sábado, 30 de junho de 2018

Artur Oscar de Oliveira Déda não está mais entre nós. Mas fica

Foto reproduzida do Facebook/Aida Campos e 
postada pelo blog, para ilustrar o presente artigo.

Texto publicado originalmente pelo site JLPolítica, em 30 de junho de 2018.

Artur Oscar de Oliveira Déda não está mais entre nós. Mas fica

Artur Oscar de Oliveira Déda era grande a partir do nome sonoro e da ética que acostou a ele

Por Jozailto Lima

Ele era grande em tudo. Não só no tipão físico, que carregava sem nenhum desengonço. Com muita altivez.

Artur Oscar de Oliveira Déda era grande a partir do nome sonoro e da ética que acostou a ele durante uma longa vida de 86 anos completada em 2 de março deste ano.

Foi essencialnente um homem do direito, esse desembargador. E, perdão pelo trocadilho com cara de conservador, foi sobretudo um homem direito. Intelectualmente íntegro, amigueiro, cordial, mas avesso ao lado danoso e compadrioso da cordialidade.

Um homem grande também na biografia.

Privei da amizade dele, como pode privar um jornalista da de uma autoridade pública, o que quer dizer com discrição - embora entre nós contasse mais um pouco os lados da condição de escritor que compartilhamos.

Dele, guardo e sempre compartilho uma saborosa história que me contava sobre o abjeto bullying a que sempre fora submetido este notável Estado de Sergipe, que tão bem acolhe aos que o procuram como pátria alternar.

Pois bem, para ressaltar seu lado desenvolto, desembaraçado e respeitador da sua sergipanidade, ele me contava que ao chegar adolescente, lá pelos idos de 1950, para estudar no Colégio Dois de Julho, em Salvador, o melhor da Bahia, um professor de Geografia, baixinho, tentou fazer troça com ele, suas origens, seu Estado.

No primeiro dia de aula, durante a apresentação dos novos alunos, a descrição de lugares de onde vinham, ao chegar a sua vez, ele disse que era de Sergipe, de Simão Dias, de Aracaju.

Em tom hilário, o professorzinho baixinho dirigiu-se a um mapa do Brasil distendido na parede, semicerrou os olhos como se buscasse algo inachável e por fim exclamou:

- Está aqui - disse, pondo um dos dedos sobre Sergipe no mapa. E completou:

- Vou segurar, pra ver se não foge, de tão pequeno.

Artur Oscar de Oliveira Déda, ainda imberbe, não se aturdiu e, com toda fleuma, sapecou esta:

- Professor, um grande escritor da minha terra, o Gilberto Amado, já advertiu que Sergipe é pequenino para não ofuscar a grandeza dos seus filhos.

Foi aplaudido pelos demais fedelhos que chegavam para o primeiro dia de aula e o professor engoliu a seco.

O que talvez Artur Oscar de Oliveira Déda não sabia, ali naquele histórico dia de bullyng baiano, era que a frase de Gilberto Amado viria a se encaixar perfeitamente na sua persona.

Vá em paz, amigo grande.

Texto reproduzido do site: jlpolitica.com.br

Procurador Givaldo Rosa Dias, um sergipano com projeção nacional

Foto de Edson Araujo, reproduzida do blog canalr5blog e postada 
pelo blog SERGIPE..., para ilustrar o presente artigo.

Texto publicado originalmente no site Zero Hora Sergipe em 07/02/2017

Procurador Givaldo Rosa Dias, um sergipano com projeção nacional.

Por Clarêncio Martins Fontes

Poucas personalidades da área jurídica, do magistério superior, e sem favor, também na área da pesquisa cultural e principalmente genealógica, têm merecido o reconhecimento e destaque em nível nacional. O Dr. Givaldo Rosa Dias que inclusive conseguiu relacionar-se com afeto e bom entendimento dialogal com quase todos os membros dessa família bastante numerosa que é a dos Procuradores Federais do Brasil, recebeu recentemente mais uma distinção honrosa no Estado de Sergipe, dessa feita partiu a iniciativa honorável da Polícia Militar Sergipana através de seu Comando Geral e Oficialidade, além de, ver formada no CEFAP à rua Argentina, Bairro América, toda a Tropa perfilada na solenidade de outorga em que o destacado jurista, professor e vice-presidente da Associação dos Procuradores Federais a nível nacional, atuando nos assuntos governamentais, recebeu Medalha, broche e Diploma da briosa Corporação Militar. Por outro lado, ele é um dos poucos profissionais do Direito que tem relevantes serviços prestados à pessoas carentes das classes menos favorecidas, principalmente de cidades e povoados do interior do Estado, onde se desloca em seu veículo particular para socorrer nas emergências aqueles que bradam pela sua presença apoiadora.

O professor Givaldo Rosa Dias reconhece, como não poderia deixar de ser, a Majestade da Justiça, e diz como Rui Barbosa que: “A pior Ditadura é a Ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer”. Ele também é convicto, como sentenciou Delavigne e Phillips que “O Direito é a mais bela invenção que os homens puderam encontrar contra a equidade”, e “O Direito é o sol eterno, e o mundo não pode retardar a sua vinda”.

E o autor desse texto apologético, que quase nada entende de Direito, tem ódio votivo contra a injustiça. E cita aqui alguns grandes pensadores da humanidade, de várias épocas para desmascarar a injustiça, revelada ou não. E via-de-regra a grande massa dos injustiçados é das camadas mais pobres. E vamos aos pensamentos: Há apenas uma blasfêmia, que é a injustiça. / O que comete a injustiça sente-se mais desgraçado do que aquele que a sofre. / As vítimas da injustiça devem consolar-se pensando que a verdadeira desgraça consiste em praticá-la. / O homem não é infeliz enquanto não é injusto. / Da força à injustiça não há senão um passo. Acabamos de citar Platão, Pitágoras, Demócrito de Abdera, Confúcio e Ingersoll.

Givaldo Rosa Dias, ainda sente-se sob o peso da angústia, e da tristeza inconsolável, por ter perdido um filho que amava, como ama a todos os outros. É uma personalidade que nele enxergou a Polícia Militar de Sergipe os méritos necessários para uma distinção oportuna, honrosa, e que, a exemplo de outras honrarias o tornaram conhecido além-fronteiras… e para demonstração cabal desses méritos em que falamos acima, publicamos aqui dados valorativos que mostram muito bem quem é o nosso focalizado:

Dentre as inúmeras condecorações recebidas, destacamos as Medalhas e Diplomas no Grau de Comendador: Medalha SAN TIAGO DANTAS, Medalha do Mérito Tobias Barreto, Medalha dos Colonizadores da Província, Medalha do Mérito Cultural da Magistratura, Medalha da Associação dos Procuradores Federais do Rio de Janeiro, Medalha “Monsenhor Fernandes da Silveira”, outorgada pela Associação Sergipana de Imprensa (A.S.I.) maior condecoração da Entidade; Diploma de Honra ao Mérito da Sergipanidade, conferido pelo CIRLAP, Medalha de Grande Benemérito da Maçonaria, e “Medalha da Estrela e Distinção Maçônica do Grande Oriente do Brasil”.

Várias publicações na Revista “IN VERBIS”, da Magistratura Nacional, “Jus Jurídico e Migalhas”, Artigos sobre as raízes da Genealogia brasileira e sergipana, destacadas na Enciclopédia Wikipédia (ver Arquivo Nobiliárquico Brasileiro).

Autor de diversos Artigos publicados nos Jornais da ANPAF Associação Nacional dos Procuradores Federais em Brasília e da Entidade Mater do Rio de Janeiro, (APAFERJ) e no Jornal CINFORM onde foi destacado o Artigo “Interpretação Fidedigna da Sergipanidade” datado de 10/05/2010. Respeitado pesquisador e estudioso da matéria em todo o território brasileiro e além-fronteiras, descendente das doze famílias fidalgas do Brasil, trineto do Senador, Usineiro, Presidente da Província de Sergipe Del-Rey, o Barão de Estância, Antonio Dias Coelho e Mello, do qual descendem até os dias de hoje, os Governadores, Senadores, Deputados, componentes da Magistratura Federal e Estadual, pelos casamentos consanguíneos entre parentes há mais de duzentos anos.

No dia 17 de janeiro de 2017, às 19 horas, o nosso focalizado recebeu das mãos do Governador do Estado de Sergipe, e do Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Sergipe, em solenidade acontecida no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CEFAP) localizado no Bairro América nesta Capital, o Diploma e MEDALHA DO MÉRITO POLICIAL MILITAR, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à Corporação. Naquela oportunidade participaram 237 jovens praças promovidos à carreira superior.

O Procurador Federal GIVALDO ROSA DIAS, engrandece o seu Estado Natal e goza de destaque no cenário nacional, onde no seu campo de trabalho tem exercido cargos de relevância como Vice Presidente Nacional da Associação dos Procuradores Federais com sede em Brasília, reconduzido por duas vezes consecutivas, e é admirado perante os Tribunais Superiores pela sua desenvoltura e respeito aos preceitos democráticos.

Texto reproduzido do site: zerohorasergipe.wordpress.com

Odilon analisa novo livro do Desembargador Artur Déda

 O escritor Artur Oscar de Oliveira Déda autografa livro

Aqui com o saudoso ex-governador Marcelo Déda

Publicado originalmente no site do Jornal do Dia, em 22/07/2012 

Odilon analisa novo livro do Desembargador Artur Déda 

Por Odilon Cabral Machado *

Como não achar delicioso o texto "Sobre milagres"? Como não ficar feliz em sendo um torcedor derrotado do Club Sportivo Sergipe, saindo cabisbaixo e tristonho do estádio, em choro gerundial compulsivo, e ver que um milagre acontecera, e do pranto surgira o riso com o entorno universal alvirrubro, em euforia arrebentando: "... O pendão alvirrubro a vibrar..." , em pleno fervor como nem o poeta Freire Ribeiro o imaginaria em Troféus e archotes, e no próprio hino do "Bravo clube dos filhos do Norte"?

O título vem de José Roberto Torero [premiado autor de O Chalaça (Jabuti e Livro do ano 1995) e Pequenos Amores (Jabuti 2004) e dezenas de outros títulos] em seu texto publicado no Jornal do Dia desta quarta-feira 18 de Julho "O que é mais importante, o criador ou a criatura? Eu prefiro a criatura", responde Torero.

Não lhe interessa que o autor seja vesgo, tenha sido baleado por mira mal assestada, um sobrevivente do tsunami japonês ou um cover de Carmem Miranda. O seu interesse é a criatura, isto é, a produção literária ofertada ao leitor.

O questionamento do título deriva do diferente interesse manifestado pelas resenhas literárias.

No lugar da análise dos escritos, maximizam-se os feitos da pessoa física do autor, sua vida pregressa, posicionamentos políticos e ideológicos, valendo mais ou pior, se lutou pelas liberdades democráticas ou se aplaudiu a tortura, em pouca ou nenhuma vergonha, se foi seviciado na infância, se largou a pederastia por debalde experimentação na busca reversa do ponto G, se é flamenguista ou corintiano, se rebola no Salgueiro, na Vai-Vai ou nas Italianas, se é crente, descrente ou discordante, enfim, tudo o que pode ensejar a rejeição ou a propagação da obra.

Em tais sinopses o mais importante não é o recheio do texto, mas a cartilagem de seu invólucro; a orelha do livro.

Neste particular, Torero relata o feito de Laura Albert, uma ex-punk balzaquiana, se fazendo passar por JT LeRoy, ou Jeremiah "Terminater" LeRoy, "um jovem de quinze anos, ex-viciado em heroína, que teria sofrido abuso sexual na infância e se prostituído para viver".

E JT LeRoy é bom exemplo, porque a partir de seu viés curricular, Laura Albert virou best-seller, num sucesso tamanho que resolveu ir mais além fazendo o próprio LeRoy saltar da ficção para a realidade, por meio de um comparsa nunca acessível ao vivo e em cores, mas que via telefone, municiava entrevistas bombásticas pela imprensa, isso por dez anos, até que a falsificação foi descoberta e ambos, Le Roy e sua criadora, perdessem o estro, a criatividade, e a vendagem de novos títulos.

Algo parecido com David Nasser, o polêmico articulista de "O Cruzeiro" (Semanário de Assis Chateaubriand, e leitura imperdível da minha infância), que criou o folhetim "Giselle - A Espiã Nua Que Abalou Paris", relato da bailarina fictícia, Giselle Montfort, publicado como verídico no jornal Diário do Norte, em 56 capítulos, num tempo em que eu nascia, e que depois, reunidos em quatro livros de bolso pela Editora Monterrey ZZ7, virou leitura obrigatória pelos da minha adolescência, como se fora um relato testemunhal da ocupação nazista na França.

Só que David Nasser cansou de Giselle, matou-a por fuzilamento, vendeu os direitos autorais e a série foi continuada pelo escritor espanhol, Antônio Vera Ramírez, que a assina com o pseudônimo de Lou Carrigan, produzindo vários títulos com a personagem Brigitte (conjuminância de Giselle com o General Erwin Von Rommel, a raposa do deserto?), cuja saga possivelmente continua por sequência familiar, arrastando, certamente, muitos leitores.

Assim, como produto de marketing ou simplesmente má fé, Giselle Montfort e JT LeRoy renderam muitas vendas por biografia tão fantástica quão reais, para engano e deleite do ledor, a morder gato por lebre.

Diferente do escritor, afirma Torero no seu questionamento entre o escritor e o livro, "ninguém quer saber a biografia de um médico que nos opera, do marceneiro que faz nossa mesa, nem do professor que ensina nossos filhos (o que seria bem mais importante)".

E assim aconselha em fecho risível: "De qualquer forma, se você está escrevendo seu primeiro livro, aconselho gastar menos tempo com o texto e mais com sua autobiografia. Invente algo bem criativo. Diga que tem dois sexos, que é especialista em magia negra, que sua mãe assassinou seu pai e que foi amamentado por lobos. E, se der uma entrevista, não se esqueça de uivar no final".
Não é este o caso do livro "História de Vários Tempos", lançado pelo escritor Artur Oscar de Oliveira Deda nesta sexta-feira, 20 de julho, às 19 horas, no Museu da Gente Sergipana, antigo prédio do Atheneuzinho, situado na Avenida Ivo do Prado, nº 398.

Desembargador aposentado de alta e meritória atuação na magistratura sergipana, o autor é um velho formador de jovens, professor de várias gerações de advogados, desde a antiga Faculdade de Direito de Sergipe, a vetusta escola da Rua da Frente.

Poder-se-á dizer ainda que o autor é um simão-diense (ou anapolitano, por longa briga), filho do jornalista, escritor, político eloquente e folclorista luminoso, José de Carvalho Deda, autor de Brefaias e Burundangas (folclore sergipano), Formigas de Asas (romance), Simão Dias, Fragmentos de sua história (onde há três Simão Dias e só um deles verdadeiro), e sua senhora Dona Maria Oliveira Deda.

Ainda se poderá dizer que seu nome, Artur Oscar, e de um seu irmão, Carlos Eugênio, lembram passagem da Guerra de Canudos, de generais que pisaram o solo de Senhora Santana no combate à "Guarda Católica", do hoje santificado Bom Jesus Conselheiro.

Parando com a biografia do autor, antes tenho a declarar, que lhe tenho profunda admiração e ao seu irmão, o advogado Beto Deda, espécie de Cavaleiro Templário, fiel guardião zelador dos arquivos de "A Semana", jornal simão-diense que precisa ser digitalizado para constituir arquivo de nossa história.

Mas, em "História de Vários Tempos", é difícil sublinhar o melhor texto entre os oitenta listados por Artur Deda, Como não achar delicioso o texto "Sobre milagres"? Como não ficar feliz em sendo um torcedor derrotado do Club Sportivo Sergipe, saindo cabisbaixo e tristonho do estádio, em choro gerundial compulsivo, e ver que um milagre acontecera, e do pranto surgira o riso com o entorno universal alvirrubro, em euforia arrebentando: "... O pendão alvirrubro a vibrar..." , em pleno fervor como nem o poeta Freire Ribeiro o imaginaria em Troféus e archotes, e no próprio hino do "Bravo clube dos filhos do Norte"?

Que dizer das visitas à Cruz de Bela, e à santinha do Maruim, e do milagre realizado pelo autor "mordido pelo sentimentalismo pequeno burguês", no dizer de seu mestre Orlando Gomes, e sendo santo, terno e bom, tão milagreiro, quão taumaturgo, igual ao monge menor de Voltaire, exercendo milagraria em terra estranha, em São Paulo, na desvairada Paulicéia, até para confirmar e reafirmar, que é bem mais fácil ser profeta em terra alheia? Como esquecer também da folheira convocação para se comprovar vivo, comezinho e corriqueiro chamamento, de obrigação anual do indivíduo aposentado, peregrinando por repartições, onde não valem o verso e o canto de Roberto Carlos;  "Eu existo!... eu existo!... eu existo!..."?  Mas, que é preciso provar, estar vivo "sob as penas da lei"?  E que dizer da labiríntica procura por salas e corredores, como Teseu sem Ariadne e seu fio, na busca a fio do inexistente Departamento de Recursos Humanos, morto e enterrado sem lápide, só porque nas repartições públicas "existe a prática de abreviar tudo, inclusive os direitos e deveres?" Genial! Não?

E daí o DIDEV, ou o Departamento de Direitos e Deveres, para dar o atestado de vida?

E o que dizer da abalizada fundamentação jurídica, amparando-se no belga Picard, um homem de pensar controverso, refletindo sobre a arte e o direito, e o engajamento da própria arte, em rejeição ao hermetismo, como se fora "algo destinado apenas àquele que se acostumou a respirar o ar rarefeito das abstrações", ou como diria eu, por pior e rele inspiração, daquele que se quis melhor por abstração do mundo, recluso nos gabinetes acarpetados, com o ar tão frio quão vicioso, onde o espirro é filho do ácaro por oxigenação carente, excesso de pura sombra, sombrio no alvedrio, e em desbrio de pouca luz?

Como não exaltar a luminosidade do autor a esclarecer o Direito Autoral, em citando Tobias Barreto, como seu assumido inventor, com palavras que o sergipano de Escada não poderia escutar do italiano Bobbio, nem tão quanto de Clovis Beviláquia, o tobiático cearense, e pior nos nossos CD's e DVD's, inserindo-os remasterizados e compactados nas angústias do camelô, com direito ao cantar de Billy Blanco sem esquecer o "rasgo de gênio ou de meditação diuturna" do cantar dos passarinhos?

Ah! É preciso ler o livro de Artur Oscar, este seguidor de Montaigne, para quem a vida é cavalgar, é seguir, continuar, mesmo que em velhice tantos nos deprimam adotando-nos como tios. Um incômodo tratamento que os sobrinhos hoje elidem, por esquecimento ou desprezo, mas que bem mais perdem do que ganham.

E o que dizer do gerúndio, e da vingança final do Dr. Manjericão, enfrentando tantos "havendo, considerando, declarando e quejandos"? Desforra que prevaleceu solene e terminal, "vivendo e aprendendo", cassando até o Governador Arruda, seu propenso caçador letal?

Realmente, o livro de Artur Oscar é de uma delícia sem igual. Não é uma coletânea memorial de feitos julgados, teses inusitadas, pronúncias e sentenças referidas, algo bem comum ao vício do cachimbo, ou excessiva utilização de bengala.

Como bom discípulo de Montaigne, repetindo-o sem exaustão, o autor é homem de muitas viagens. Um viajor que enriquece, sobremodo, a sua passagem.

Dos feitos de outros, há sorriso e sensibilidade até na descrença do bom senso de muitos julgados, como aquele em que ao fio de uma desvendada Themis, a deusa da justiça e da equidade, intentou-se um labor jurígeno contra a passagem do tempo e a inexorabilidade da expulsória aposentadoria. Algo que bem tentaria desmentir Galileu, o Galilei, que pela boca de Bertolt Brecht gritara qual lei divina, por imutável e irrecorrível aos tolos: "A soma dos ângulos de um triângulo independe da vontade da cúria".  Mas, norteado pela indisfarçada incúria, com Themis mirando todos, requerentes e concedentes, intentava-se a pretensão de um congelamento temporal, um atemporal contratempo, imoral e pouco legal, de um pause nos ponteiros do relógio, fazendo-o estacionar para alguns, com o sol paralisado por Josué, na espera da trombeta que ensurdecendo todos, envelheceria e envileceria a nossa circunstância. E o magistrado escritor, mostrando que ouvira, mas não se encantara, com o desafino da sereia, parece sorrir em desconfio: "Mesmo aceitando,..  ser 'o tempo um canalha',... Fico entusiasmado quando novidades aparecem em favor dos veteranos da travessia terrena. Aliás, depois de aposentado tomei conhecimento de uma tese animadora afirmando que a completude dos setenta anos para o afastamento compulsório do serviço público não se daria automaticamente com a cifra depois do sete. A verificação da idade limite só aconteceria no dia derradeiro dos setenta. E houve quem mais se animasse, ainda: o dia derradeiro seria o último da sétima década. Mas o Tribunal apagou o fogo de palha, jogando água nos velhinhos persistentes".(grifo meu)

Persistências à parte, muita coisa eu teria a falar do livro de Artur Oscar de Oliveira Deda e suas viagens. As peripécias do Pimpinela Escarlate, do Durango Kid brasileiro, do Barão de Candeias, de Zaratrusta parindo Zoroastro sem sizo ou analgesia, de Gilberto Amado e nosso hino conciso, enquanto nó suíno ou górdio; do "áureo jucundo dia", a desfiar estudos de plágio, sem "contradictio in terminis de  julgamentos preconceituosos e judiciosos preconceitos".

E por que não lhe ressoar as histórias de cachorro, de pássaros, de gorjeios de netos, em palavras de esperança e desvelo, de quem faz milagre também, e que enriquece sobremodo a vida e o seu derredor, só com o próprio viver?

E assim volto à pergunta inicial de Torero. O que vale mais, o escritor ou o livro?
Como eu não sou crítico literário, não tenho que a isso responder. Ou ambos, se for instado a concluir.

Direi apenas, por melhor, que o livro-vida lançado por Artur Oscar de Oliveira Deda é uma delícia para os amantes da boa literatura. Recomendação que eu estendo, até para os que não gostam tanto de ler.

* Professor emérito da UFS

Texto e imagens reproduzidos do site: jornaldodiase.com.br

Morre o desembargador Artur Oscar de Oliveira Deda

Foto da Ascom/TER, reproduzida do site do Portal Infonet e postada aqui
pelo blog SERGIPE..., para ilustrar o presente artigo.

Texto publicado originalmente no site NE Notícias, em 30/06/2018

Morre o desembargador Artur Oscar de Oliveira Deda

Por NE NOTÍCIAS, da redação

Sergipe perde um de seus mais brilhantes magistrados.

Morreu na noite de ontem, 29, o desembargador Arthur Oscar de Oliveira Deda.

O corpo está sendo velado na Colina da Saudade, onde será sepultado às 16h.

Biografia

Artur Oscar de Oliveira Déda nasceu em Simão Dias (SE), a 2 de março de 1932,  filho de José Carvalho Déda e de D. Maria Acioly de Oliveira  Déda. Fez o curso ginasial no Colégio 2 de julho, até 1950 e o secundário no Colégio Estadual de Sergipe e Colégio Central da Bahia. Graduou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Sergipe, em 1958, da qual foi Professor da disciplina Direito Civil.

Funcionou com 3º Oficial de Secretaria da Assembléia Legislativa de Sergipe, no ano de 1955, assumindo, depois o cargo de Chefe dos Anais da Secretaria, da mesma Assembléia. Promotor Público substituto na comarca de Aquidabã, no ano de 1958 e Juiz de Direito das Comarcas de Riachão do Dantas (1961), Maruim (1964), Estância (1968) e finalmente da 3ª Vara Cível da Comarca de Aracaju.

Em 1974, fez curso de pós-graduação na Faculdade de Direito de Sergipe, com especialização em Direito Público e Direito Privado. Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, cuja posse ocorreu em 11 de junho de 1975, atuando depois como Corregedor Geral da Justiça (1977/79) e Presidente do Tribunal de Justiça (1979-1981).

No período de fevereiro a dezembro de 1981 foi autorizado pelo Tribunal de Justiça de Sergipe a cursar a Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro. Presidiu, também, o Tribunal Regional Eleitoral. Foi o primeiro Diretor da Escola Superior da Magistratura do Estado de Sergipe.

Jurista de alto mérito, com trabalhos publicados nas melhores revistas especializadas em Direito Civil publicou vários verbetes na Enciclopédia Saraiva de Direito. Tomou posse na Cadeira nº 28, da Academia Sergipana de Letras a 11 de agosto de 1982, sendo saudado pelo Acadêmico Luiz Carlos Fontes de Alencar. Integra o Conselho Editorial da Revista de Direito Civil de São Paulo e da Revista Ciência Jurídica.

Em 20 de fevereiro de 2002 aposentou-se do cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça de Sergipe, permanecendo, porém, com a sua atividade cultural na produção de livros e poemas.

Texto reproduzido do site: nenoticias.com.br

sexta-feira, 29 de junho de 2018

sábado, 23 de junho de 2018

ALESE homenageia o poeta João Sapateiro

 Foto reproduzida do site: youtube.com

Foto: Jadilson Simões

Texto publicado originalmente no site Expressão Sergipana, em 21 de junho de 2018

ALESE HOMENAGEIA POETA POPULAR JOÃO SAPATEIRO

De Redação

No dia em que João Sapateiro completaria 100 anos se estivesse vivo, a Assembleia Legislativa de Sergipe prestou uma bela homenagem ao poeta popular sergipano. A deputada estadual Ana Lula, autora da propositura que permitiu a outorga, entregou nas mãos do filho do poeta, Joselino Franco, a homenagem da ALESE.

Artesão negro em uma sociedade onde os papéis eram fixos e, normalmente, intransponíveis, João Sapateiro driblou o destino prosaico e a obscuridade com sensibilidade e versos. Conhecido por todos pela poesia, mas também por sua inteligência e ternura, como bom artista proletário, João Sapateiro mirava para além da paisagem, e registrava com sagacidade crítica as desigualdades sociais que marcaram seu tempo e permanecem presentes até hoje.

“Na sua oficina, onde ele tecia o couro e contribuía para o andar de cada um, ele também tecia a escrita, com expressões poéticas. A poesia não só lírica, mas a poesia que expressa a vivência e o sofrimento cotidiano do nosso povo”, destacou Ana Lúcia.

Após agradecer a homenagem, Joselino Franco, filho do homenageado que representava a família durante a solenidade, destacou que seu pai foi homem simples. “Meu pai passou pouco tempo na escola, precisamente seis meses. Como era de costume, os filhos mais velhos precisavam cuidar dos demais. Meu pai teve que deixar de estudar e partiu para as fazendas para trabalhar”, destacou sobre a infância de João Sapateiro.

“Laranjeiras é uma cidade felizarda, pois meu pai deixou um legado gigantesco para aquela cidade. Nós, que fazemos a família João Sapateiro, vamos lutar para que este legado se multiplique”, finalizou Joselino, apelando às autoridades presentes que priorizem a literatura enquanto expressão artística e cultural.

TEATRO E EXPOSIÇÃO

Durante a homenagem, a Companhia de Teatro da ALESE emocionou familiares, amigos admiradores de João Sapateiro presentes, com uma esquete que remontou parte da vida do homenageado, permeado por muita poesia lírica e de crítica social.

A entrega da honraria marcou ainda o lançamento da exposição “João Sapateiro, nosso poeta popular”, que conta um pouco mais da sua história e de sua arte. Realizada pelo mandato democrático e popular da deputada Ana Lúcia, a exposição conta com nove banners, que ficarão disponíveis para serem expostos em escolas e outros espaços públicos.

SOBRE JOÃO SAPATEIRO

Nascido em Riachuelo, foi na cidade de Laranjeiras que o artista ganhou notoriedade, ao expor em sua sapataria aberta ainda na década de 30, versos que retratavam com sensibilidade as belezas da cidade, mas também a profunda divisão social de seu tempo.

Nascido em Riachuelo no ano de 1918, primogênito de muitos irmãos, João Carlos Franco foi mais uma criança trabalhadora de engenho e depois engraxate nas ruas de Aracaju. Iniciou-se na arte da sapataria pelas mãos de seu pai, em uma oficina instalada… na Rua de Laranjeiras. Em 1938, transferiu-se para a cidade onde viveria até o final de seus dias, 50 anos deles morando na Rua da Alegria.

Ali tornou-se João Sapateiro, mas foi em função dos poemas, que escrevia com letras sempre maiúsculas, proporcionais aos seus quase dois metros de altura, que João se fez mais conhecido.  João Carlos Franco usava sua sapataria para mostrar a todos os versos que escrevia, sempre em folhas de cartolina e papel almaço que cobriam as paredes de adobe da oficina. Personagem obrigatório da memória cultural de Laranjeiras, querido e admirado por sua generosidade e por seus versos, ganhou lugar na história de Sergipe.

Texto reproduzido do site: expressaosergipana.com.br

domingo, 17 de junho de 2018

Leozírio Fontes Guimarães (1916 - 2002)

Leozírio Guimarães... Grande Maestro capelense, fundador do  Coral Genaro Plech 
em Capela-SE. e fundador da "Sociedade Filarmônica de Sergipe" (SOFISE).
Foto reproduzida de postagem de Milton Melo/Facebook/MTéSERGIPE.
 
Leozírio Fontes Guimarães (1916 - 2002)

Nasceu em Capela no dia 26 de janeiro de 1916, onde fez os seus primeiros estudos. Estudou música com o mestre Francisco de Carvalho Júnior, com o alemão Frei Elias e a Ir. Canísia, professora do Colégio Imaculada Conceição.

Aos 15 anos ingressou na Banda de Música da cidade. Em Capela foi mestre de banda e fundou o Coral Genaro Plech.

Foi nomeado em 1950 professor de Canto Orfeônico do Estado. Mudou-se para Aracaju em 1956 e tornou-se professor de Música em vários colégios, deixando sempre um coral em cada colégio por onde passava: Arquidiocesano, N. Sra. De Lourdes, S. José, Escola Normal. Nesta, fundou e regeu uma banda de música só para moças, fundou e regeu a Banda de Música para jovens carentes no Instituto Lourival Fontes, fundou a Sociedade Filarmônica de Sergipe que se mantém até hoje e foi diretor do Conservatório de Música, firmando ali a primeira Orquestra Sinfônica do Estado. Foi presidente da Ordem dos Músicos do Brasil, secção de Sergipe. Recebeu vários títulos honoríficos dos governos estadual e municipal.

Compôs: dobrados, valsas, marchas, missa e trilha sonora para teatro. A SOFISE, em sua homenagem reuniu seus títulos, composições e troféus em um memorial anexo ao Arquivo da Casa. Faleceu em 2002.

Fonte: Sofise

************************************************************

Notícia do falecimento do maestro Leozírio Guimarães, em 04/11/2002, pelo Portal Infonet.

"A sociedade sergipana está de luto. Ontem à tarde foi sepultado no Cemitério Santa Isabel o maestro Leozírio Guimarães, uma das mais sérias expressões da música erudita em Sergipe. Professor e compositor, o maestro foi o fundador da Sociedade Filarmônica de Sergipe, em cuja sede, na Rua de São Cristóvão, o corpo foi velado e, antes de partir para a última morada, celebrou-se missa. Ele faleceu aos 86 anos de idade, uma semana depois de perder a mulher, professora Lindalva Cardoso Dantas, cuja missa de sétimo dia foi celebrada na última quinta-feira, também no auditório da Sofise. No último mês de agosto, já havia falecido a primeira mulher do professor Leozírio. Durante anos, o professor Leozírio ensinou em escolas da capital sergipana. Na antiga Escola Normal, Instituto de Educação Ruy Barbosa, por anos, dirigiu a banda de música que se apresentava com galhardia nos desfiles do dia da Independência"

Texto reproduzido do site: infonet.com.br

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Rotary homenageia jornalista João Oliva Alves

Foto extraída do Google e postada pelo blog SERGIPE..., para ilustrar o presente artigo

Texto publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 13/06/2018

Rotary homenageia jornalista João Oliva Alves

Por Ivan Valença/blog Infonet

O Rotary Clube de Aracaju Norte prestou significativa homenagem ao jornalista João Oliva Alves. Aos 95anos de idade, chegando nas próximas semanas a 96 anos, João Oliva é o mais antigo jornalista do Estado ainda vivo. Lúcido, só agora a voz começa a lhe fugir. A homenagem consistiu na entrega da Comenda Carlos Melo, cuja denominação é uma homenagem por seu turno, aquele que foi Presidente do Clube e é pai de muitos rotarianos, como Carlos Melo Filho, Carlos Magalhães, entre outros. Acompanhado dos filhos Terezinha Oliva, historiadora e Luiz Eduardo Oliva, professor e jornalista. João Oliva Alves foi vivamente aplaudido pelos rotarianos que estavam presentes no almoço festivo da 2ª feira.  Nascido em 1922, João Oliva ingressou na vida pública em 1941. Atuou em todos os jornais que circularam na cidade e foi Secretário de Imprensa do Governo de Seixas Dória. O rotariano Carlos Magalhães fez uma saudação especial a João Oliva. Lembrou que quando veio de Propriá para morar em Aracaju, Aracaju só tinha calçamento a paralelepípedos até a rua Arauá e João já era uma figura humana extraordinária. Falou também sobre Carlos Melo, seu pai, que dá nome à Comenda recebida por João Oliva e que era um rotariano de escol. Em nome do jornalista João Oliva falou o seu filho, Luis Eduardo, numa prosa cheia de bom humor e ótimas revelações.  Luiz Eduardo foi convidado, pelo futuro presidente do Clube, Jorge Carvalho Nascimento, que toma no próximo dia 3 de julho, a retornar ao Clube ao qual já pertenceu no que foi muito aplaudido. O último a falar foi o Presidente do Clube, Sr. Ravisson que após congratular-se com o jornalista João Oliva Alves, anunciou que na próxima reunião fará a prestação de contas de sua administração.

Texto reproduzido do site: infonet.com.br/blogs/ivanvalenca

sábado, 9 de junho de 2018

Um sujeito proparoxítono





Publicado originalmente no Facebook/Lucio Prado Dias  

Um sujeito proparoxítono

Por Lucio Prado Dias

“O futuro da humanidade está nas mãos daqueles que são capazes de transmitir hoje às gerações do amanhã, razões de vida e de esperança.”

Hoje como ontem, o exemplo de vida do médico Cleovansóstenes Pereira de Aguiar se encaixaria perfeitamente no pensamento do saudoso Papa João Paulo II. E eu acrescentaria: e lições de humildade, generosidade e tolerância.

A homenagem que a Prefeitura de Aracaju lhe concedeu ao inaugurar o Centro de Zoonoses de Aracaju com o seu nome, refletiu à época o reconhecimento do povo de Aracaju aos inestimáveis serviços prestados pelo homem que dedicou a maior parte de sua vida aos problemas de saúde da nossa gente, como médico e educador, transmitindo ao longo de sua existência lições de decência, honradez, respeito, probidade, dignidade, trabalho, altruísmo e amizade. E novamente reafirmo: lições de humildade, generosidade e tolerância.

Especial para mim foi ter o privilégio de saudá-lo naquela oportunidade, em nome da classe médica sergipana, poder falar um pouco sobre o colega, o amigo, o professor e o confrade da Academia Sergipana de Medicina, o mais que proparoxítono, por que não estava somente no detalhe gramatical que o seu nome trazia, Cleovansóstenes, mas pela pluralidade de suas virtudes. Hoje, com o coração partido, falo em nome da Academia Sergipana de Medicina e da Academia Sergipana de Letras, missão confiada pelo nosso presidente José Anderson do Nascimento, e também pela Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - SOBRAMES, entidade que presido no momento em Sergipe. Mas poderia falar somente por mim, em função do profundo respeito e elevada consideração que me tornaram um de seus inúmeros admiradores, como professor, depois colega, e por fim, confrade e fraternal amigo.

Descrever a trajetória desse eminente cidadão, a sua importância no contexto histórico sergipano, por uma pessoa tão modesta e limitada, no entanto, é tarefa no mínimo arriscada. Escrevo, porém, com o coração, o que por si só dispensa maiores exigências intelectuais. Falo também como aluno permanente, desde os tempos idos da Faculdade; falo como admirador e colega. “Se um homem fala ou age com o pensamento puro, a felicidade o acompanha como uma sombra que jamais o deixa”, dizia Buda, líder espiritual hindu.

Cleovansóstenes Pereira de Aguiar, sergipano de Alagoas, nasceu na Usina Utinga Leão, em Rio Largo, em 16 de agosto de 1926, como segundo filho de uma série de doze. Seus pais chamavam-se Rafael Pereira de Aguiar, farmacêutico e Laura Gomes de Aguiar, prendas do lar. Aos 13 anos foi estudar em Garanhuns, Pernambuco, no Colégio 15 de novembro, em regime de internato, onde recebeu rigorosa e primorosa educação, principalmente nos campos da moral, da ética e dos bons costumes. Fez o curso colegial em Maceió, no Liceu Alagoano. Nessa fase praticou muitos esportes, chegando a jogar futebol em clubes da capital alagoana. Se o futebol não ganhou um excelente craque, melhor foi para a Medicina que ganhou um novo e destacado baluarte.

Fez o curso superior em Recife, superando inúmeras adversidades por dificuldades financeiras. Não fosse o seu grande esforço pessoal e a enorme colaboração prestada por duas organizações, a Casa do Estudante de Pernambuco, onde fazia suas refeições e a Companhia de Escolas da Comunidade, dificilmente o nosso homenageado teria conseguido o diploma de médico, como especialista em Ginecologia e Obstetrícia, em 1953. Mas a saúde pública era o seu destino. Não somente tratar do indivíduo mas cuidar de toda uma coletividade.

Em 2 de janeiro de 1954, Cleovansóstenes aportou em Própria onde estagiou durante 23 dias no SESP, antes de ser designado em definitivo para Gararu, em 25 de janeiro. Iniciava-se a fase do Cleovansóstenes sergipano. Em Gararu conheceu Maria da Glória, que viria a ser a sua esposa em 1955. Em 1957 estabeleceu moradia em Riachuelo, onde teve uma intensa participação social e comunitária, realizando obras na forma de mutirões, como o ginásio, a construção de um novo hospital e maternidade, reformando as instalações da igreja, entre outras realizações. Fez muito por Riachuelo, mesmo sem mandato, onde permaneceu até 1969 quando então passou a residir em Aracaju, mas sem se desligar da querida cidade.

Em 1963, atendendo convite do inseparável amigo Alexandre Gomes de Menezes Neto, colega e confrade, que partiu para o infinito no ano que passou, ingressou na Faculdade de Medicina na disciplina de Parasitologia. Uma vez confidenciou-me: ser professor na nossa escola de Medicina, talvez tenha sido sua maior realização. O homem certo na hora certa.

E eu questiono agora, qual teria sido mesmo a sua maior realização? Ter sido o professor ainda hoje, mesmo aposentado, idolatrado pelos seus alunos? Ou ter sido Prefeito de Aracaju, cumprindo o mandato com dignidade, lisura e probidade, com inúmeras realizações entre as quais a ampliação da Av. Hermes Fontes, tornando possível a expansão da zona sul da cidade. Difícil agora querer enumerar as suas realizações como Prefeito de Aracaju. Livre de amarras ideológicas, exerceu o cargo sem vinculação sem a sombra da política partidária.

Alguns vão querer dizer que a maior realização do nosso querido confrade foi a intensa obra médico-social que desempenhou, como médico sanitarista, cuidando da saúde coletiva do nosso povo. Mas muitos vão replicar, dizendo que a sua maior realização foi construir uma plêiade de admiradores, de amigos feitos ao longo da caminhada, pela sinceridade de seus propósitos, pela lealdade de suas colocações, pela sinceridade de suas palavras ou pela grandiosidade de seus atos. Outros, não satisfeitos, vão querer lembrar o ser cristão, o homem de fé inabalável, humanitário, humilde e modesto na sua generosidade.

E todos terão razão. Porque esse é o proparoxítono Cleovansóstenes Pereira de Aguiar. Na Academia Sergipana de Medicina, um dos seus mais entusiastas participantes. Quando o confrade Gileno da Silveira Lima desfraldou a bandeira de criação da Academia, esteve presente com toda a garra e perseverança e por isso coube-lhe, por indicação de seus pares, a indicação para ser seu primeiro presidente, de 1994 a 1996. E mais uma vez cumpriu a contento a sua tarefa.

Finalizando, recordo uma entrevista sua no Jornal da Sociedade Médica de Sergipe quando o repórter lhe fez a seguinte pergunta: que tipo de lição o senhor aprendeu no decorrer da vida? E a resposta: “Primeiro que somos filhos de Deus e que Deus é amor. Segundo, é que o homem não nasce feito, porém se faz pelo seu proceder, pelo seu caráter e por sua vivência. Vivendo no meio dos outros homens com retidão e probidade. Terceiro, é que não devemos nos considerar inferiores a ninguém, nem tampouco superiores e marchar com a cabeça erguida, seja para onde for”.

Este é o imortal Cleovansóstenes Pereira de Aguiar. Que Deus, na sua infinita bondade, proteja a sua alma por toda a eternidade. Descanse em paz, grande guerreiro, na tranquilidade de sua grandeza. Ficaremos nós aqui na planície mais pobres, tristes, desolados e consternados com a sua partida.

Aracaju, 07 de junho de 2018

Texto e imagens reproduzidos do Facebook/Lucio Prado Dias.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

José Carlos Teixeira, de mecenas a político de expressão nacional

Foto: Wellington Barreto/Agência Aracaju de Notícias
e postada pelo blog 'SERGIPE...', para ilustrar o presente artigo

Texto publicado originalmente no site JLPolítica, em 08 de Jun de 2018

José Carlos Teixeira, de mecenas a político de expressão nacional

Por Tarcísio Teixeira *

Falar de José Carlos Teixeira e de sua profícua vida é algo que exige entender a história recente do nosso país e da iniciativa de produção e divulgação da cultura, tanto no seu lado erudito quanto na sua feição popular. Nascido na cidade de Itabaiana em 1936, a partir de 1939 passou a residir em Aracaju, para onde seu pai, Oviedo Teixeira, se mudou com a família para se instalar como um dos mais importantes comerciantes de tecidos da época.

Na juventude, começou a trabalhar com o pai na loja de tecidos da família, atendendo a todo o povo sergipano. A vida estudantil, com participação nos grêmios, fez com que José Carlos fosse convidado a participar da Sociedade de Cultura Artística de Sergipe – SCAS -, fundada por Feltre Bezerra, assumindo o cargo de presidente. Tinha menos de 22 anos, passando a produzir, localmente, espetáculos que, até então, só podiam ser assistidos no eixo Rio-São Paulo.

Para diminuir os custos de produção, José Carlos hospedava na casa do seu pai os artistas que vinham se apresentar aqui. Após seu casamento, em 1958, passou a hospedá-los em sua própria casa e ainda na casa do pai. Durante este período, foram inúmeros os espetáculos de música erudita, contando com quartetos, orquestras e outras formações, além de peças de teatro, que abrilhantavam a cena cultural aracajuana.

Apesar de Oviedo Teixeira desejar que José Carlos assumisse com ele o comando da empresa, a veia política se manifestou de forma muito mais pujante, talvez por uma admiração precoce do seu tio Sílvio Teixeira, que foi prefeito de Itabaiana e deputado estadual, tendo assumido a Presidência da Assembleia Legislativa.

Esta atuação cultural significativa fez com que fosse convidado pelo senador Júlio Leite, líder do Partido Republicano – PR -, para se candidatar a deputado estadual. Quando o líder do Partido Social Democrático –PSD -, senador Leite Neto, soube do convite do Partido Republicano, tomou a iniciativa de convidá-lo para concorrer ao mandato de deputado federal. Ambos os partidos atuavam na oposição à UDN, partido do então governador Luiz Garcia.

José Carlos optou por se filiar ao PSD e concorrer a deputado federal, apesar de não conseguir, inicialmente, o apoio de Oviedo Teixeira, que não o queria envolvido na política e sim se preparando para sucedê-lo à frente dos negócios. Quem demoveu seu Oviedo de sua posição, fazendo-o apoiar José Carlos, foi Luiz Teixeira, irmão de José Carlos.

A partir daí, Oviedo Teixeira entrou na campanha, pedindo voto para o filho a todos os comerciantes e clientes. Oviedo Teixeira tinha uma inserção muito grande na sociedade sergipana e foi decisivo na eleição de José Carlos, fazendo-o o segundo candidato mais votado na eleição, tendo assumido o mandato em 1962 e sido reeleito em 1966.

Com a eleição, José Carlos mudou-se para Brasília, sem esquecer da SCAS e do projeto que vira frutificar por seu trabalho intenso em prol da divulgação cultural em sua terra natal. Seu sucessor na Presidência da SCAS foi o professor João Costa, que passou a contar com a colaboração de José Carlos, agora na condição de deputado federal.

Neste momento surgiu a ideia de construir um prédio que, com o aluguel de salas, possibilitasse a sobrevivência da SCAS. José Carlos foi fundamental neste projeto, fazendo destinações de verba do orçamento da União para bancar as obras. O projeto tornou-se realidade e ainda hoje pode ser visto na esquina da Rua São Cristóvão com a Av. Rio Branco, no centro da cidade de Aracaju.

Iniciando sua vida política, continuou ligado ao senador Leite Neto, que presidia no Congresso Nacional a comissão responsável pela aprovação do Orçamento da União. Desta forma, o prestígio de José Carlos aumentava, sendo-lhe abertas as portas de todos os Ministérios e os contatos com políticos de todos os Estados da federação, independentemente de seus matizes político-ideológicos.

Com a morte de Leite Neto, José Carlos continuou sua atuação parlamentar com muito empenho e seguindo a linha de ação de seu padrinho político, aumentando ainda mais o seu prestígio no meio político. Quando Jânio Quadros renunciou à Presidência do Brasil e assumiu João Goulart, José Carlos se aliou ao novo presidente, mantendo sua atividade parlamentar enquanto diversos companheiros assumiam Ministérios. Desta forma, seu prestígio aumentou e se consolidou, fazendo com que os políticos locais sempre acorressem ao seu prestígio para conseguir verbas e soluções para os problemas locais.

Com a Revolução de 31 de março de 1964, João Goulart foi deposto e José Carlos foi para a oposição ao governo, arrastando não só Oviêdo Teixeira como todos os irmãos. Em 1966 fundou o MDB em Sergipe. Face às dificuldades para conseguir a adesão de pessoas que se candidatassem pelo MDB, Oviêdo Teixeira foi candidato a senador em 1966, e como a chapa tinha de ter suplente e ninguém aceitava se candidatar pelo partido, a busca da viabilidade da chapa acabou com o convite ao médico Lucilo da Costa Pinto, recém-chegado do Rio de Janeiro na véspera do prazo final do registro.

A mesma situação se repetiu na eleição de 1970, porém foi mais fácil de arrumar o suplente, pois Humberto Mandarino aceitou compor a chapa com Oviedo Teixeira como candidato ao Senado. Mesmo em 1974, quando o médico Gilvan Rocha se candidatou ao Senado, houve dificuldade de conseguir um candidato a suplente para compor a chapa, sendo chamado o secretário do partido, Antônio Cabral Tavares, que só aceitou até que se arrumasse quem estivesse disposto a concorrer. Como não apareceu ninguém, ele acabou sendo eleito suplente de Gilvan Rocha.

Em 1974, Oviedo Teixeira foi eleito deputado estadual e José Carlos Teixeira deputado federal. Mas como o perfil de Oviedo era da amizade e da conciliação, desistiu de atuar na política como candidato. Mesmo se candidatando à reeleição, começou a pedir voto para os candidatos do partido e não para ele. Durante este período da ditadura militar, José Carlos foi o único parlamentar sergipano a denunciar, no Congresso Nacional, as prisões e as torturas do regime.

Entre tantos que tiveram sua defesa enérgica, destaca-se um casal de conterrâneos que participavam de um movimento de guerrilha, tendo sido presos e estavam sendo torturados em Recife. Já era praxe que estas prisões, se não fossem denunciadas publicamente, acabariam em sessões contínuas de tortura e até de assassinato. Um dos parentes do casal, que trabalhava no governo municipal, que era pró-ditadura, não vendo possibilidade de manifestação entre seus pares, recorreu a José Carlos para que ele denunciasse a prisão, de modo a preservar a vida e integridade deste casal.

José Carlos viajou às pressas para Brasília, fez a denúncia no Congresso Nacional, sendo registrado o pronunciamento nos anais da casa, e o regime abrandou o tratamento aos presos, tendo, posteriormente, libertado o casal. Inúmeros são os casos onde a coragem e a sua particular vinculação às liberdades democráticas, efetivamente, salvaram vidas, como no caso da Operação Cajueiro.

Com a redemocratização do país, José Carlos cerrou fileiras com Tancredo Neves, tendo, inclusive a oportunidade de oferecer um jantar para o candidato a presidente e vice-presidente na residência desse seu irmão aqui. Com o falecimento do presidente Tancredo Neves, e o prestígio adquirido nas lutas por democracia, o grupo político o indicou para assumir o mandato de prefeito de Aracaju, por apenas 7 meses, mas de uma administração extremamente transformadora para a capital de seu Estado e reconhecida pela população. Para sucedê-lo, foi eleito em 1985 Jackson Barreto, correligionário e uma nova liderança que surgia no cenário político do Estado.

Em 1986, nas primeiras eleições diretas para governador após o período de exceção, José Carlos resolveu candidatar-se a governador do Estado de Sergipe. Naquele momento, as lideranças do PMDB ficaram divididas entre os dois candidatos: José Carlos Teixeira, pelo PMDB, e Antônio Carlos Valadares, pelo PFL. José Carlos Teixeira e Jackson Barreto eram as duas mais importantes lideranças da época. Nesta eleição, José Carlos foi derrotado, de modo que Sergipe foi o único Estado em que a candidatura do PMDB não saiu vitoriosa. Com o resultado das eleições desfavorável, o presidente José Sarney o nomeou diretor de Captação da Caixa Econômica Federal.

Na eleição seguinte, a de 1990, José Carlos voltou à cena política, sendo candidato a vice-governador na chapa que elegeu João Alves Filho para o período de 1991-1995. A última participação de José Carlos Teixeira na política aconteceu na nomeação dele, pelo governador João Alves Filho, no período de 2003-2007, para a Secretaria da Cultura.

Nesta última missão, voltando às origens da sua vida, José Carlos atuou com a energia de um jovem, promovendo várias apresentações artísticas e a viabilização da Orquestra Sinfônica de Sergipe. Seu envolvimento com a cultura era tão grande que, muitas vezes, ele empregava recursos próprios nas iniciativas da Secretaria de Estado da Cultura, além de solicitar patrocínio aos amigos e irmãos empresários.

Mas José Carlos sempre pôs acima de tudo os interesses de nosso povo e das instituições democráticas, relevando toda e qualquer atuação em momentos de discordância. Quando, em 2014, Jackson Barreto foi eleito governador do Estado, José Carlos fez questão de comparecer à posse dele e se congratular pela vitória, desejando um governo que fosse a reafirmação de toda a trajetória política deles.

Na noite de seu velório, uma composição reduzida da Orquestra Sinfônica de Sergipe lhe prestou uma homenagem que jamais será esquecida por seus familiares e amigos presentes. Em um momento em que se fala tanto em defesa dos direitos humanos, igualdade das mais diversas formas e que se caracteriza por uma liberdade de expressão ampla, é sempre bom recordar que nem sempre foi assim.

E, nos momentos em que estas liberdades minguaram, é sempre bom lembrar daqueles que tiveram coragem de se insurgir contra o poder para que o nosso povo pudesse vivenciar o verdadeiro espírito da democracia: a tolerância e o respeito à diversidade como forma de convivência; a discussão pública dos problemas que nos afligem; a expectativa de sempre poder lidar com os problemas, grandes ou pequenos, na esperança da honestidade e da justiça.

* É empresário, mantenedor, juntamente com o irmão Luiz Teixeira, da Norcon-Rossi e ex-presidente da Ademi e Sinduscon de Sergipe.

Texto reproduzido do site: jlpolitica.com.br

Ex-prefeito Dr. Cleovansóstenes Pereira morre em Aracaju

Texto publicado originalmente no site G1 SE., em 07/06/2018 

Ex-prefeito Dr. Cleovansostenes Pereira morre em Aracaju

Ele foi o primeiro presidente da Academia Sergipana de Medicina.

Por G1 SE

Faleceu na tarde desta quinta-feira (7), o ex-prefeito Dr. Cleovansostenes Pereira de Aguiar. Ele foi o primeiro presidente da Academia Sergipana de Medicina.

Cleovansostenes tinha 91 anos e deixa sete filhos, a mulher e netos. Segundo a família, ele sofreu um infarto no final da tarde desta quinta-feira (7) e não resistiu.

O velório vai ser na noite desta quinta-feira e o sepultamento vai ser nesta sexta-feira (8) no cemitério Colina da Saudade.

Texto reproduzido do site: g1.globo.com/se

Dr. Cleovansóstenes Pereira de Aguiar (1926 - 2018)

Foto reproduzida do blog medicosilustresdabahia.blogspot.com 
e postada pelo blog SERGIPE..., para ilustrar o presente artigo.

Texto publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 16/03/2007 

Aracaju e seus Prefeitos Médicos

O médico CLEOVANSÓSTENES PEREIRA DE AGUIAR, que foi prefeito de Aracaju de 1971 a 1975. Natural de Rio Largo, em Alagoas, nascido em 16 de agosto de 1926, filho do farmacêutico Rafael Pereira de Aguiar e Laura Gomes de Aguiar, formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco em 1953. Fez curso especial de Saúde Pública pela Fundação Osvaldo Cruz e Medicina Tropical pela Fundação Gonçalo Muniz. Atuou inicialmente no município de Gararu, em 1954, como médico concursado do SESP. Dois anos após transferiu-se para Porto Real do Colégio, em Alagoas, onde permaneceu por dois anos. Depois seguiu para Riachuelo onde residiu por 13 anos, com forte atuação na comunidade. Em seguida transferiu-se para Aracaju, mas permaneceu atuando em Riachuelo, no hospital da cidade, que era um centro de referencia em doenças infecciosas, durante 17 anos. Em Aracaju trabalhou na SUCAM, sendo seu diretor e também na Legião Brasileira de Assistência e INAMPS. Na Universidade Federal de Sergipe, lecionou as disciplinas de parasitologia e bioagentes patogênicos. Foi presidente do CNEC/SE, da Fundação Projeto Rondon e do Conselho Estadual de Educação. Membro fundador da Academia Sergipana de Medicina, foi o seu primeiro presidente, de 1994 a 1996. Mesmo aposentado de suas funções, permanece ainda atuante em ações pastorais na Paróquia de São José.

Texto reproduzido do site: infonet.com.br

Homenagem a Dr Cleovansóstenes Pereira de Aguiar (1926 - 2018)

 Foto reproduzida do site: institutomarcelodeda.com.br

Foto reproduzida de postagem de Antonio Samarone‎ no grupo 'Minha Terra é SERGIPE'

Foto: César de Oliveira
Reproduzida do site: a8se.com

Cleovansóstenes Pereira de Aguiar (1926 - 2018)


Publicado originalmente no Facebook/Antonio Samarone

Cleovansostenes Pereira de Aguiar - médico da saúde pública (SUCAM e Hospital de Riachuelo), professor de parasitologia, Prefeito de Aracaju; membro da Academia Sergipana de Medicina. Um homem sereno, adorado pelos alunos, sempre escolhido para ministrar a aula da saudade. Uma seriedade bem humorada. Muita gente imprescindível indo embora ao mesmo tempo. Descanse em paz, professor...

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Antonio Samarone