Dr. José Augusto Barreto e Dr. Dietrich Wilhem Todt.
Inauguração do Hospital São Lucas.
O primeiro convênio do Hospital São Lucas foi com o IPES...
Créditos - saolucas-se.com.br
JOSÉ AUGUSTO BARRETO - Filho ilustre de Nossa Senhora do
Socorro.
JOSÉ AUGUSTO BARRETO, sergipano de Nossa Senhora do Socorro,
filho de José Barreto Góes e de Olga Soares Barreto, nasceu em 16 de julho de
1928. Morou na fazenda onde nasceu, viveu em Salgado, onde estudou as primeiras
séries do curso primário, continuando os estudos em Aracaju, como interno do
Colégio Salesiano, cursando os antigos cursos primário e ginasial. O curso
científico fez em Salvador, no Colégio dos Maristas, inicialmente como interno.
Ingressou na velha e respeitável Faculdade de Medicina da Bahia, onde foi
selecionado e nomeado Monitor (Interno) da 1ª Cadeira de Clínica Médica, que
tinha como titular o renomado professor e cardiologista Adriano Pondé. Durante
o curso dedicava todo o seu tempo para aprender sempre mais. Formou-se médico
na turma de dezembro de 1952. Já no dia 2 de janeiro de 1953 estava começando a
trabalhar no Hospital de Cirurgia, a convite do Dr. Augusto Leite, a quem
considerava “o maior vulto da Medicina em Sergipe, em todos os tempos.”
JOSÉ AUGUSTO BARRETO morava no próprio hospital, tinha uma
sala para seus atendimentos particulares, uma vez que o Hospital das Clínicas
Augusto Leite não cobrava dos seus pacientes. Em seguida, montou o seu
Consultório no Edifício Aliança, na rua Laranjeiras, permanecendo ali de 1954 a
1969, quando passou para a recém criada CLÍNICA SÃO LUCAS. Conciliava seu
Consultório particular, com os trabalhos do Hospital de Cirurgia, onde fazia o
pré-operatório dos doentes de Augusto Leite e de Fernando Sampaio. Do seu
convívio no Hospital destaca, dentre outras atividades, as reuniões com
exposições e debates, promovidas pelo Centro de Estudos, que todas as quintas
feiras, das 8 às 10 horas, reunia a elite daquela casa de saúde e avaliava
casos, discutia temas, atualizando o conhecimento científico. Esta prática
renasceria, mais tarde, nas atividades coordenadas por JOSÉ AUGUSTO BARRETO, na
Clínica e no Hospital São Lucas.
JOSÉ AUGUSTO BARRETO foi médico, concursado e aprovado em 1º
lugar, do IAPC, viajou para Michigan, nos Estados Unidos, em 1958, para
reciclar seus conhecimentos em Cardiologia, em eletrocardiografia,
atualizando-se, elevando assim o seu nome como clínico entre os sergipanos,
crescendo sua imagem e, em conseqüência, aumentando o ritmo de trabalho.
Casou-se, há 55 anos, com Maria da Conceição Azevedo Barreto, sua noiva desde
os tempos de universitário em Salvador, sua companheira de todas as horas.
Sobre ela, afirma: ‘Sem Ceiça, sem sua participação integral em todos os
momentos da minha vida, sem seu amor não seria possível concretizar a obra.’
Com ela teve 6 filhos: Célia, Tereza, Martha, Paulo, José Augusto Filho e
Ricardo, 3 dos quais médicos – Tereza, Martha e José Augusto Barreto Filho -, com
participação científica no cotidiano do HOSPITAL. Os filhos nasceram e
cresceram assistindo a dedicação do pai na construção da CLÍNICA e do HOSPITAL
e viveram a atmosfera pesada com os dias de preocupações, as múltiplas
dificuldades, dissipadas pela fé inquebrantável que movia a família em torno do
projeto que agora atinge 40 anos, realizando o sonho dos seus fundadores e de
todos os que tiveram a oportunidade de participar, como funcionários, como
médicos, como outros profissionais, do esforço das famílias de JOSÉ AUGUSTO
BARRETO e de seu parceiro DIETRICH TODT.
JOSÉ AUGUSTO BARRETO justifica que “quando tem uma meta luta
até o fim”, como ensinava D. Helder Câmara, querendo referir-se a construção da
Clínica, num local afastado como era, em 1969, o bairro São José, mas que
“causou impressão agradável e organizou minha vida”, aludindo ao fato de que
poderia viajar, sabendo que os seus colegas continuavam recebendo e tratando as
pessoas que precisassem dos serviços da CLÍNICA SÃO LUCAS.
Mais tarde ele mesmo diria: “Fiz o HOSPITAL totalmente por
idealismo”, ampliando a sua atuação, mesmo que não quisesse ser empresário e
acreditasse nos valores intangíveis que movem o trabalho, embora tivesse grande
admiração pelos homens de negócios, que dedicam capital e esforço, anos
seguidos, em prol de um projeto. Sentiu, na reflexão que o cotidiano impunha,
que o HOSPITAL era mais forte que a sua pessoa, e haveria de ter vida autônoma.
HOSPITAL SÃO LUCAS - UMA IDEIA DE MÉDICOS.
JOSÉ AUGUSTO BARRETO, Hugo Gurgel, Hider Gurgel, Nestor
Piva, Carrera e João Garcez, adquiriram um terreno, no bairro São José, nas
proximidades da Praça Tobias Barreto, com o propósito de construção de
equipamentos de saúde, um hospital que pudesse preencher as lacunas que o velho
Hospital das Clínicas Dr. Augusto Leite deixaria. A ideia, contudo, não
prosperou. Cada um foi desistindo, sem realizar o plano de dotar a capital
sergipana de um equipamento moderno e completo, para atender as necessidades da
população. De todos, foi JOSÉ AUGUSTO BARRETO, já afamado cardiologista, com
vasta clientela, o que tomou para si a iniciativa de construir uma Clínica, no
terreno que adquirira, instalando-a e entregando-a ao uso público em 18 outubro
de 1969, no Dia de São Lucas, o evangelista e médico sírio, Padroeiro dos
Médicos.
O fundador da CLÍNICA SÃO LUCAS, JOSÉ AUGUSTO BARRETO
acumulava as funções de clínico e de chefe do setor de Eletrocardiografia, o
que indicava a tendência pela excelência em Cardiologia, que desenvolveu-se ao
longo do tempo. Ao seu lado, Dietrich Wilhelm Todt, co-fundador, pneumologista
baiano, atraído ao empreendimento por laços familiares e de amizade e
confiança. Três médicos foram responsáveis pela organização do serviço de
Radiologia: Airton Teles Barreto, Edson de Oliveira Freire e Conrado Neto. A
parte referente aos Laboratórios ficou a cargo de Raimundo Araújo, contando com
a colaboração de Joaquim Machado, que à época era estudante de Medicina. Mais
adiante, participou da CLÍNICA o Dr. Rodolfo Barreto, com seu conceituado laboratório.
Foram atraídos, também, os jovens médicos Henrique Batista, Geraldo Melo, que
fizeram especialização no Rio de Janeiro, e mais Fernando Macedo, Maria Júlia
Oliveira, Lauro Fontes, Evandro Sena e Silva e Gilton Rezende, que estiveram na
linha de frente da CLÍNICA SÃO LUCAS, desde os seus primeiros passos, ajudando
a construir uma história que vai sendo alongada no curso do tempo. Cabe
destacar a presença colaboradora dos funcionários Antonio Mendonça da Cruz,
Manoel Domício de Andrade, Osvaldo Bispo Paiva, Joel Guilherme de Brito e Maria
Antonieta Nascimento, e do Contador Jurandir Conrado, que por anos seguidos,
com dedicação e competência participou do projeto encabeçado pelos Drs. JOSÉ
AUGUSTO BARRETO e DIETRICH TODT.
Fonte: saolucas-se.com.br
Texto e imagens reproduzidos do site: coisasdesocorro.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário