quinta-feira, 9 de julho de 2020

Amaral Cavalcante Poesia e Arte da Geração Oxente


Texto publicado originalmente na Linha do Tempo do Perfil no Facebook de Ribeiro Filho, em 7 de julho de 2020

Amaral Cavalcante Poesia e Arte da Geração Oxente
Por Ribeiro Filho

Faleceu na madrugada de hoje Amaral Cavalcante, o Poeta, ator de cinema, cronista, Jornalista e membro da Academia Sergipana de Letras. Amaral Cavalcante integrava nos anos de 1970, um grupo de jovens intelectuais que movimentavam cena cultural e artística de Aracaju, que se auto intitulava "Geração Oxente" Joubert Moraes, Mara Lopes, Mário Jorge Meneses, Fernando Sávio, Lu Spinelli, Ilma Fontes, João de Barros, Clara Angelica Porto,  Amaral Cavalcante na década de 1980 fundou o Jornal Alternativo Folha da Praia, o mais importante jornal voltado para as artes, e entretenimento. O Folha da Praia foi o impresso alternativo mais lido, por quase duas décadas. Amaral Cavalcante ocupou o cargo de Presidente da Fundação Estadual de Cultura - Fundesc no governo de Valadares.

O Folha da Praia era um jornal com linguagem moderna e vanguardista, se tornou o mais importante semanário, que circulava nas praias de Aracaju e nos meios intelectuais. O jornal que tinha distribuição gratuita, entrava em circulação nas praias no domingo e também era distribuído nos demais dias da semana no Calçadão da João Pessoa.

Amaral publicou livros de poesia, contos e várias crônicas que revelam traços marcantes do cotidiano da nossa Aracaju, nossos costumes, particularidades e os personagens mais inusitados da cidade. Em novembro de 2019 Amaral Cavalcante lançou o livro "A Vida me quer Bem".

Como ator Amaral participou do premiado filme "Sargento Getúlio", realizado no ano de 1983, dirigido por Hermanno Penna. O filme foi premiado como melhor filme, no Festival de Gramado. Atuou também ao lado de Erê Braz no filme "Arcanos" com a Direção da cineasta Yumah Ilma Fontes. Amaral participou tambem do elenco da minissérie da Globo "Tereza Batista" minissérie de Vicente Sesso, baseada no romance Tereza Batista Cansada de Guerra de Jorge Amado. A direção de Wálter Campos e Fernando de Souza, direção geral de Paulo Afonso Grisolli.

Atualmente Amaral estava levando adiante seu projeto editorial mais importante, ele era Editor da Revista Cumbuca, que através de temas culturais em debate, ele estimulava os intelectuais a escreverem sobre assuntos da cultura sergipana. A convite de Amaral escrevi um artigo sobre o artista plástico de Glória, Veio, que foi publicado na Revista Cumbuca.

Vai em paz grande poeta e cronista, a cena cultural sergipana se despede desse grande empreendedor cultural. Obrigado Amaral por sua contribuição para nossa arte.

Texto reproduzido do Facebook/Ribeiro Filho

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