Publicado originalmente no site do Jornal da Cidade, em 13
de agosto de 2019
Thaïs Bezerra ENTREVISTA Celi Marques
A nossa entrevistada de hoje é a conceituada doutora Celi
Marques, médica cardiologista, que construiu a sua brilhante trajetória na
medicina sergipana, com competência, dedicação e honradez. Reconhecida pelos
colegas, foi eleita por unanimidade para assumir a cadeira de número 13, da
Academia Sergipana de Medicina, que teve o dr. Dalmo Machado de Melo, como
primeiro ocupante. A solenidade de posse será realizada na próxima
quinta-feira, dia 15 de agosto, às ... Horas, no auditório da Sociedade Médica
de Sergipe. Dra. Celi integra o grupo de cardiologistas mais valorosos de nosso
estado, é atualizada, estudiosa, apaixonada pelo ofício e compromissada com a
saúde e os cuidados para com o próximo. O patrono é o Dr. Fernando Sampaio. Uma
mulher guerreira, que merece todas as honrarias e reverências, pela sua postura
ética e contribuição efetiva na história da medicina em Sergipe. Honraria mais
que merecida. E TB terá a alegria de ser a Mestre de Cerimônia da solenidade.
Vamos ao bate papo.
Thaïs Bezerra - A senhora considera que a indicação de seu
nome para fazer parte da Academia Sergipana de Medicina seja um reconhecimento
por sua dedicação às causas da saúde de Sergipe?
Celi Marques - Citando Professor Zerbini “O reconhecimento
do trabalho médico começa com os pacientes que, bem atendidos, divulgam o seu
trabalho fazendo aumentar sua clientela. Passa pelos colegas, quando o
referenciam para si próprio ou os familiares mais queridos - assim atestam sua
qualidade. Mas a consagração mesmo vem com a manifestação espontânea da
sociedade”.
TB - Quais serão suas prioridades como membro da ASM?
CM - Além de solidarizar-me com meus confrades, trabalhar em
prol do juramento de Hipócrates, resgatar a relação médico- paciente e o
sentimento humanitário da arte médica.
TB - Por sua experiência na área de saúde, como a senhora
avalia o papel desta respeitada instituição, que desde 1994, é representada
pelos mais notáveis nomes da medicina sergipana?
CM - Avalio o papel da Academia de relevância cabal em
promover, contribuir e participar das ações que visam o desenvolvimento da
Medicina principalmente a de resgatar a história da Medicina sergipana e
homenagear os seus vultos.
TB - O que significa assumir a cadeira de número 13, que foi
ocupada pelo ilustre dr. Dalmo Machado de Melo, obstetra e ginecologia
humanitário que costumava dizer “Se nascesse dez vezes, dez vezes seria médico".
CM - Uma responsabilidade inefável perante este médico
devotado, que não fazia diferença ao tratar suas pacientes e fazia da medicina
um sacerdócio. Para aumentar minha responsabilidade, o patrono da cadeira,
doutor Fernando Sampaio, um artista de alma nobre, ambos, guardiões da ética e
da responsabilidade do cuidar.
TB - A partir do dia 15 próximo, a senhora fará parte de um
seleto grupo de honrados e abnegados médicos sergipanos. Aumenta sua
responsabilidade com a profissão que escolheu?
CM - Evidentemente a honra é maior que a responsabilidade em
ser uma adida à seleta “Casa de Gileno Lima”.
TB - A senhora é a décima médica a ocupar uma cadeira na
Associação Sergipana de Medicina. Como a senhora vê a participação da mulher
sergipana nesta honrada Academia?
CM - São mulheres que fazem história, dão exemplo de
tenacidade e vencem os inúmeros obstáculos de ser mulher. Participação
reconhecida pelos nossos pares e pela sociedade. Uma grande responsabilidade
acompanhar o ritmo e a sabedoria destas mulheres eloquentes e de conduta
irrepreensível que me antecederam.
Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldacidade.net
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