Turma de sargento formadas no Pará – 1990
Foto: Arquivo Pessoal
Publicado originalmente no site do CINFORM, em 9 de março de 2019
Mulheres na Polícia Militar do Estado de Sergipe: 30 anos de
história
Da Redação
As pioneiras romperam barreiras e ingressaram na Corporação
em 20 de fevereiro de 1989
Há 30 anos a Polícia Militar do Estado de Sergipe conta com
a força feminina na luta diária pela preservação da ordem pública. As pioneiras
romperam barreiras e ingressaram na Corporação em 20 de fevereiro de 1989.
As primeiras mulheres foram admitidas por meio do concurso
para o Curso de Formação de Oficiais (CFO) e do Curso de Formação de Sargentos
(CFS). Rita de Cássia Silvestre e Fátima Cristina Fontes seguiram carreira e
foram para a reserva remunerada como coronéis, último posto da Polícia Militar.
As sargentos Carmelita Dantas e Joanete Dias concluíram o curso no Estado do
Pará, retornando a Sergipe como as primeiras praças da Instituição.
Em 1991, a PMSE formou as primeiras policiais no Centro de Formação
e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), localizado no Bairro América, em Aracaju.
Ao todo, seis sargentos concluíram o curso, sendo que três delas ainda
permanecem em atividade, a capitã Evangelina de Deus Santos e as tenentes
Marlene e Denise.
Capitã Evangelina (Foto: Arquivo Pessoal)
A capitã Evangelina foi aprovada no CFO realizado em 2003 e
hoje ocupa a função de Auxiliar na Assessoria de Comunicação da PM. De acordo
com a oficial, o seu ingresso na Polícia por meio das primeiras turmas femininas,
representou algo inovador, uma verdadeira quebra de paradigmas. “Nós mulheres,
conquistamos espaço inserindo as qualidades femininas na Corporação,
contribuindo para uma polícia mais humanizada. No início foi preciso desbravar
um ambiente majoritariamente masculino, com respeito e simpatia. Hoje, após 28
anos de trabalho, cultivo grandes amizades possibilitadas pela PM, dentro e
fora da Corporação”, destacou a capitã.
Já no ano de 1993, 49 mulheres foram admitidas por meio do
primeiro concurso para soldados, que previa vagas para o sexo feminino. A
sargento Cândida Rosa fez parte daquela turma e carrega consigo o orgulho de
ter sido uma das soldados pioneiras em Sergipe. “Dentro de um pelotão composto
apenas por mulheres, enfrentamos muitas cobranças e desafios, todos superados
pelo amor à profissão, mesmo arriscando a própria vida, fato juramentado na
conclusão do curso”. Ainda de acordo com a sargento, “apesar das lutas diárias
nós somos guerreiras e sempre encontramos força em Deus para enfrentar as
batalhas com sabedoria, acreditando em dias melhores na carreira profissional”
afirmou a policial que exerce suas funções no Quartel do Comando Geral (QCG).
Pelotão feminino – 1993 (Foto: Arquivo Pessoal)
A sargento Adriana Ferreira também foi aprovada no concurso
de 1993 e faz questão de frisar os avanços que ocorreram ao longo de 26 anos de
polícia. “Em todo esse tempo muitas coisas mudaram. Somos uma geração de
pioneiras que segue na luta por mais reconhecimento, tanto na sociedade como
dentro da Instituição. Somos também mulheres que batalham por nossas famílias e
por um mundo onde se preserve a educação, o respeito e os valores do ser
humano”, concluiu a militar.
Atualmente, 452 mulheres integram a Polícia Militar do
Estado de Sergipe, desde a graduação de soldado, que é a porta de entrada da
instituição para as praças, passando por cabo, sargento e subtenente, até o
posto superior do oficialato. Em três décadas, elas conquistaram os espaços
merecidos com muita honra e trabalho, arriscando as suas vidas por um Sergipe
de paz e harmonia.
Fonte: Agência Sergipe de Notícias
Texto e imagens reproduzidos do site: cinform.com.br
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