Foto reproduzida do Facebook/Maria Laete Fraga
Texto publicado originalmente no site JLPOLÍTICA, em 24 de
novembro de 2019
Laete Fraga: um legado de esperança
Por Netônio Bezerra*
Conheci Laete Fraga nos idos de 1967, em Itabaiana. Ela me
marcou, de logo, pela sua simpatia e pela sua altivez no contato com os
operadores do Direito - fossem colegas advogados, magistrados, representantes
do Ministério ou Público (na época ainda não havia a Defensoria Pública).
Laete era sempre atenciosa com os servidores da Justiça, do
mais modesto ao mais graduado. Porém ninguém confundisse essa delicadeza com
subserviência, porque se isso ocorresse a doce Laete transmutar-se-ia numa fera
para preservar sua dignidade.
Assumia, na defesa dos seus clientes, uma postura viril de
um leão que protege seus filhotes e assim, sobranceira, conduzia sua atividade
advocatícia, sempre forte, porém preservando a ética profissional e o respeito
dispensado às partes, aos colegas oponentes e às autoridades com as quais
lidava.
Inteligente, batalhadora incansável na defesa das causas que
patrocinava, Fraga impôs-se como um dos melhores quadros da advocacia sergipana,
angariando a admiração e o respeito de tantos quantos a conheceram no seu labor
advocatício.
Foi um exemplo vivo de superação de dificuldades e de
demonstração de que, com perseverança, estudo, coragem e dignidade, vence-se as
grandes batalhas da vida.
Você se foi, Laete, mas deixou para os de agora e para os
pósteros um legado de esperança de que o mérito é a chave que abre as portas do
reconhecimento e conduz ao êxito aqueles que o portam. Nossa saudade, minha e
de Léa.
* É desembargador aposentado do Poder Judiciário do Estado
de Sergipe.
Texto reproduzido do site: jlpolitica.com.br
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