Foto extraída de vídeo da TV Sergipe e postada pelo o
blog para ilustrar o presente artigo
Texto publicado originalmente no site Alô News, em 14/01/2019
Adeus a Hildegards
Por Ivan Valença
Da Coluna Ponto de Vista/Alô News
A cidade sepultou, a semana que passou, um dos seus entes
mais queridos. Lá se foi para a eternidade o Sr. Hildegards Azevedo dos Santos.
Sobre ele, muito já se escreveu, mas não se disse tudo. De
Hildegards Azevedo que foi um exemplar funcionário público, ocupando cargos de
relevância nas administrações municipal e estadual, geralmente tendo como peça
chave o Sr. João Alves Filho. Era craque em pegar uma Secretaria de Estado em
situação difícil e devolvê-la, depois, em ótimo Estado ao seu verdadeiro dono,
o povo. Talvez por causa deste seu talento com os números foi nomeado
Conselheiro do Tribunal de Contas, cuja corte chegou a ser Presidente.
Natural de Maruim - município onde também nasceu minha mãe -
conheci Hildegards lá pelos idos de 1957 ou 1958 quando ele exercia um dos
cargos mais importantes que teve na sua brilhante carreira administrativa.
Quando comecei a trabalhar na “Gazeta de Sergipe”, por volta desta época,
Hildegards – que por muitos era conhecido por Degas – era o gerente do veículo
que funcionava na Avenida Rio Branco, a conhecida Rua da Frente. Era um prédio
antigo, com vários quartos (ou salas) O lado direito era ocupado, na sala
principal, pelo Jornalista Orlando Dantas, diretor-proprietário do jornal,
àquela época encerrando um mandato de deputado federal. No lado esquerdo, com
janelas que se abriam para a Avenida Rio Branco, com uma vista privilegiada para
o Rio Sergipe, era sala onde ficava a gerência ocupada por Hildegards. Ali ele
reinava absoluto, mas ninguém passava pela “Gazeta” sem deixar de cumprimentar
o querido Degas, sempre as voltas com dezenas de papéis. Geralmente notas
fiscais do que era comprado pelos seus subordinados. Hildegards não guardava
aquelas notas sem antes conferí-las, uma a uma, até os recibos assinados por
autônomos. Ele dirigia a “Gazeta de Sergipe” com mão de ferro. As determinações
vindas da gerencia eram obedecidas ipsis-literis por todos nós da Redação (que
ficava na sala ao lado, mas um pouco distante das oficinas, que ficava no fundo
do corredor), inclusive pelos mais rebeldes como Nino Porto. Depois, um belo
dia, logo depois do movimento armado de 1964, Hildegards partiu para outras
responsabilidades. Deixou-nos mas o seu espírito “gazeteano” nunca foi
abandonado por ele.
Que o amigo descanse em paz.
Texto reproduzido do site: alonews.com.br
Boa noite!
ResponderExcluirLamento a morte de um parente que nunca conheci, embora tenha ouvido grandes histórias sobre ele.
Meu avô Joaquim Pereira de Azevedo, primo de Degas, morava em Aracaju, sua casa também foi moradia nos dia de semana de seu primo que estudava no centro da cidade. Meu avô falava que Degas era muito inteligente e um grande amigo durante a juventude.
Um belo dia pesquisei sobre Degas na internet, para minha surpresa achei a foto de um senhor muito parecido com meu avô, ao ver a foto meu avô logo se emocionou, há anos não via seu primo...
Ao dono do Blog, me chamo Rômulo Azevedo, professor de História no RJ, estou em buscando informações sobre minha família em Sergipe. Espero que possa me ajudar com alguma informação da família Azevedo.