quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

In memorian, Assembleia homenageia o jornalista João Oliva

Legenda da foto:  João Oliva exerceu também o jornalismo político, tendo sido secretário 
de Imprensa do ex-governador Seixas Dória - (Crédito da foto: arquivo da família)

Legenda da foto: O deputado Iran Barbosa (centro) foi autor do projeto para homenagear João Oliva Alves

Publicação compartilhada do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 21 de dezembro de 2022

In memorian, Assembleia homenageia o jornalista João Oliva

O jornalista, radialista, escritor e acadêmico João Oliva Alves completaria, no próximo dia 29 de dezembro, se vivo estivesse, 100 anos. Nesse cenário de celebração à memória do comunicador sergipano, a Assembleia Legislativa realizou, nesta terça-feira (20), uma Sessão Especial para conceder a ‘Medalha da Ordem do Mérito Parlamentar’ a João Oliva (in memorian). Em seu discurso, o autor da propositura, deputado Iran Barbosa (Psol), revelou que a iniciativa da concessão da honraria partiu de uma conversa com o filho do jornalista, o advogado e professor Luiz Eduardo Oliva, que não compareceu ao evento por questões de saúde.

Segundo destacou ainda o parlamentar, o Estado inteiro conhece o valor, a história e a contribuição de João Oliva para o jornalismo e rádio em Sergipe. “João Oliva é pai e avô de uma geração de filhos também dedicados a intelectualidade do nosso estado. Nós achamos, por bem, neste ano, que é ano do centenário, fazer essa homenagem, que é justa. É um reconhecimento a todo o seu trabalho. Essa homenagem se estende a toda uma geração de jornalistas que marcou aqui o nosso estado. Portanto, é com muita satisfação que, após a conversa que teve com o Eduardo Oliva, filho do homenageado, apresentei a sugestão a Assembleia Legislativa, que provou por unanimidade. Se vivo estivesse, estaremos fazendo essa homenagem justa, merecido e necessária”, declarou Iran Barbosa.

Amigo do homenageado, o professor doutor em história e filosofia, advogado e assessor especial da Assembleia Legislativa de Sergipe, Jorge Carvalho do Nascimento é contemporâneo de João Oliva. Presente na solenidade festiva, destacou a importância da menção honrosa ao legado do jornalista. Segundo relatou, João Oliva é um dos homens mais importantes da história da mídia em Sergipe. Enfatiza que reconhecer e aplaudir o centenário de nascimento do homenageado é uma obrigação de todos os sergipanos.

Diretor de A Cruzada

“Eu particularmente fico sensibilizado. João Oliva é um jornalista conhecido, um editorialista de muita qualidade. De Riachão do Dantas, veio para a capital e logo foi trabalhar na Gazeta de Sergipe ao lado de nomes como Orlando Dantas, José Rosa de Oliveira Neto e outros tantos, escrevendo artigos de fundo, fazendo editoriais. Depois se transferiu para o Jornal A Cruzada, onde foi diretor, nomeado pelo arcebispo de Aracaju, Dom José Vicente Távora. João Oliva exerceu também o jornalismo político, momento que foi marcado por alguns episódios muito relevantes quando foi secretário de Imprensa do governador João Seixas Dória. Quando houve o golpe militar em 1964, João foi uma figura central, ele escreveu uma carta a qual Seixas Doria afirmou que não iria apoiar a ditadura, e com isso, terminou sendo deposto do governo”, mencionou Jorge, enfatizando ainda que além de jornalista, João foi também um escritor muito qualificado e um poeta refinado.

“Ele te muitos poemas publicados. João construiu também uma família de intelectuais, de pessoas muito influentes na vida sergipana, como a professora Terezinha Oliva, do departamento de História da Universidade Federal de Sergipe; Luis Eduardo Oliva, jornalista como o pai, advogado, gestor público, figura muito importante na liderança da vida cultural e também, o médico Almir Oliva, que é um nome importante da Medicina do estado”, disse.

Honraria

A maior honraria da Assembleia Legislativa de Sergipe, a ‘Medalha da Ordem do Mérito Parlamentar’, foi entregue a professora Teresinha Alves Oliva, filha do homenageado. Na ocasião, Teresinha fez uma explanação sobre o legado de seu pai, José Oliva, morto há 03 anos (1922-2019). Ela se diz muito orgulhosa por tantos discursos de louvor sobre a vida de seu pai. “Isso é o nosso patrimônio. É o que eu costumo dizer, diante dessas manifestações que temos recebido por ocasião do centenário dele. São como bálsamo para a nossa alma e preenche esse vácuo que a saudade dele deixou”, externou Teresinha Oliva, que na ocasião da Sessão Especial agradeceu ao deputado Iran Barbosa pela homenagem.

Fonte e foto: Alese

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

'Professor Paulino, nosso eterno mestre', por Luiz Hermínio de A. Oliveira

Artigo compartilhado do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 8 de dezembro de 2022

Professor Paulino, nosso eterno mestre
Prof. Luiz Hermínio de Aguiar Oliveira*

No dia de 30/11/2022, faleceu aos 80 anos, por Covid, o professor José Paulino da Silva, do Departamento de Filosofia e História, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), onde exerceu a função de professor do magistério superior até 1995, quando se aposentou. O professor Paulino nasceu na Fazenda da Cachoeira do Taepe, em Surubim-PE (1942), e foi seminarista na Congregação Salesiana Dom Bosco, em Jaboatão. Era Doutor em Filosofia e História da Educação, havendo ingressado na UFS em 1970. Ao longo de sua jornada acadêmica profissional, além de orientar vários alunos, publicar livros e artigo científicos, assumiu importantes funções na administração superior da Universidade, desde a sua fundação, quando foi assessor do primeiro reitor da UFS, Dr. João Cardoso do Nascimento Júnior (1968-1972). Posteriormente, assumiu outros cargos importantes tais como Pró-reitor de Assuntos Estudantis (1978), Pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa (1980), e Vice-reitor na nossa gestão (1992-1996).

Na nossa gestão à frente da UFS, fui agraciado por Deus com a sua companhia. Com muito mais experiência na administração universitária do que eu, e muito mais conhecido no seio da comunidade universitária, aceitou humildemente o convite para ser o nosso vice-reitor, priorizando em sua decisão os interesses institucionais e da sociedade sergipana. Escrevemos a duas mãos o projeto “O saber e o fazer em prol da revitalização da UFS”. Sua participação foi muito importante, não só na construção do projeto, mas, sobretudo, na sua execução ao longo da nossa gestão. A sua presença permanente ao meu lado foi decisiva para a qualidade e segurança das minhas decisões à frente da administração da UFS. Mas nossa sintonia não se restringiu a área da administração universitária, foi muito além disso, se expressando em todos os campos da nossa convivência íntima, a ponto de tê-lo como um irmão espiritual. Tornou-se meu compadre, depois meu paciente, submetendo-se semanalmente às sessões de terapia psicobioenergética, a que passei a me dedicar após o exercício da Reitoria. Tudo isto foi consolidando uma amizade espiritual de 40 anos de convivência e que, portanto, não se extinguirá com o seu falecimento, pelo contrário, ele agora vive em mim através do conjunto de suas virtudes que foram impregnadas na minha alma e continuarão a se expressar através das minhas atitudes.

Essa sua característica, de marcar indelevelmente a vida daqueles que prezaram da sua amizade, foi uma expressão marcante em toda sua trajetória de vida, onde sempre procurou dar o melhor de si pelo desenvolvimento do seu semelhante, especialmente dos seus alunos, aos quais sempre se dedicou muito amorosamente. Todos que conviveram com ele haverão de reconhecer a sua importância na transformação de suas vidas.

Professor Paulino, portanto, foi um ser especial, uma personalidade singular no modo de ensinar, expressando no seu fazer cultura, compromisso social, sensibilidade, espiritualidade e, sobretudo, amorosidade. Pessoa que sempre cultivou a simplicidade. Nunca se preocupou com aparência, nem com a projeção externa do seu trabalho e, sim, com o bem fazer, sempre visando o benefício do seu semelhante. Seu valor intelectual foi sobejamente expresso nos livros e artigos que publicou, destacando-se os estudos sobre a participação de Sergipe na “Guerra de Canudos”. Mas o diferencial na vida do professor Paulino com certeza não foi o seu cabedal cientifico e sim o seu exemplo de vida como cidadão honrado, respeitador dos valores morais e espirituais, expressando sua solidariedade e amorosidade com todos que dele se aproximavam. Um homem de ideias progressistas, se posicionando sempre de forma corajosa a favor das minorias desfavorecidas dos benefícios do desenvolvimento sócio econômico. Defensor intransigente da preservação e divulgação da cultura popular e dos artistas regionais. Sua função de professor transcendeu em muito sua atuação em sala de aula. Suas melhores lições foram dadas na sua forma elegante de enfrentar a vida.

A missão do professor é indubitavelmente divina e essencial para a transformação do mundo. Saber sustentar a vida com dignidade é o legado maior que professor Paulino, que se entregou de corpo e alma a essa nobre missão, nos deixa. Os bons professores têm um impacto permanente na vida dos seus alunos e, portanto, continuam os acompanhando quando vão para a eternidade. Segundo o educador Paulo Freire, “O educador se eterniza em cada ser que ele educa”. Portanto, sintonizado com esse pensamento, professor Paulino será sempre o nosso “Eterno Mestre”

*Ex-reitor da UFS (1992-1996)

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

'Jácome Góis e sua mensagem motivacional', por Eduardo Marcelo Silva Rocha

Artigo publicado originalmente no site DESTAQUE NOTÍCIAS, em  4 de dezembro de 2022

Jácome Góis e sua mensagem motivacional
Por Eduardo Marcelo Silva Rocha *

Conheci Jácome Góis em 1998, logo após meu ingresso na Polícia Militar, era nosso professor no curso de formação.

Confesso que não lembro qual o nome específico da disciplina, mas basicamente  era – ao menos em minha memória – uma extensão daquilo que ele fazia em seu programa de TV, à época: trazer uma mensagem consoladora, edificante ou motivacional.

Acho que poucos levavam a sério o que ele se dispunha a nos oferecer naqueles encontros. Não me excluo do todo, pois também era um dos que passava o dia correndo, pagando 10 flexões, ouvindo desaforos a todo momento, fazendo faxina, sendo chamado de monstro e, principalmente, com medo de ficar preso devido ao cadarço desamarrado ou pela fivela que apesar de limpíssima, não estava perfeitamente brilhando. Acho que Maslow e Herzberg são capazes de nos explicar porque nossa percepção, naquela situação não tinha condições de entender a grandeza do que nos era ofertado.

Sendo um bom sincericida, não pretendo tecer loas gratuitas ou oportunistas. Como pouco o conheci, tenho certeza que não era perfeito, pois todos nós vivemos cada dia lutando contra nossas más inclinações tentando seguir apenas as boas. É uma luta!

Mas o fato era que ao menos uma boa inclinação dele eu testemunhei e me beneficiei, como claramente posso entender hoje.

Dentro daquela rotina que vivíamos, semanalmente ele estava lá, sem nenhum interesse financeiro – ao menos as informações que tínhamos era que ele se dispunha a nos ensinar de graça – levando sua palavra de conforto, um verdadeiro bálsamo imperceptível, que amenizava a dureza daqueles dias de formação.

Éramos beneficiados, mas não percebíamos, pior, era – obviamente sem saber – mais uma vítima das piadas que nós alunos fazíamos com tudo e todos, como meio de descomprimir o dia a dia.

Bom, o fato é que nunca me esqueci do desprendimento dele nesse sentido e sua marca permanece viva comigo, pois sou useiro e vezeiro em, gratuitamente, dar palestras e aulas em órgãos de segurança pública que me convidam. Isso afirmo, pois olhando em perspectiva, apesar de outros exemplos nesse sentido, foi o Professor Jácome o primeiro que me apresentou essa possibilidade já em minha vida profissional.

De lá para cá, somente estive com ele mais uma ou duas vezes que pude cumprimentá-lo, apesar de certamente não o ter agradecido por tudo que hoje consigo enxergar resultante daquela troca em sala de aula, nas quais dele só tínhamos compreensão, bom humor e carinho!

Finda sua passagem reencarnado, sei que na luta que travou aqui no planeta, de minha parte testemunhei sua vontade de dividir com o próximo – apenas por amor – algo de bom, ou seja, o exercício de uma de suas boas inclinações!

Obrigado, meu amigo! Que o acolhimento em sua nova morada seja o mais amoroso possível e que logo esteja pronto para os novos desafios no caminho de Deus!

Como diz o companheiro “que a terra lhe seja leve!”

* É tenente-coronel da Polícia Militar de Sergipe.

Texto reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Morre Marcos Franco, irmão de Albano

Legenda da foto: O empresário Marcos Leite Franco (à esquerda da foto) e os irmãos

Publicação compartilhada do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 5 de dezembro de 2022

Morre Marcos Franco, irmão de Albano

Vítima de um infarto fulminante, morreu na noite desse domingo (4), o empresário Marcos Leite Franco, de 68 anos. Ele era filho do ex-governador Augusto Franco e irmão, entre outros, do ex-governador Albano Franco (PSDB) e dos empresários Walter e Osvaldo Franco. Marcos residia em São Paulo há muitos anos, onde atuava como investidor.

A morte prematura de Marcos foi comunicada em nota pela TV Atalaia, emissora pertencente a Walter Franco. As primeiras informações dão conta que o empresário ainda foi socorrido e levado ao Hospital Albert Einstein, mas chegou sem vida. O corpo deve ser transladado para Aracaju, onde ocorrerá o sepultamento em horário e cemitério ainda a serem confirmados pela família.

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias.com.br

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

José Paulino da Silva: já faz falta

Texto compartilhado do site JLPOLÍTICA, de 1 de dezembro de 2022

Com a partida de Zé Paulino, Sergipe perde um homem culto, bom e cordial

José Paulino da Silva: já faz falta

Jozailto Lima (Coluna Aparte)

“Elogio da Amizade”, o título do livro dele, lançado em 2012, bem que poderia ser - e certamente o é - a síntese da figura de José Paulino da Silva, falecido nesta terça-feira, 30 de novembro. Sob todos os aspectos, ele era um homem culto, bom e cordial.

O professor Zé Paulino, como gerações inteiras de estudantes o tratavam, era esse homem cordial no sentido bom e sempre aferrado às amizades, à pesquisa, à cultura popular. À educação, em síntese. Sabia tudo sobre o fole de oito baixo e era um cultor agradável e dedicado das tradições juninas.

O professor José Paulino da Silva, de 80 anos, estava obviamente aposentado e faleceu como consequência da Covid - ele era diabético.

Desde 1971, o pernambucano Zé Paulino passou a ser professor da Universidade Federal de Sergipe, lecionando no Departamento de Filosofia e História.

Apesar da idade, ele permanecia lúcido e escrevia constantemente artigos aqui nesta CoIuna Aparte e tirava do sério figuras nervosas e vestais da cultura de Aracaju.

“Quando eu era criança, ele me empurrou na bicicleta pra eu caminhar sozinho na vida. Hoje me esforço na saudade para que ele siga em paz para a eternidade”, escreveu numa nota nas mídias socias o filho Thiago Paulino, jornalista e identicamente pesquisador de questões culturais populares como o pai.

O corpo de Zé Paulino foi sepultado na Colina da Saudade as 17h de ontem, sem atos de velatório, exatamente por causa da Covid. Foi feita uma oração, “porque sei que ele já está no campo de girassóis da espiritualidade”, conforme disse o filho Thiago.

“Ao longo de sua jornada acadêmica, José Paulino se dedicou a diversas atividades desenvolvidas na UFS, onde ocupou cargos de gestão. Foi coordenador da Pós-Graduação em 1978, pró-reitor de Assuntos Estudantis em 1978 e de Pós-Graduação e Pesquisa em 1980, e vice-reitor em 1992 na gestão do reitor Luiz Hermínio de Aguiar Oliveira”, lembrou a instituição na nota.

“Estou muito triste com a notícia da morte do professor doutor José Paulino da Silva. Paulino foi membro da banca examinadora no concurso que prestei para ingressar na Universidade Federal de Sergipe. Trabalhei com ele no Departamento de História da UFS. Fez um excelente trabalho como vice-reitor”, informou em tom de lamentação o professor Jorge Carvalho do Nascimento, identicamente aposentado da UFS.

* É jornalista há 39 anos, poeta e fundador do Portal JLPolítica. Colaboração / Tatianne Melo.

Texto reproduzido do site jlpolitica.com.br

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Morre aos 86 anos o escritor e jornalista Jácome Góes em Aracaju

Legenda da foto: Morre aos 86 anos o escritor e jornalista Jácome Góes em Aracaju - (Crédito da foto: Funcap)

Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 1 de dezembro de 2022

Morre aos 86 anos o escritor e jornalista Jácome Góes em Aracaju

Por João Paulo Schneider 

Morreu aos 86 anos o escritor e jornalista Jácome Góes em Aracaju. A informação foi confirmada por familiares nesta quinta-feira 1º. Segundo a família, ele estava acamado desde o mês de maio deste ano.

Em nota, a Fundação Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap) lamentou a perda. “Grande comunicador, Jácome tem mais de 30 livros publicados. A obra também se estende por palestras, programas de rádio e TV, como o “Conceitos da Vida”, transmitido pela Aperipê TV, mensagens de esperança, otimismo e generosidade”, diz.

O Sindicato dos Jornalistas de Sergipe (Sindijor) também se manifestou. Em comunicado, o Sindijor destacou que Jácome era tutor de um texto primoroso e de uma dedicação indiscutível à disseminação da harmonia, fraternidade, da comunicação e da cultura sergipana, ao longo dos seus 86 anos de vida.

” O jornalista Jácome Góes da Silva soube marcar seu nome na história de Sergipe. Também protagonista no cenário jurídico, ele transitava com sabedoria e ética nos campos da cultura, cidadania e dos Direitos Humanos. Em nome de toda uma classe trabalhadora que por sucessivas décadas soube reconhecer sua relevância, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (Sindijor/SE) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), lamentam a sua passagem espiritual. Por toda a sua dedicação em defesa da democracia, comunicação, família, fé, arte e progresso unificado, o nosso respeito e muito obrigado”, destacou.

Jácome deixa filho, nora e netos.

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br

Jácome Góes morre por complicações da Covid -19

Publicado originalmente no site A8SE., em 1 de dezembro de 2022

Membro da Academia Sergipana de Letras, Jácome Góes morre por complicações da Covid-19

O escritor foi autor de 31 livros publicados.

Por Carolina de Morais, Portal A8SE

O escritor Jácome Góes, de 86 anos, morreu vítima de complicações da Covid-19 em um hospital particular de Aracaju na noite desta quarta-feira (30). A informação foi confirmada pela família.

Natural do município de Laranjeiras, ele era servidor público aposentado do Ministério do Trabalho, além de advogado, jornalista, radialista, conferencista e membro da Academia Sergipana de Letras, sendo autor de 31 livros publicados.

O enterro acontece no Cemitério Colina da Saudade, a partir das 10h.

Texto e imagem reproduzidos do site: a8se.com

Nota de Pesar pela morte do professor doutor José Paulino da Silva

Foto1 reproduzida do Facebook e postada pelo blog para ilustrar o presente artigo

Texto publicado originalmente no Perfil do Facebook/Iran Barbosa, em 30 de novembro de 2022

NOTA DE PESAR

Esses têm sido dias difíceis, com perdas muito doloridas!!!

Como educador e professor de História, recebi com grande tristeza a notícia do falecimento do professor doutor José Paulino da Silva, aos 80 anos, nesta quarta-feira, 30/12.

Nascido em Pernambuco, o professor Paulino ampliou sua cidadania, pelo mérito e pelas contribuições, agregando o título de cidadão sergipano desde 1993.

Formado em Pedagogia e Filosofia, era Mestre em Educação e Doutor em Filosofia e História da Educação, contribuiu de maneira marcante na formação de gerações de estudantes, como professor do Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe, e também, na produção de trabalhos de pesquisa de grande vulto e importância, como coordenador do projeto "Resgate da Memória Histórica: Canudos Ontem e Hoje".

Com trabalhos publicados nas áreas da Educação, Cultura Popular e História da Guerra de Canudos, o professor Paulino sempre foi um fervoroso defensor da educação pública de qualidade, como caminho para desenvolver cidadania, senso crítico e solidariedade. Ele também exerceu atividades administrativas na UFS, como Pró-Reitor de Assuntos Estudantis, Pró-Reitor de Pesquisa e Vice-Reitor.

Diante de tamanha perda, expresso o meu mais profundo pesar e minhas sinceras condolências aos familiares e amigos, aos seus colegas da jornada acadêmica e a todas as gerações de estudantes que tiveram oportunidade de conviver com o professor José Paulino.

A educação de Sergipe perdeu um dos seus grandes mestres! 

Texto e foto2 reproduzidos do Facebook/Iran Barbosa

'O Céu das Carnaíbas', por Antonio Samarone

Publicação compartilhada do Facebook/Antonio Samarone, de 1 de dezembro de 2022

O Céu das Carnaíbas. 
Por Antonio Samarone*

Conheci o professor José Paulino, em 1979, quando a União Nacional dos Estudantes (UNE) saía da ilegalidade. Baseado no Decreto-Lei 477, o AI-5 dos estudantes, a ditadura proibiu eleições para UNE.

Na Universidade Federal de Sergipe, o pró-reitor estudantil, José Paulino, solicitou as urnas da justiça eleitoral, e bancou a legalidade da eleição da UNE. Incentivou a ida dos estudantes ao Congresso da UNE em Salvador.

José Paulino foi o iniciador dos estudos sobre o participação de Sergipe na guerra de Canudos, inspirado na leitura da “Guerra do Fim do Mundo”, de Vargas Llosa.

Foi em Sergipe que Antonio Conselheiro iniciou a sua fase messiânica. Na edição de 22 de novembro de 1874, o jornal estanciano “O Rabudo”, noticiou a presença do Conselheiro em Sergipe. Conselheiro peregrinou por vários municípios. Em Itabaiana existe um monumento na rua da Pedreira (foto), marcando a passagem de Conselheiro.

Registra o jornal “O Rabudo, sobre Conselheiro”:

“Anda no caráter de missionário, pregando e ensinando a doutrina de Jesus Cristo. Suas prédicas consistem na proibição dos xales de merinó, botinas, pentes, e não se comer carne e coisas doces nas sextas e nos sábados.”

Conselheiro apareceu na cidade de Itabaiana em 1874. “Esmolava, seguiam-no os primeiros fiéis, um dos quais carregava o templo único, um oratório tosco, de cedro, encerrando a imagem de Cristo.” – citado por José Paulino.

Muitos sergipanos mal-aventurados seguiram o séquito de Conselheiro, defenderam o arraial, não se entregaram. A peregrinação messiânica começou em Itabaiana. O padroeiro de Canudos era Santo Antonio dos pobres, imagem levada de Itabaiana.

“Chamava-se Antonio e o povo o denominava Conselheiro. Passou por Sergipe, onde fez adeptos. Pedia esmola e só aceitava o que supunha necessário para a sua subsistência.” – Sílvio Romero.

Conselheiro arrebatou em sua caminhada rumo ao Belo Monte, centenas de sergipanos, sobretudo negros. O sangue dos sergipanos foi derramado em Canudos.

Quando criança, ouvia mamãe recitar uma trova, citado por Sílvio Romero:

“Do céu veio uma luz/ que Jesus Cristo mandou/ Santo Antonio Aparecido/ dos castigos nos livrou/ quem ouvir e não aprender/ quem souber e não ensinar/ no dia do Juízo/ a sua alma penará.”

Se as autoridades do turismo conhecessem a história de Sergipe, a Orla Por Sol não seria apenas uma bela paisagem. Foi na foz do Vaza Barris, onde os corpos mal enterrados durante a guerra de Canudos, em Belo Monte, foram parar em Aracaju, após a primeira enchente do rio.

Sem contar que a 2ª coluna, na IV Expedição da guerra. sob o comando do General Cláudio do Amaral Savaget, saiu do Aracaju. O escritor e intelectual sergipano Pedro Moraes, descreveu detalhadamente esta coluna, sob a ótica do exército.

O sergipano José Calazans desvendou a história de Canudos para o mundo, e o professor José Paulino, incluiu Sergipe. 

Foi José Paulino que mobilizou estudantes e estudiosos sergipanos sobre Canudos. Cito de memória, entre os entusiasmados: Chico Buchinho e o jornalista Enock, irmão de João Brasileiro.

Perdemos um conselheirista, José Paulino da Silva (80 anos), pernambucano de Cachoeira de Taépe. Seminarista na Congregação Salesiana Dom Bosco, em Jaboatão. Em 1970, José Paulino ingressou na Universidade Federal de Sergipe. 

Entre as várias contribuições de José Paulino, sem dúvidas, a maior, foi tirar do esquecimento, a participação de Sergipe na jornada de Antonio Conselheiro. 

Descanse em paz, Zé Paulino, missão cumprida!

* Antonio Samarone (médico sanitarista)

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Antonio Samarone

Faleceu o professor aposentado José Paulino da Silva

Texto publicado originalmente no site da UFS, em 30 de novembro de 2022

Faleceu o professor aposentado José Paulino da Silva

Professor Paulino foi vice-reitor da UFS na gestão de Luiz Hermínio Aguiar Oliveira

A Universidade Federal de Sergipe informa, com pesar, o falecimento do professor aposentado José Paulino da Silva aos 80 anos. Professor Paulino ingressou como professor do Departamento de Filosofia e História da universidade em 1971.

Durante os anos de serviços prestados, ocupou cargos de gestão. Foi coordenador da Pós-Graduação em 1978, pró-reitor de Assuntos Estudantis em 1978 e de Pós-Graduação e Pesquisa em 1980, e vice-reitor em 1992 na gestão do reitor Luiz Hermínio de Aguiar Oliveira.

José Paulino da Silva exerceu a função de professor do magistério superior até 1995, quando se aposentou.

Ascom UFS

comunica@academico.ufs.br

Texto reproduzidos do site: ufs.br