domingo, 12 de fevereiro de 2017

Luiz Antônio Barreto


Publicado originalmente no Facebook/JorgeNascimento Carvalho, em 10/02/2014.

Em 1972 eu tinha 16 anos de idade, cursava a segunda série do ensino de segundo grau, morava na periferia de Aracaju e era portador de muita pretensão e de certa arrogância juvenil. Desembarquei de um ônibus na avenida Rio Branco, entrei no prédio em que funcionava o prestigiado jornal Gazeta de Sergipe e procurei o editor. Fui apresentado a um moço, ao qual comuniquei de imediato:

- Gostaria de ser contratado como redator deste jornal.

Diante do inusitado da declaração, Luiz Antônio Barreto tentou, sem conseguir, disfarçar o riso. Após conversar um pouco comigo, buscar informações da minha experiência de vida – à época praticamente nenhuma – menor ainda que a vida – e escolar, contrapropôs:

- Você não gostaria de fazer uma experiência, fazer um curso e aprender como se faz revisão ortográfica de textos?

Aceitei, sem pestanejar e sem saber que ali estava nascendo uma amizade que durou quase 40 anos numa relação muito fraterna, para mim de fecundo aprendizado. Hoje, 10 de fevereiro, se vivo fosse, Luiz Antônio Barreto completaria 70 anos de idade. Ele nos deixou no dia 17 de abril de 2012.

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/JorgeNascimento Carvalho.

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