segunda-feira, 13 de julho de 2020

José Fernandes foi fazer arte no Cosmo




Publicado originalmente na Linha do Tempo do Perfil do Facebook de Luduvice Jose, em 12 de julho de 2020

José Fernandes foi fazer arte no Cosmo
Por Luduvice José

O artista plástico sergipano, José Fernandes, faleceu neste domingo à tarde, no Hospital Cirurgia, onde encontrava-se internado. Jose Fernandes é natural de Lagarto, interior de Sergipe e, na sua simplicidade e amabilidade com todos, fez muitos e muitos amigos nas mais variadas faixas sociais. Conheço o José Fernandes há muito tempo, quando residia ainda com a mãe no Conjunto Médici e ainda anão tinha uma ligação tão forte com as artes plásticas que o transformaram num dos artistas mais importantes de Sergipe, reconhecido em diversos estados brasileiros, inclusive alguns onde residiu e outros tantos onde expôs e teve reconhecido o seu trabalho de características fortes e vibrante, sempre marcadamente destacando uma sergipanidade que ele fazia questão de reforçar. José Fernandes foi um artista sem pose. De uma simplicidade enorme e de trato comum a todos que o cercavam, sem referendos ou distinção. Simplicidade extraordinária que colocava em suas telas que, mesmo impetuosamente fortes, sempre deixava entrever aquela intuitiva feição em algum lugar dos quadriláteros, como uma marca singular de candura, muito apreciada nas pombas que ele concebia numa rapidez e segurança de traço, uma faceta dele, sem previsão, colocada em alguns casos após dar o trabalho por concluído.

José Fernandes sempre foi um entusiasta da arte como um todo. Era a seiva que o alimentava e fazia mudar o ímpeto que carregava seus pincéis, para destacar um detalhe que ele via e, em seguida dar o toque final e apor sua assinatura.

AQUI PARA NÓS, POUCAS PESSOAS CONHECERAM O ZÉ - como eu o chamava, COMO EU. 

A ponto dele afirmar quando o procuravam para falar do seu trabalho, que me procurasse completando ao afirmar que eu era o maior conhecedor do seu trabalho e das suas fases. É que eu o via muito no ato criativo e acompanhava início, meio e fim. Este quando assinava.

Hoje a arte sergipana enlutece. Negativo, ele nunca via um fato deste como o fim. Pois sua arte eternizou-se nas evidências de quem percorreu cada passo com segurança, a mesma que vi inúmeras e constantes vezes, mesmo quando eu dizia: ZÉ, você é um figurativo com cores expressionistas, impetuosas, quentes, vibrantes, que provocavam uma como que iluminação extra em cada tela. E olha que assisti foi o nascimento de muitas cuja conta nunca fecharia, pois sempre tinha mais uma. Zé, você só mudou de dimensão, pois sua arte é única e indelével. Preste atenção para não mudar os tons da abobada celeste com suas invencionices geniais, que muitas vezes me surpreenderam:  a última pincelada que registrava sua marca, dispensando o toque da sua assinatura.

(Luduvice josé, um apreciador da arte do Zé, que teve o privilégio de assistir início, meio e fim de centenas de telas alvinitentes, criarem vida e se mostrarem primeiro para este amante das artes e, especial admirador do amigo artista, José Fernandes).

Texto e imagens reproduzidos do Facebook/Luduvice Jose

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