
objetos. O conjunto, em que pese sua perceptível dinâmica, tornou-se mais
homogêneo, menos figurativo, mais lírico e mais subordinado às prioridades da
pintura.
Hortência Barreto sabe como poucos, elaborar cuidadosamente
os tons de uma gama limitada voluntariamente à base de acordes tonais, de leves
contrastes de luz e de uma interpretação livre que parte do real para o onírico
com nuances de uma quase abstração.
A artista convive longamente com cada pintura, modifica-a,
coloca-a diante dos olhos, altera a cor dominante, reforma a composição, renova
os signos.
A obra de Hortência Barreto, em síntese, é constante
solicitação à alegria de viver.
Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldodiase.com.br
Museu da Polícia Militar, em São Cristóvão.
Fotos: Fátima Silva.
Museu da Polícia Militar atrai cerca de 450 visitantes por
mês em São Cristóvão.
O Museu da PM é aberto ao público todos os dias da semana,
de 9 às 17h.
Você já visitou o Museu da PM? Criado em 1969, o Museu da
Polícia Militar de Sergipe é hoje mais uma opção de lazer agregando cultura e
conhecimento não somente para a população sergipana, como também para turistas
que visitam a cidade histórica de São Cristóvão.
Mil peças diferentes como armamentos, fardamentos,
equipamentos e documentos estão à disposição de todos que visitam as
instalações do Museu, e desde 2014 artistas sergipanos podem expor sua arte.
O diretor executivo das atividades no Museu, coronel Dilson
Ferraz, relata que a a primeira
exposição de artistas sergipanos ocorreu em 2014, após dois anos de
funcionamento em São Cristóvão. “Houve uma grande necessidade de unir a
importância do Museu com a importância da inserção da cultura artística local
para, acima de tudo, dinamizar a funcionalidade do órgão”.
Como resultado, diversos artistas já expuseram agregando
valor cultural como também mais visitantes ao estabelecimento, trazendo como
diz o próprio coronel, “visibilidade por meio de uma associação em que a arte é
o principal elo com a comunidade”.
Desde a sua idealização na década de 1969, o museu coleta
materiais antigos que remetem à história da PM. Recentemente o Museu recebeu
uma túnica pertencente a um capitão datada do século XX e um bacamarte, também
do mesmo período. O vice-diretor do Museu, major Jorge Ferreira lembra que é fácil
cooperar com o acervo do Museu, não há burocracia, basta apresentar o material
na sede do próprio Museu na cidade de São Cristóvão ou no Quartel do Comando
Geral, na capital.
O major Jorge Fernando ainda ressalta sobre a importância do
museu para a comunidade. “A importância é puramente cultural, todo
acontecimento do passado é tido como fato histórico e o resultado disso é que
daqui a alguns anos as pessoas darão valor às coisas que hoje em dia não se
importam. É nossa história, intrínseco, cultural”, conta o major.
O acervo do Museu é formado por meio de doações da sociedade
sergipana, de forma a manter viva as memórias.
A Secretaria de Estado da Cultura também é um parceiro fundamental no
projeto.
O museu tem ainda uma parceria com o Programa Educacional de
Resistência às Drogas e Violência da Polícia Militar (Proerd), que engaja
escolas das redes particular e pública.
A estudante Marianne Oliveira fez a sua primeira visita ao museu há um ano.
“Por sorte eu fui a um museu que conta a história da polícia do meu estado e
foi muito gratificante ver o tanto que eles evoluíram e que sempre estiveram
dispostos a cumprir o seu papel”, revelou Marianne.
Funcionamento
Aberto a visitas diariamente das 9h às 17h, inclusive final
de semana e feriados, o museu disponibiliza um guia que relata fatos históricos
relacionados às peças, revelando curiosidades sobre a história da própria
Polícia Militar.
O Museu recebe cerca de 15 visitantes diariamente tanto de
turistas sergipanos como de pessoas oriundas de estados como Rio de Janeiro,
Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Pernambuco, curiosos em conhecer o berço da
trajetória da Polícia do Estado de Sergipe.
Texto e imagens reproduzidos do sitedobareta.com.br
domingo, 28 de maio de 2017
Vista aérea da Orla de Atalaia, em Aracaju
Imagem extraída do Vídeo drone DJI Mavic Pro
Reproduzida do Canal YouTube de Wellington da
Costa Floriano
Museu de Arqueologia de Xingó, no município de Canindé
.
Museu de Arqueologia de Xingó.
Por Franciele Amaral.
Por Franciele Amaral.
O Museu de Arqueologia de Xingó também conhecido como MAX,
localiza-se no município de Canindé de São Francisco, no extremo noroeste do
estado de Sergipe.
O MAX
foi inaugurado em 2000 e é um museu moderno que possui um aspecto arquitetônico
bastante instigativo e que atrai os seus visitantes.
A história do
museu inicia-se com a construção da barragem de Xingó no ano de 1888 quando a
Companhia hidroelétrica de São Francisco em uma parceria com a Universidade
Federal de Sergipe iniciou um projeto de salvamento arqueológico encontrando
diversos artefatos de indivíduos que viveram nos atuais estados de Sergipe,
Alagoas e Bahia, a cerca de nove mil anos antes do presente.
Em um dos
setores há uma representação do que é um trabalho arqueológico, onde é
apresentado de forma didática a partir de camadas de diferentes eras geológicas,
como essas escavações podem ser feitas e quais são os instrumentos utilizados
pelos arqueólogos para realizá-las...
Sem dúvida alguma o Museu Arqueológico de
Xingó é de extrema importância não só para os sergipanos como também para todos
os brasileiros, devido ao seu rico acervo arqueológico.
sábado, 27 de maio de 2017
Sergipana é convocada para Sul-Americano de ginástica rítmica
Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade.Net, em 26/05/2017.
Sergipana é convocada para Sul-Americano de ginástica
rítmica
Maria Lua, sergipana de apenas 9 anos será uma das três
representantes do país na categoria Pré-Infantil. E tem mais, é a única do
Nordeste.
Por: JornaldaCidade.Net
Maria Lua, sergipana
de apenas 9 anos será uma das três representantes do país na categoria
Pré-Infantil. E tem mais, é a única do Nordeste.
- A sensação é incrível. Estou muito feliz em poder
participar desse campeonato no inicio da minha carreira. É o sonho de todas as
atletas e, na minha idade, é o maior evento que uma ginasta pode conquistar -
festejou Maria Lua.
A vaga no Sul-Americano de Ginástica Rítmica, que será de 27
a 31 de julho, em Guayaquil, no Equador, foi conquistada pelos bom resultado da
sergipana no Brasileiro de GR 2016. Vale ressaltar que ela começou na
modalidade em 2015. De lá pra cá, foi destaque em todas as competições que
participou, sendo campeã do Torneio Sergipano e da Copa Marista Internacional,
onde obteve a maior nota do torneio, ficando com o título da categoria Mirim.
Maria Lua é atleta do Colégio Jardins e do Clube Jardins. A
técnica, Iracema Alves, falou um pouco sobre a convocação da ginasta,
destacando a importância de uma experiência na seleção.
- Orgulho define todos os meus sentimentos. É uma honra em
poder ter uma aluna sendo convocada para representar o Brasil, fazendo parte da
Seleção Brasileira. Maria Lua é muito talentosa e quanto mais nova puder
vivenciar isso, será fundamental para o seu desenvolvimento na ginástica
rítmica e na sua carreira - afirmou Iracema Alves.
Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net
A Itabaianização de Sergipe, é tema de palestra na CMI
Trechos de publicação da CMI, em 25 de maio de 2017.
A Itabaianização de Sergipe, é tema de palestra na CMI.
Jornalista Luís Eduardo Costa discorreu sobre o tema na
sessão do dia 25/05/2017.
Na quinta-feira, 25/05/2017, o jornalista Luiz Eduardo
Costa, blogueiro do portal Infonet, e proprietário da Xingó FM, autor do artigo
intitulado “A Itabaianização de Sergipe” publicado em seu blog no dia
29/04/2017 e em sua coluna semanal no Jornal do Dia, esteve na Câmara de
Vereadores de Itabaiana - CMI, Sergipe, onde profeririu uma palestra sobre o
tema título do artigo.
A Itabaianização de Sergipe destaca a capacidade
empreendedora do itabaianense, sugerindo que o estado use essa capacidade do
cidadão serrano como referência e estímulo para o seu crescimento econômico. O
artigo começa dizendo que” É preciso pôr em prática um projeto de
“itabaianização” de Sergipe”. Diz que “É sobre o progresso e o dinheiro que
corre em Itabaiana, que queremos tratar como exemplo para a multiplicação de
iniciativas idênticas em outros municípios”. Conclui afirmando que “Se Sergipe
conseguisse “itabaianizar-se”, seria a Santa Catarina do nordeste”.
Trechos (editados) de fonte do site: cmitabaiana.se.gov.br
Abaixo a integra do artigo:
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A "itabaianização" de Sergipe.
Por Luiz Eduardo Costa.
É preciso por em prática um
projeto de “itabaianização” de Sergipe. Alguns se espantarão com essa ideia de
transformar Sergipe numa grande Itabaiana, afinal, ultimamente aquele município
tem sido noticia frequente nas páginas policiais.
O progresso de Itabaiana, o dinheiro que corre em Itabaiana,
faz com que a cidade se torne um destino para quem vive do crime. Esse é um
problema grave, mas que terá solução. É sobre o progresso e o dinheiro que
corre em Itabaiana, que queremos tratar como exemplo para a multiplicação de
iniciativas idênticas em outros municípios.
O que estaria faltando? Certamente, a capacidade de replicar
aquela forma de energia criativa, empreendedora, que tem o itabaianense, e
plantá-la pelo Sergipe todo. O que nos falta é exatamente o despertar da
capacidade de empreender, de inovar, de gerar negócios, de criar empregos.
A fórmula de Itabaiana sempre foi à iniciativa individual, a
improvisação, o quebra-galho, o entusiasmo e a dedicação ao trabalho. Um
exemplo: Itabaiana quase não tem cajueiros, mas exporta castanhas de caju para
o Brasil todo. Pelas praias do nordeste, até de Santa Catarina, há
itabaianenses vendendo castanhas.
Itabaiana não tem coqueiros, mas existe um promissor negócio
de venda de cocos, de água de coco, montado por itabaianenses, que também
criaram uma das maiores frotas de caminhões do país. A falta de chuva secou as
barragens Jacarecica 1 e 2. O que fazem os irrigantes paralisados? Fazem
comércio, compram hortigranjeiros onde eles existam, e montam uma cadeia de
distribuição.
Foi essa energia do povo, caracteristicamente de Itabaiana,
que fez nascer, a partir de bodegas, os grandes grupos montados pelos Paes
Mendonça, pelos Barbosa, mais recentemente, pelos irmãos Peixoto, que agora
inauguram um Shopping, o primeiro de Itabaiana.
Expandem a rede de supermercados, ao tempo em que, a exemplo
de João Carlos Paes Mendonça, dedicam-se a projetos sociais. Há muitos exemplos
idênticos a esses que citamos encontráveis em Itabaiana, em variadas escalas.
Se Sergipe conseguisse “itabaianizar-se”, seria a Santa
Catarina do nordeste.
Texto reproduzido do site: cmitabaiana.se.gov.br
sexta-feira, 26 de maio de 2017
Praia do Atalaia (SE): De mirante a cartão-postal
Atalaia na transição dos anos 80 para 90.
Atalaia dos anos 70.
Passarela do Caranguejo.
Portal de entrada da Atalaia.
Rede hoteleira e infraestrutura.
Publicado originalmente no Portal Infonet, em 25 de maio de 2017.
Praia do Atalaia (SE): De mirante a cartão-postal.
História sobre o topônimo do principal cartão-postal de
Aracaju
Você sabia que o maior cartão-postal de Aracaju foi um
pequeno vilarejo longe do centro da Capital e que lá estava instalado um
mirante para avistar embarcações? A praia do Atalaia ou praia da Atalaia tem
uma história bem interesse e é lá onde se concentra um dos principais polos de
interesse turístico da capital e produto turístico de Sergipe. De mirante
“Atalaia do Cotinguiba” a vilarejo de pescadores, de farol do Atalaia a região
mais turística da cidade, o bairro Atalaia é um dos que mais cresce e se
verticaliza na atualidade, possuindo bons restaurantes, rede hoteleira,
agências de viagens e uma das orlas mais estruturadas do Brasil.
O Tô no Mundo faz um passeio pela origem do nome da praia e
mostra como a construção da orla à beira-mar é considerada um dos principais
indutores de turistas para Sergipe.
Monumentos, lagos, calçadões, aparelhos de ginástica e de
lazer, melhor rede hoteleira do estado, nada tem a ver com a Atalaia de
outrora. Conta a história que o topônimo (nome de um lugar) Atalaia remete a
pessoa que ficava a postos em um mirante a observar as embarcações que entravam
e saiam na denominada barra do rio Cotinguiba. Nos idos de 1848 um “atalaia”
(homem) ficava de espreita, de guarda e de guarida em uma plataforma coberta,
visualizando um local ainda ermo, sem atrações e com um mar que sem ele prever
seria um dos principais atrativos da localidade. Daí o nome de mirante do
“Atalaia do Cotinguiba”.
Em 1854, por necessidade de resguardar a segurança da
localidade, o presidente da Província de Sergipe, Inácio Barbosa, remeteu ao
Governo Geral uma planta com o orçamento para construção de um farol na foz e
margem direita do rio Cotinguiba.
Em 1860, foi encomendada da Inglaterra uma lanterna e
acessórios para serem colocados em uma torre de madeira que servia de sentinela
no mirante do Atalaia do Cotinguiba. A lanterna foi instalada em 17 de janeiro
de 1861, sendo inaugurada no dia 12 de outubro do mesmo ano.
Em 1881, a atalaia de “madeira pintada de preto” ameaçou
ruir. O diretor de Faróis, capitão-tenente Pedro Benjamim Lima, solicitou a
substituição por uma torre de cantaria ou alvenaria com 25 metros de altura. O
pedido não foi atendido.
Em 27 de março de 1884, um incêndio consumiu o mirante de
madeira. No mesmo ano foi providenciada uma torre provisória que funcionou até
1886, quando teve início a construção de uma torre metálica que receberia um
aparelho luminoso, ambos (ferro e equipamentos) oriundos da França. A nova
estrutura foi inaugurada no dia 7 de setembro de 1888, denominada de Farol da
Atalaia, hoje fincado no bairro da Farolândia.
“O farol consistia numa torre metálica de forma troncônica
sob esteios de rosca (sistema Mitchel), tendo na base a casa dos faroleiros e
no cume um aparelho lenticular que utilizava o querosene como fonte de energia.
A luz branca cintilante poderia ser vista a 17 milhas da costa em tempo claro”,
conta os pesquisadores Amâncio Cardoso e de Francisco José Alves no texto
“Memorial da Atalaia”.
Aos poucos, a região paradisíaca do final do século XIX
transformava-se numa povoação de casas de palhas de pescadores, lavradores,
colhedores de coco, vendedores de beijus das feiras da Aracaju de outrora, que
atravessavam de barco o rio Poxim para chegar na região mais central.
É somente a partir da década de 1930 que a bucólica Atalaia
se transforma em frequentado balneário, e muitos afortunados da época passaram
a construir suas casas na localidade para veranear.
Com as mudanças econômicas e culturais das décadas de 50 e
60, além da considerada transformação social do hábito de tomar banho de mar na
cura das enfermidades para somente banhar-se por lazer e diversão, a região
litorânea passa a ser mais valorizada e frequentada. Essa mudança de hábito
ocorria em todo o mundo, não somente na pequena atalaia de outrora; e o que
antes eram pontos de convergência de cidadãos querendo a cura de seus males,
transformava-se em um grande ponto de convergência de pessoas procurando a
balneabilidade por lazer.
A praça Alcebíades Paes, localizada ao centro do povoado da
Atalaia, atraiu habitantes nas primeiras décadas do século XX e infraestrutura
para mantê-los não veraneando, mas morando na localidade. Nesse local, o governo
de Sergipe construiu o Palácio de Veraneio projetado pelo arquiteto alemão
Altanech, que se estabeleceu em Aracaju e construiu diversas casas, mudando a
face do pequeno povoado e até da cidade de Aracaju.
Uma construção de uma ponte velha de madeira sobre o rio
Poxim, que futuramente daria estrutura para a construção da ponte que é hoje,
na região do Parque dos Cajueiros, encurtou as distâncias e favoreceu a elite
econômica, que tinha transporte, a iniciar também o processo de povoamento do
povoado para transfigura-lo como o bairro Atalaia.
Só em 1954 que o povoado Atalaia, de sob jurisdição de São
Cristóvão, passa a pertencer a Aracaju. A estrada e a ponte aquecem cada vez
mais o balneário de veranistas e logo o que era um povoado de pescadores se transforma
em um bairro de Aracaju, com relativa infraestrutura urbana.
Nos anos 70 e 80, a expansão urbana se deu por conta da
instalação do Tecarmo – Terminal Marítimo de Carmópolis, além dos conjuntos
habitacionais Beira-Mar e Santa Tereza. O loteamento Aruana e a Coroa do Meio
vieram depois e são marcos também para a habitação do bairro Atalaia. Em 1977,
a construção da ponte Godofredo Diniz foi erguida cortando o rio Sergipe para
encurtar a distância de chegada do Centro para a Atalaia por um novo bairro a
surgir na época, o bairro Coroa do Meio.
Entre os finais do século XX e início do século XXI, a
Atalaia movimenta a construção civil com o aporte de hotéis, restaurantes,
reurbanização de ruas e construção da orla, hoje considerada a principal área pública
de lazer, tanto de sergipanos quanto de turistas.
O mirante do Atalaia deu lugar a outros equipamentos: à
região dos Lagos, os monumentos dos Descobridores do Brasil, Passarela do
Caranguejo, além da urbanização mais proveniente por conta da zona de expansão
de Aracaju, já que o povoado Atalaia iniciava na margem do rio Poxim e ia até a
desembocadura do rio Vaza-Barris.
Do Oceanário do Tamar a hotéis estrelados, de restaurantes
com cozinha criativa internacional à regional, a Atalaia passa de reduto de
pescadores à atração turística de Sergipe. Eis um bom motivo para conhecê-la.
Fonte principal: “Memorial da Atalaia”, artigo publicado no
Jornal da Cidade de autoria dos pesquisadores Amâncio Cardoso (professor dos
cursos de Turismo do IFS e sócio do IHGS) e de Francisco José Alves (professor
do Departamento de História da UFS e sócio do IHGS).
Fotos: Domínio público/ Internet/ acervo
sergipeantigo.com.br. Atuais: Silvio Oliveira
Contato: silviooliveira@infonet.com.br
Face: @tonomundo
Texto reproduzido do site: infonet.com.br/blogs/silviooliveira
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