Pintor sergipano Antonio Maia (1928 - 2008).
Antonio Maia nasceu em Carmópolis, Sergipe, em 1928. Aos 17
anos transferiu-se para a Bahia para servir como soldado da Aeronáutica, onde
viveu por três anos. Em 1964 pinta seu primeiro quadro baseado na figura do
ex-voto nordestino. Maia transforma os ex-votos em signo. Sempre fiel ao seu
tema, Maia os tratou de maneira diferente em todo seu percurso. Seus ex-votos
tinham precisão, imagens nítidas, exatas, planos de cor definidos, composição
bem pensada, cortes inusitados. Seus quadros estabeleciam uma relação direta
com o público, empatia do místico e do real. Sempre estava atento aos grandes
movimentos da arte, mas nunca perdeu sua identidade.
De Carmópolis para o Rio de Janeiro, conquistou o
certificado de Isenção de Júri no Salão Nacional de Arte Moderna do Rio de
Janeiro (1966), o mais importante e qualificado evento de arte na época. Ano
seguinte, foi contemplado com o Prêmio Lar Brasileiro, na IX Bienal de São
Paulo, que reuniu 366 artistas brasileiros, foi o ano em que a Bienal
experimentou os primeiros problemas com a censura da ditadura militar.
Em 1967, assina a coluna de artes plásticas do Jornal do
Brasil. Em 1968, conquista o Prêmio de Viagem no País, no Salão Nacional de
Arte Moderna, o Prêmio Fundepar, no Salão Paranaense em Curitiba (PR) e Prêmio
de Melhor Expositor no Ano, promoção da Standard Elétrica e Galeria do
Instituto Brasil - Estados Unidos, que lhe proporcionou viajar para os Estados
Unidos e realizar uma exposição individual na Art Gallery of Brazilian American
Cultural Institute em Washington D.C.. Em 1969, conquistou o maior prêmio
brasileiro, Viagem ao Estrangeiro, no Salão Nacional de Arte Moderna. Foi
também capa do Dicionário das Artes Plásticas no Brasil (1969), com a pintura
os Lamentadores da Morte, de autoria do crítico de arte Roberto Pontual.
Antonio Maia faleceu em 2008, no Rio de Janeiro.
Fonte: César Romero.
Texto e imagens das obras, reproduzidos do site: abca.art.br
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