quarta-feira, 18 de março de 2020

Homenagem ao professor Juan Rivas Páscua





Publicado originalmente por meio de postagem de Rísia Rodrigues, no Grupo do Facebook/GEPHED: GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, em 17 de março de 2020.

Nossa homenagem ao professor Juan Rivas Páscua, que nos deixou hoje (17.03) pela manhã. Natural de Salamanca, província da Espanha, ele foi o terceiro diretor do Colégio de Aplicação da UFS.

Nas fotos, o prof. Juan José Rivas durante entrevista para o Projeto Composição do Banco de Histórias do Centro de Pesquisa, Documentação e Memória do Colégio de Aplicação (Cemdap). Acompanhado da esposa Sissi, o professor compartilhou suas memórias sobre a instituição.

Texto e fotos reproduzidos de post feito por Rísia Rodrigues no Grupo do Facebook/GEPHED

Faleceu o professor Juan José Rivas Páscua

Em razão do seu trabalho pioneiro, o professor Rivas (ao centro) 
havia sido homenageado nos 50 anos da UFS 
Foto: Adilson Andrade/AscomUFS

Publicado originalmente no site da UFS, em 18 de março de 2020

Faleceu o professor Juan José Rivas Páscua

Ele foi o primeiro diretor do Colégio de Aplicação

Informamos, com pesar, que faleceu na data de ontem, 17, o professor Juan José Rivas Páscua, aos 86 anos. O professor Rivas nasceu em Salamanca, Espanha, e morava em Sergipe desde 1960. Ele foi o primeiro diretor do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe.

Professor de filosofia, história e geo-história, foi chefe de gabinete da reitoria na gestão de Eduardo Garcia Filho.

Por medida de saúde pública, em recomendação de contingenciamento contra a pandemia do novo coronavírus, o velório será restrito a familiares e o corpo será cremado nesta quarta-feira, 18.

Em razão do seu trabalho pioneiro, o professor Rivas havia sido homenageado nos 50 anos da instituição, em cerimônia ocorrida no Teatro Tobias Barreto, em maio de 2018.

Ascom

comunica@ufs.br

Texto e imagem reproduzidos do site: ufs.br

Morre em Aracaju o professor Juan Rivas Páscua

 

Texto publicado originalmente no Facebook/Lucio Prado Dias, em 17/03/2020

Um fato para a História. O professor Juan Rivas Páscua, falecido nesta terça-feira, 17 de março de 2020, deixa legado importante para a Educação em Sergipe. Entre outras realizações, ele foi o articulador e facilitador para a vinda a Sergipe do professor Silvano Isqierdo Laguna da Espanha para Sergipe, para o ensino de Anatomia da nossa recém fundada Faculdade de Medicina, em 1961. Ficou hospedado às expensas do Governo Luiz Garcia no Edifício Atalaia e recebia alimentação por um tempo do Iate Clube.

 Famoso professor e pneumologista espanhol, Silvano chefiou o Serviço de Tuberculose naquele país, até se indispor com a ditadura de Franco e cair no ostracismo. Em Sergipe, além de ensinar anatomia par alunos e outros professores, tentou ainda a construção de um hospital sanatório na Serra de Itabaiana, que não se concretizou.

Anos atrás eu e Samarone estivemos em sua residência para uma entrevista e fomos recebidos com um saboroso café ao melhor estilo da terra de Castela e Leão. Uma parte importante de nossa História se vai, com a morte de Rivas, inclusive estudos sobre os Jesuítas no Brasil.

Por Lucio Prado Dias

Texto reproduzido do Facebook/Lucio Prado Dias

Morre o professor Juan Rivas Páscua, aos 86 anos

Foto Arquivo Pessoal

Publicado originalmente no site FAXAJU, em 18 de março de 2020 

Morre o professor Juan Rivas Páscua, aos 86 anos e corpo será cremado

Por Tíffany Tavares

Faleceu na manhã desta terça-feira, 17, o professor Juan José Rivas Páscua, aos 86 anos, em Aracaju (SE), onde residia.

Professor Rivas nasceu em 1933, na cidade de Salamanca, Espanha. Desde 1960 morava em Sergipe e deixa um rico legado na vida acadêmica, sendo o primeiro diretor do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Foi professor de filosofia, história e geo-história da rede estadual e federal, professor catedrático da UFS e também chefe de gabinete da reitoria da UFS, na gestão de Eduardo Garcia Filho. Atuou também como diretor do Instituto de Cultura Hispânica da Bahia. Rivas deixa esposa, quatro filhos e seis netos.

Por medida de saúde pública, em recomendação de contingenciamento contra a pandemia do novo coronavírus (COVID-19), o velório – restrito a esposa, filhos, netos e familiares – aconteceu nesta terça-feira, 17.

O corpo de Juan José Rivas Páscua será cremado, nesta quarta-feira, 18, no município de Itaporanga D’ajuda, estado de Sergipe. As cinzas serão enviadas à sua terra natal.

Manifestamos votos de pesar e solidariedade aos familiares e amigos, neste difícil momento e agradecemos a compreensão de todos.

Texto e imagem reproduzidos do site: faxaju.com.br

quarta-feira, 11 de março de 2020

Heróis pela Liberdade

 Busto Aurélio Vieira Sampaio 

Lucio abrindo a solenidade (Fotos: Lúcio Prado)

Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 6 de março de 2020

Heróis pela Liberdade

Por Lúcio Prado (Blog Infonet)

 A vida de nossos heróis do passado constitui um sacrário que devemos manter com reverência

A Academia Sergipana de Medicina abriu oficialmente, com grande brilhantismo, o seu Ano Acadêmico em 2020, com uma sessão solene especial que aconteceu em 4 de março último, no auditório da Clinradi. O evento ficará marcado na história da entidade, pelo propósito nele contido: a homenagem ao Tenente Aviador Aurélio Vieira Sampaio, morto em combate na Itália, na campanha da FAB na Segunda Guerra Mundial, trazida a lume pela belíssima e consistente conferência do acadêmico William Soares.

Tive o privilégio de abrir e conduzir o evento na condição de Secretário-Geral do sodalício. Na sua conferência, o Acad. William Soares traçou um paralelo de coincidências das ações do Brasil a partir da Primeira Guerra Mundial e principalmente da ação da FEB na Itália, na Segunda Guerra, onde dois sergipanos participaram de importantes missões aéreas, os pilotos Paulo Costa e Aurélio Vieira Sampaio, este morto na sua 16ª missão. Destacamento da FAB em Aracaju se fez presente à sessão, sob o comando do Capitão André Marcelo da Silva, chefe do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Aracaju (DTCEA-AR), que também se pronunciou no final da sessão.

Mas não foi somente o agrupamento aéreo que se destacou nos céus da Itália. Os pracinhas brasileiros deram também sangue, suor e lágrima pela causa da liberdade, com feitos notáveis, apesar de toda a inexperiência em conflitos e a precária logística tática e de deficiência de equipamentos bélicos. A eles deveremos sempre, mesmo passados quase 80 anos do conflito. Mas voltemos à solenidade. Além da presença de familiares do Tenente Aurélio, entre eles a irmã dele – a Sra. Consuelo Vasconcelos, acompanhada do esposo o Sr. Alcides Prado Vasconcelos e filhos – foram apresentados aos presentes os componentes do Grupo Sergipano de Estudos da FAB – GRUSEFE, recentemente instalado em nossa cidade e já responsável por várias ações que resgatam a história dos nossos heróis da FAB. Eis aí uma nobilitante causa!

O Tenente-aviador Aurélio – nascido em 31 de maio de 1923, em Aracaju, ele foi piloto do 1º Grupo de Aviação de Caça, e terminou sendo abatido aos 21 anos, na sua 16ª missão de combate sobre a Itália, compondo o 350th Fighter Group. Entre outras condecorações recebidas após sua morte, o militar foi agraciado com as medalhas da Campanha de Itália e a Cruz de Bravura. Seus restos mortais estão sepultados no mausoléu do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Sergipe ainda deve uma grande homenagem a este vate.

Gostaria de ressaltar a iniciativa da Academia Sergipana de Medicina, em iniciar o seu Ano Acadêmico de 2020 com essa incrível homenagem. Como disse na abertura do evento,  “a vida de nossos heróis do passado constitui um sacrário que devemos manter com reverência, e o culto dos valores maiores e dos heróis da Pátria constituem os verdadeiros alicerces da nacionalidade. Aqueles que se sacrificaram pela Pátria merecem a gratidão das gerações presentes, e nós, ao relembramos as suas vidas, prestamos-lhe com justiça singela a sincera homenagem.”  O texto em epígrafe não é o nosso, está contido no documento “Esboço Biográfico e Cronológico do Major José Sabino de Britto (Campanha do Prata e do Paraguai)”, de autoria do Cel. EB José Britto da Silveira (neto do biografado) e filho do Major Neto – Francisco Silveira Neto – que foi Comandante geral da Policia Militar de Sergipe e amigo fraterno da nossa família, particularmente do meu pai – o jornalista Antonio Conde Dias – do qual, além de amigo, tornou-se compadre.

Um antigo projeto da Associação Médica Brasileira, de autoria do Dr. Júlio Sanderson, já falecido, mas que nunca evoluiu, chamava-se “Heróis de Curar”, com o objetivo de perpetuar em monumentos, os médicos que construíram a história universal, alguns deles brasileiros. Pretendemos um dia, resgatar essa iniciativa. Enquanto isso não vem, brasileiros e sergipanos que lutaram pela liberdade no norte da Itália, não podem ser deixados no esquecimento. Como bem disse o eminente jurista e político sergipano Fausto Cardoso, na obra “Concepção Monística do Universo”, publicada em 1892, a liberdade só se prepara na história com o cimento do tempo e o sangue dos homens.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br

domingo, 8 de março de 2020

85 anos de Chico Rollemberg: a arte da medicina servindo ao próximo



Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 5 de maço de 2020

85 anos de Chico Rollemberg: a arte da medicina servindo ao próximo

Por Cláudio Nunes (Blog Infonet)

Em abril deste ano, o laranjeirense Francisco Guimarães Rollemberg completará 85 anos. Os mais novos não devem ter conhecimento do trabalho desenvolvido por Chico Rollemberg como deputado federal, senador e, sobretudo, médico para os sergipanos. Como cirurgião, formado na Faculdade de Medicina da Bahia, Chico Rollemberg ficou conhecido nas décadas de 60, 70, 80 até a de 90, como o médico do povo. Gratuitamente, Chico Rollemberg fez milhares de cirurgias (isso mesmo!) em todo o Estado. Cirurgias simples e de médio porte que ajudaram muita gente carente num período que as dificuldades eram bem maiores que as atuais.

Como político, Chico Rollemberg foi deputado federal e senador de 1987 a 1995. Foi candidato a governador em 2002. Foi neste ano que conheci Chico Rollemberg. Uma figura humana, ímpar, com uma memória espetacular. Foi assim que descobri que ele conheceu meu José Nunes, presidente do Centro Operário Sergipano, Hélio Nunes, tio, e Célio Nunes, pai, todos já falecidos. Tido como conservador na política, Chico Rollemberg, quando jovem, teve uma grande aproximação com as causas da esquerda e, inclusive, como cirurgião foi médico de vários comunistas sergipanos.

Como senador da República, Chico Rollemberg teve uma atuação destacada. Foi ele que, em 1993, apresentou a proposta de criação de garantias para os idosos que se tornou, mais tarde, o Estatuto do Idoso. Outro luta vitoriosa foi a exploração do potássio em Sergipe iniciada em 1970, o fortalecimento da UFS, a defesa da micro e pequena empresa, a necessidade de ações para combater a seca no Nordeste, limites da fronteira Sul da Bahia com Sergipe e diversas proposituras na área de saúde que hoje são realidades. Uma propositura dele, apresentada em 1989, foi a base da política de gerenciamento e tratamento dos resíduos sólidos (lixo) em 2010 para todo o país. Ou seja, mesmo fora do Senado, muitas das proposituras apresentadas por ele até 1995 foram discutidas e aprovadas anos depois.

Chico exerceu a profissão não só atuando como técnico cirurgião, mas, sobretudo, como um médico humanista. Aquele que conversava e se preocupava com a pessoa como um todo. De alma para alma.

Chico, hoje, vive rodeado de familiares e amigos. Com a mesma simplicidade de sempre pode ser encontrado no shopping ou tomando o café semanal na feira com amigos contando histórias que guarda numa memória invejável.

A ambição de Chico não foi ficar rico e possuir muitos bens, mas servir ao próximo.

Ao homenagear Chico Rollemberg, que completará 85 anos, a Somese está homenageando também todos os profissionais médicos que fizeram e fazem da profissão não apenas um instrumento de trabalho, mas aqueles que são humanistas e não tratam os pacientes como apenas “mais um.”

A vida profissional de Chico Rollemberg mostrou que é possível exercer a arte da medicina se dando completamente ao próximo e ao mesmo tempo ser referência técnica e política para sempre na história de Sergipe.

*Este artigo foi escrito para a edição especial da revista da Somese em homenagem a Francisco Rollemberg que já está em circulação.

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br