Publicado originalmente no Facebook/JorgeNascimento
Carvalho, em 10/02/2014.
Em 1972 eu tinha 16 anos de idade, cursava a segunda série
do ensino de segundo grau, morava na periferia de Aracaju e era portador de
muita pretensão e de certa arrogância juvenil. Desembarquei de um ônibus na
avenida Rio Branco, entrei no prédio em que funcionava o prestigiado jornal
Gazeta de Sergipe e procurei o editor. Fui apresentado a um moço, ao qual
comuniquei de imediato:
- Gostaria de ser contratado como redator deste jornal.
Diante do inusitado da declaração, Luiz Antônio Barreto
tentou, sem conseguir, disfarçar o riso. Após conversar um pouco comigo, buscar
informações da minha experiência de vida – à época praticamente nenhuma – menor
ainda que a vida – e escolar, contrapropôs:
- Você não gostaria de fazer uma experiência, fazer um curso
e aprender como se faz revisão ortográfica de textos?
Aceitei, sem pestanejar e sem saber que ali estava nascendo
uma amizade que durou quase 40 anos numa relação muito fraterna, para mim de
fecundo aprendizado. Hoje, 10 de fevereiro, se vivo fosse, Luiz Antônio Barreto
completaria 70 anos de idade. Ele nos deixou no dia 17 de abril de 2012.
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