domingo, 3 de dezembro de 2023

'10 anos sem Marcelo Déda', por Clóvis Barbosa

Foto reproduzida do Governo de Sergipe e postada pelo blog, pa ilustrar o presente artigo.

Artigo compartilhado do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 3 de dezembro de 2023

10 anos sem Marcelo Déda
Por Clóvis Barbosa*

2 de dezembro de 2013. Não queria me despedir de Déda. Ficaria em casa naquela segunda-feira. O traslado do seu corpo já havia sido feito, e ele estava sendo homenageado pelo povo e autoridades, inclusive a presidente da república, no prédio que ele mandou restaurar, o Palácio Olímpio Campos. Um filme passou pela minha mente. As imagens surgiam como se estivéssemos voltando a trilhar os mesmos caminhos andados em 37 anos de amizade, forjada no amor e nas divergências. Muito carinho de um pelo outro, mas brigas também. Tudo começou no Colégio Atheneu, onde fui dar um curso de história do cinema ao lado de Nilo Jaguar, Djaldino Moreno, Alberto Carvalho e Antônio Jacintho Filho, onde quatro meninos mostraram interesse pelo curso, Déda, Oliveira Júnior, Aragão e Evandro Curvello, quarteto que só andava junto e partilhava dos mesmos interesses culturais. Depois, veio a política, no PT e nos movimentos sociais, a advocacia, no início de sua carreira, à noite, no Baixo Barão, Scooby-Doo, Bar do Vinícius, Gosto Gostoso e tantos outros. De 1990 a 1996, ficamos de mal, embora em 1994 ele recebesse o meu voto, da minha família e amigos na sua candidatura vitoriosa a Deputado Federal. Não nos falávamos. Mas eu sempre falava dele, e ele de mim para amigos comuns.

A noite chegava e minha angústia aumentava cada vez mais. Não, eu tenho que ir ao Palácio Olímpio Campos. Eu tenho que vê-lo pela última vez. Olho seu rosto, dou-lhe um beijo e volto para casa. Uma multidão na praça. Consigo entrar pelos fundos e subo, cambaleante, a escadaria até a sala onde o seu corpo estava estendido. Ao vê-lo, a emoção tomou conta de mim. Choro bastante. Recomponho-me e passo a imaginar o cenário criado pelo poema de Walt Whitman, O Captain! My Captain. Subverto o texto e passo a me exprimir em voz baixa: – Sobre o deque meu capitão jaz, frio e morto tombado, enquanto lá fora as bandeiras do PT tremulam. Pedi-lhe: – Ergue-te, Ó capitão! Meu capitão! A nossa viagem ainda não está finda, Ó capitão! Meu capitão! Ergue-te e ouve os sinos; ergue-te – o clarim garganteia, por ti buquês e grinaldas engalanadas – por ti eles chamam, a massa oscilante volta-lhe suas faces ansiosas; eis capitão! Querido amigo! Este braço sob sua cabeça colocado! – Meu capitão não responde, seus lábios estão pálidos e silentes. Meu querido amigo não sente meu braço, não tem pulso, a vontade ausente.

Lembrei-me do seu aniversário de 50 anos. Fiz um artigo com o mesmo título do poema de Walt Whitman. Ali, eu perquiria que fatores identificariam os homens, a ponto de uni-los mediante laços de afeto? O que levaria alguém a não medir sacrifícios por um amigo e, até mesmo, a definir outrem como tal? Por que nós nos ajuntamos em bandos, grupos, partidos ou tribos, projetando marcas que nos distinguem de outros, em face dos quais não encontraríamos afinidade? Após filtrar, com rigor, ideias que deixei fluir com naturalidade, creio ter chegado a uma razoável conclusão. Segundo elas, três seriam os ingredientes que imantariam os indivíduos, irmanando-os e fazendo deles emergir uma mesma frequência, na forma de acordo com a qual captariam a sonoridade do mundo, ou no modo de enxergar as aflições que nosso coração faz ecoar pelas curvas da vida. Penso que etnia, idioma e similitude de propósitos são os pilares que nos põem no mesmo bloco.

Por isso, emocionei-me com a homenagem que se prestava ao nosso Déda, que estava completando meio século naquele ano de 2010. Que beleza! Nessa fase da vida, o alemão Bach já havia formatado a Arte da fuga e escrito seus mais importantes trabalhos, a exemplo de O cravo bem temperado e da Paixão segundo São Mateus. Quando Bach tinha cinquenta anos, adveio-lhe o filho caçula, que acabou por seguir carreira idêntica à do pai. Naquele dia de festa, 11 de março, nasceu Astor Piazzolla, que, aos cinquenta anos, já produzira seus mais reluzentes tangos (as obras-primas Adiós Nonino e Libertango). Pois é, com apenas cinquenta anos, Déda, artífice da palavra, estilista no trato com a administração pública e regente singular do Estado, já tinha sido, na política, quase tudo que se possa conseguir galgar.

No executivo, só não ocupou a presidência da república, mas foi prefeito da capital de seu Estado (Aracaju), por duas vezes (eleito pela primeira vez aos quarenta anos), e governador de Sergipe, também duas vezes (sempre vencendo no primeiro turno). Já no legislativo, apenas não ocupou uma cadeira de vereador e outra de senador. Mas foi, com menos de trinta anos (em 1986), o deputado estadual mais votado do pleito. Com menos de trinta e cinco anos (1994), elegeu-se deputado federal, com a maior votação do Estado, reelegendo-se em 1998. Para mim, todavia, dois anos, em especial, são marcantes: 1977 e 2000. Em 77, vi, pela primeira vez, o imberbe Déda num curso de cinema no Atheneu, como dito acima. Na época, eu era presidente do Clube de Cinema de Sergipe. Juntamente com barbudos e velhos comunistas, exibi, malgrado percalços e riscos, o “Encouraçado Potemkin”, de Serguey Eisenstein. Com efeito, os riscos advinham do fato de a obra de Eisenstein expor a ditadura do czar. E nós vivíamos uma ditadura. No ano anterior (1976), por exemplo, desencadeara-se a “Operação Cajueiro”, na qual ilustres sergipanos foram presos pelo regime de exceção. Mas o jovem e denodado Déda estava lá, como que, encouraçadamente, peitando a ditadura. Os anos se passaram. Cheguemos, então (e sem rodeios), a 2000. Estava eu (com um pouco mais de cinquenta anos), na sacada do meu escritório, na Rua Laranjeiras, edifício Aliança, nas adjacências da agência central da ECT, observando a passeata da virada de Déda. Era a eleição para a prefeitura de Aracaju. Ele começara atrás nas pesquisas, mas, crescendo a cada dia, tomou a dianteira e disparou (venceria com quase 53% dos votos válidos). De cima do trio-elétrico em que conclamava a multidão, Déda viu-me e, olhando-me nos olhos, gritou, para todos ouvirem: “Clóvis Barbosa, seu lugar é aqui. Do nosso lado. Saia daí. Eu conheço sua história”. Ri com o gesto, acenei e agradeci. Depois, entrei e chorei. Nada demais. Jesus também chorou.

Dois ou três anos depois, lá estava eu, procurador-geral do prefeito Marcelo Déda, aquele mesmo menino de dezessete anos. Agora, timoneiro de um novo encouraçado. De lá para cá, sempre estivemos juntos. Sim, e o porquê dessa amizade? Respondo. Sou de Estância. Mas meu pai era de Simão Dias, terra de Déda. Além disso, por ter sido do partidão (PCB), do antigo MDB e do PT (nos primórdios), minha linguagem política, assim como a de Déda, está ligada ao trabalhismo (este é o idioma que falamos, o idioma dos trabalhadores, o idioma da esquerda, marcadamente da latino-americana). Nosso propósito ideológico, ademais, é o mesmo: construir uma sociedade mais justa, onde a força do trabalho supere a exploração do sangue e do suor do operário. Vejam, pois, que eu e Déda compartilhávamos da etnia, do idioma e dos propósitos. Daí, meu orgulho por ter, de alguma forma, inspirado o jovem que se tornou meu ídolo.

Déda via o mundo pelos olhos do povo. Era um agente de transformação social. Ele tinha o arquétipo do político ideal: aquele que detém a magia de transformar derrotas em vitórias e vitórias em conquistas ainda mais memoráveis. Diferentemente do político estúpido, cuja débil ossatura só é capaz de projetar a engenharia do caos. Quando vencedor, transforma a vitória em derrota; quando derrotado, transforma a perda em sepultamento. O estúpido, na política, não morre inúmeras vezes. Morre apenas uma. A morte política, entretanto, depende mais da perspectiva do derrotado, do que do tratamento que lhe é conferido pelo vencedor. Daí, a necessidade de encarar cada batalha apenas como uma fase do longo processo que é a biografia política. Veja-se, por exemplo, a biografia política do jovem Marcelo Déda. Perdeu algumas batalhas? Sim. Mas por que transpira um ar como que de invencibilidade? Porque digeriu as derrotas, capitalizando-as, a fim de, mais tarde, lucrar com elas.

Mas, e o vazio que a ausência de Déda vai deixar em todos nós? Dizem que saudade é a sétima palavra de mais difícil tradução e, também, de difícil conceituação. O que é saudade? Neruda dizia que saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida. O nosso menino Déda foi embora precocemente sob os aplausos do povo e o adeus dos seus amigos e familiares. Mas ele vai voltar. Agora, com as suas cinzas renascendo no Parque da Sementeira em forma de árvore.

* Escrito em 8 de dezembro de 2013, 11 dias após a morte de Marcelo Déda.

* É advogado.

Texto reproduzido do site: destaquenoticias com br

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Beto Pezão - Trabalho inscrito no Livro de Registro do Patrimônio Imaterial

Legenda da foto: Saberes e fazeres do artesão Beto Pezão: bens intangíveis ou imateriais

Artigo publicado originalmente no site JLPOLÍTICA, de 30 de novembro de 2023 

Beto Pezão tem seu trabalho inscrito no Livro de Registro do Patrimônio Imaterial

Por Antônio da Cruz *

Na próxima semana o senhor José Roberto Freitas aniversariará. Melhor dizendo: Beto Pezão comemorará o seu natalício. A ele, pois, feliz aniversário.

Foi o então povoado Carrapicho o berço deste artesão, que nasceu em 11 de dezembro de 1952. Seus trabalhos se espalharam pelo mundo, são muito bem característicos e identificados pela representação de figuras humanas com pés bem desproporcionalmente maiores. 

Localizada à margem direita do baixo São Francisco, norte de Sergipe, Santana do São Francisco é um polo de produção ceramista. Ali, o associativismo se evidenciou e desenvolveu a produção artesanal. A intensa atividade ceramista fez a cidade receber popular e simbolicamente o título de “A capital sergipana do artesanato”.

Foi nesse ambiente, conhecendo todas as etapas do processo de produção, que Beto Pezão cresceu e aprendeu com pais e avós as práticas na lide do barro. Ele chegou em Aracaju no ano de 1972, onde se estabeleceu e veio a se filiar à Associação dos Artesãos do Centro de Arte e Cultura J. Inácio - Sergipe Feito A Mão”.

Sobre a sua participação na entidade, Jean Santos Coutinho, vice-presidente, e Lícia Rocha Batista, presidente desta associação, numa carta de referência profissional, as palavras foram: “É gratificante constatar no quadro de sócios uma pessoa que faz diferença, sua honestidade admirável, pessoa segura do que quer e incrivelmente dedicado a fazer o melhor. Seu conhecimento e experiência como ceramista, agregada a suas habilidades chegaram a alcançar uma inteligência emocional evoluída”.

Em 2021 Beto Pezão requereu ao Conselho Estadual de Cultura o Registro no livro de Patrimônio Imaterial. Para quem se interessar pelo assunto, conforme a Lei Nº 28.977, de 24/08/2022, que trata do Patrimônio Imaterial em Sergipe, no seu artigo 3º, afirma que “As propostas de registro de bens culturais de natureza imaterial, acompanhadas de sua documentação técnica, devem ser dirigidas ao Conselho Estadual de Cultura – CEC, sendo partes legítimas para provocar a instauração do respectivo processo autoridades dos Poderes e Órgãos Constituídos da União, do Estado e dos Municípios, Membros do Conselho Estadual de Cultura, sociedades ou associações civis, ou qualquer cidadão”.

Ali, um conselheiro é designado para emitir o parecer, após avaliar a solicitação do requerente, para serem registrados seus saberes, modos de fazer, ou técnica desenvolvida e tipificação ou estilo dos seus objetos cerâmicos, associando ao seu nome artístico. São levados em conta “importantes referências identitárias, conforme a Lei de Patrimônio Imaterial, no seu Artigo 2º, Alínea III, afirmando que, no Livro de Registro de Formas de Expressão devem ser inscritas manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas, audiovisuais e lúdicas. 

Os tipos humanos concebidos por Beto Pezão, marcadamente, representam o sertanejo despojado da soberba do latifundiário e da riqueza material burguesa. Neles estão a força, a simplicidade e a resiliência. É vasto e diversificado o universo imaginário de Beto Pezão extraído do mundo real. Os aspectos sociais estão impregnados nas figuras. Sob o ponto de vista estilístico, o realismo social na obra de Beto Pezão só não se dá por inteiro porque suas formas humanas possuem características próprias. 

As expressões faciais marcadas pelas agruras, que poderiam decorrer da seca e da ausência de boas perspectivas na vida no ciclo de fartura que vai do período das chuvas de março a julho no litoral, ao de escassez delas por longo período que bem caracteriza o sertão, principalmente no Nordeste brasileiro. Até os santos europeus ganham feições marcadamente nordestinas. O sertão exige do seu habitante a capacidade de resistir e se recobrar do tempo ruim nos raros momentos de bonança.

O artista tem como persona, que sintetiza os tipos da sua galeria, Zé Pitoca, que em geral é representado por um jovem e reúne todo o simbolismo contido nas suas figuras humanas. Zé Pitoca dentre as suas representações ora é pançudo com proporções físicas que sugerem estatura pequena; ora criança sertaneja com chapéu e segurando com uma das mãos um saco onde estariam seus pertences ou completamente de mãos vazias e nu.

Da similaridade de muitas expressões, fica a pista de que, do biótipo do Zé Pitoca se derivam todas as personagens. Evidentemente o Zé Pitoca é um típico Pezão.

Desfilam na sua galeria o cangaceiro e seu arsenal, cuja variedade dentro do espectro  humano regional é percebida nas faces dos componentes dos bandos; o retirante que foge da seca com um saco às costas, que substitui a maleta e o “cadeado é um nó”; o roceiro e seus instrumentos de trabalho; a mulher que vai ao campo e vem com feixe de lenha e que também pode ser um patuá, sinônimo de cesto de cipó, na cabeça rumo à feira; a oleira e seus artefatos de barro; a mãe e seu filho numa alegoria maternal sacralizada; o caçador; o pescador; o beato a pregar sermões e conduzir seu rebanho; a freira na sua peleja com a caridade; a devota segurando o retrato do seu santo milagreiro; e, claro, a família, “célula mater da sociedade”.

O que resulta do trabalho de Beto Pezão é a certeza de que, no conjunto, elementos da cultura sergipana estão nele representados. A religiosidade, a tipificação dos componentes, sejam objetos e pessoas isolados, os conjuntos de elementos, os cenários e as situações sugeridas pelas figuras humanas e seus acessórios, que levam o observador a se convencer de que está diante do trabalho de um artista com raízes profundas no seu universo e nos seus fazeres artísticos.

Sob o ponto de vista do seu modo de fazer e do domínio completo das técnicas do trabalho com barro ele detém o conhecimento ancestral, tendo sido seu pai, João Freitas, um ceramista bastante popular que o iniciou, quando bem criança, com cerca de seis anos de idade.  Beto também fez adequações desenvolvendo recursos próprios dentro do método tradicional de trabalhar o barro. Do volume de conhecimento e do senso prático brotou da mente e das mãos de Beto a figura do “Pezão”.

“O Pezão” é uma obra icônica. Ninguém a dissocia do seu autor. Ainda que outro artesão o siga, uma cópia “genérica” é identificada pelo olhar de quem o admira e conhece sua obra. Não apenas o seu estilo é inconfundível, mas a qualidade do seu trabalho é irrepreensível. Ter um Pezão pode significar para os colecionadores a qualificação das suas coleções.

O “Pezão” surgiu da necessidade de vencer, mecanicamente, a inclinação natural, por força da lei da gravidade, das figuras enquanto o barro não secava. Para o artesão, deixá-las de pé nas proporções normais pretendidas se tornara um incômodo. O insight ou ideia súbita do artista fora prodigiosa, pois a estruturação do objeto seguiu a lógica de engenharia, fácil de compreender, pois massa expandida e adensada na base aumenta a resistência de uma estrutura, tal e qual o alicerce de uma casa.

Os saberes e fazeres do artesão Beto Pezão se enquadram como bens intangíveis ou imateriais, e se constituem “per si” marca, ou seja, seu nome, perceptivelmente icônico, associa-se a um conjunto de elementos identitários. Seus saberes e fazeres, enfaticamente, garantem, sob o ponto de vista da legislação, o Registro no Livro das Formas de Expressão e recebeu dos conselheiros todos os votos favoráveis.

* O articulista  Antônio da Cruz, é artista plástico e ativista sociocultural. 

Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica com br

terça-feira, 28 de novembro de 2023

150 anos do escritor Laudelino Freire

Publicação compartilhada do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 28 de novembro de 2023

Assembleia faz sessão pelos 150 anos do escritor Laudelino Freire

Laudelino Freire é autor de vasta obra, formada por 19 títulos

A Assembleia Legislativa de Sergipe realiza, às 16 horas desta terça-feira (28), uma sessão especial em homenagem aos 150 anos de nascimento do advogado, filólogo e político sergipano Laudelino Freire. O presidente do Poder Legislativo, deputado Jeferson Andrade (PSD) é o autor da propositura. O homenageado morreu em 18 de junho de 1937, no Rio de Janeiro, quando tinha 64 anos.

Segundo Andrade, Sergipe é berço de nomes que se destacam nas ciências, nas artes e na cultura, como Tobias Barreto, Sílvio Romero e Jordão de Oliveira. “Laudelino Freire faz parte desse time que projeta o nosso Estado no Brasil e no mundo”, destacou Jeferson Andrade, justificando motivação da homenagem

Laudelino de Oliveira Freire nasceu em 26 de janeiro de 1873, em Lagarto, centro-sul de Sergipe. Formou-se em Direito em 1902 e cumpriu três mandatos de deputado na Assembleia Legislativa de Sergipe. Ele advogou, foi professor, jornalista e crítico de arte. Ele consolidou sua carreira de escritor e filólogo no Rio de Janeiro, onde foi professor do Colégio Militar.

Laudelino foi diretor da Gazeta de Notícias e escreveu para o Jornal do Brasil, Jornal do Comércio e O País. Fundou a Revista da Língua Portuguesa e a Estante Clássica, que até hoje servem como subsídios para quem pretende estudar a língua portuguesa.

A obra

Considerado um dos maiores investigadores dos estudos clássicos e filológicos do Brasil, Laudelino Freire é autor de vasta obra, formada por 19 títulos, publicados entre 1897 e 1937. É dele o Grande e Novíssimo Dicionário da Língua Portuguesa, uma publicação póstuma em cinco volumes, com a colaboração de J. L. de Campos, Vasco Lima e Antônio Soares Franco Júnior.

Laudelino Freire foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em novembro de 1923 e empossado na cadeira 10 em março de 1924. Ele sucedeu na ABL o baiano Rui Barbosa e foi sucedido pelo paraense Osvaldo Orico.

Fonte: Alese (Ilustração: Wikipedia)

Texto e imagem reproduzidos do site: www destaquenoticias com br

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Erivaldo de Carira, direto do Pátio da Fazenda, é um nome forte...

Legenda da foto: Erivaldo de Carira: um nome marcado por perseverança e talento

Artigo compartilhado do site JLPOLÍTICA, de 24 de novembro de 2023

Erivaldo de Carira, direto do Pátio da Fazenda, é um nome forte a partir de Sergipe

Por Mário Sérgio*

A perseverança é um dom que devemos desenvolver em nossa carreira, naquilo que pretendemos fazer de melhor. E a perseverança é arte daquele adolescente da cidade de Carira que aprendeu com o pai os truques e as manhas de como manusear um instrumento difícil, complexo, porém, de uma sonoridade ímpar - a sanfona.

Quando ingressei no rádio, no final dos anos 1990, tinha um sonho de apresentar um programa musical que pudesse mostrar o lado profissional do artista. O propósito sempre foi o de mostrar esse perfil - do artista - e nunca misturar o lado pessoal dele, porque somente a ele interessa.

A primeira vez que encontrei Erivaldo de Carira, ele já era um artista pronto. Já tinha recebido o cetro de Josa, O Vaqueiro do Sertão, para comandar e dar rumos ao forró sergipano. O fez e continua a fazê-lo com maestria nos seus longos anos de reinado.

A perseverança foi o dom que Erivaldo desenvolveu como poucos. E com muita humildade. Meu sogro, seu Ferreira, a quem dou o título de “o sogro que eu mais gosto” e ele na sapiência dos seus mais de 80 anos confirma e dá o tom, com um “Claro, você só tem um, e esse um sou eu, o que você mais gosta”, é pessoa que sabe bem o que é perseverança.

No final dos anos de 1970, a Empresa Bomfim começa a desbravar e expandir suas linhas de ônibus para o Estado da Bahia e tem em seu Ferreira o primeiro motorista a correr o trecho Aracaju-Paulo Afonso, Paulo Afonso-Aracaju. Nessa linha, seu Ferreira permaneceu por mais de 16 anos. Fizesse chuva ou sol.

Junto à linha Aracaju-Paulo Afonso, a Bomfim também inaugurava outra linha para o Estado da Bahia, Aracaju-Jeremoabo, e lá estava ele, Erivaldo de Carira, para desbravar esse trecho.

Mas o tema aqui é a perseverança. A profissão de motorista de ônibus não estava para ser exercida por esse cantor e compositor, que já tinha estabelecido o que gostaria de ser: artista. De preferência, seguir seus ídolos na música, Gonzaga e Josa.

Mas a Bomfim ganhou um exemplar motorista, que seguiu como piloto e criou uma família da qual me orgulho muito em pertencer, porém a música ganhou um artista que brilha e dá seu exemplo a todos que hoje o seguem. Aliás, como vejo muitos o chamarem, de Seu Erivaldo.

Seu Ferreira e Seu Erivaldo, em algum momento da vida, foram companheiros de trabalho, e se tornaram mais companheiros ainda quando Erivaldo segue a sua estrada e dá a seu Ferreira o que há de melhor no entretenimento, a sua qualidade musical.

Com a música, Erivaldo comandou por mais de 15 anos um programa radiofônico de bastante sucesso - No Pátio da Fazenda - e que tinha o carinho dos ouvintes, pela qualidade dos artistas que ali eram apresentados.

A perseverança de Erivaldo nos remete à concretização de nossos sonhos. Aquele adolescente que aprendeu com o pai a lidar com a sanfona, mostra o quanto podemos atingir os nossos anseios, vencer as nossas lutas diárias por aquilo que acreditamos, de sermos exemplos, como nossos pais.

No caso de Erivaldo, o exemplo não ocorre somente dentro de casa. Perpassa, atravessa muros, chega ao público, à família, e preenche em nessas família o vazio que estava faltando.

O exemplo para seus filhos, torna-o um herói. Herói a quem queremos seguir, pelo exemplo de retidão, de profissionalismo, de perseverança. O exemplo de seu Januário, que dá régua e compasso para seu filho Gonzaga desbravar o mundo e, consequentemente, passar para seu filho Gonzaguinha e em contrapartida para seus filhos, Daniel Gonzaga, Amora, Fernanda. São exemplos que foram seguidos e tem a mesma trajetória de seu Manezinho do Carira.

A rica história de Erivaldo na música sergipana ecoa pelo Brasil. Discípulo direto de Gonzaga e de Dominguinhos, Erivaldo se mostra um ídolo do forró em todo o Brasil e figura preponderante para os mais novos que seguem o forró, a exemplo de Ararão, Laércio de Souza, Lucas Campelo, Sérgio Lucas, bem como de nomes nacionais como Flávio José, Alcymar Monteiro, Santana, O Cantador e tantos e tantos outros.

A história se repete com o mesmo brilho da família Gonzaga. De seu Manezinho do Carira, para seu filho Erivaldo que passa para seus filhos Erivaldinho, Mestrinho e Thais Nogueira. Com brilho e bastante sucesso. Tudo isso, “desde 1912”. Com bastante perseverança!

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* O articulista Mário Sérgio Félix, é radialista, jornalista e pesquisador da MPB. 

Texto e imagem reproduzidos do site: www jlpolitica com br/articulista

domingo, 26 de novembro de 2023

Igreja celebra os 97 anos do monsenhor Carvalho

Monsenhor Carvalho fundou o Colégio Arquidiocesano e dirigiu por mais de 50 anos

Legenda da foto: O monsenhor Carvalho (D) foi ordenado em 2 de dezembro 1956, por dom Fernando Gomes dos Santo

Publicação compartilhada do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 26 de novembro de 2023

Igreja celebra os 97 anos do monsenhor Carvalho

A família arquidiocesana celebrou os 97 anos de vida e 67 anos de ordenação sacerdotal do monsenhor José Carvalho, o mais longevo e um dos mais admirados presbíteros da Arquidiocese de Aracaju. Uma Missa em ação de graças foi celebrada, às 10h30 da última sexta-feira (24), na matriz da paróquia Bom Jesus dos Navegantes (bairro Atalaia), pelo administrador apostólico, dom Vítor Agnaldo.

Concelebraram, além do próprio sacerdote aniversariante, os padres José Dácio (pároco), Antônio Peixoto (pároco da catedral metropolitana) e Gilvan Rodrigues (pároco da paróquia Nossa Senhora Rainha do Mundo). A celebração contou com uma expressiva participação de familiares e amigos do monsenhor Carvalho, muitos deles ex-professores, ex-funcionários e ex-alunos do Colégio Arquidiocesano, instituição que ele fundou e dirigiu por mais de 50 anos.

Dom Vítor fez um agradecimento especial ao monsenhor Carvalho pelo seu “fiel, abnegado e frutuoso sacerdócio ministerial, dom precioso ofertado à Igreja, e que serve de referência para todo o Clero”.A homilia foi proferida pelo padre Peixoto, colaborador do Arquidiocesano durante mais de 10 anos. Ele deu testemunho dos grandes esforços do monsenhor Carvalho para fazer daquele estabelecimento “uma escola a serviço da verdadeira educação”.

“No longo e edificante itinerário do monsenhor Carvalho encontramos os traços de um extraordinário educador, cuja obra ajudou na preparação de várias gerações de vencedores, milhares de homens e mulheres que contribuem com o desenvolvimento do estado e do país”, enfatizou o padre Peixoto.

O monsenhor foi ordenado em 2 de dezembro 1956, por dom Fernando Gomes dos Santos, em Lagarto-SE, sua cidade natal, e escolheu como lema sacerdotal uma passagem da primeira carta de São Paulo aos Coríntios: “É necessário que Cristo reine (1Cor 15,25).

Fonte e fotos: Arquidiocese de Aracaju

Texto e imagens reproduzidos do site: www destaquenoticias com br

Família GARCEZ VIEIRA, natural de Riachuelo

(Foto colorizada) - Compartilhada de post feito no Perfil do Facebook de Sérgio Garcez

FAMÍLIA GARCEZ VIEIRA, natural de Riachuelo/SE. (posicionamento na foto: da esquerda para a direita) *

01 - FERNANDO (engenheiro e foi diretor do DER/SE.

02 - PAULO (médico, morava em Brasília).

03 - JOÃO (comerciante e dentista)

04 - ARMANDO (meu pai, era funcionário público do DNERU/SUCAM)

05 - DÉCIO (um dos donos do Banco de Crédito Sergipense)

06 - SÍLVIO (empresário, banqueiro e agropecuarista)

07 - AMINTHAS (tabelião do Quinto Ofício, pai de 'Zé do Cartório')

08 - LUIZ (desembargador)

09 - ISAURA (casada com 'Gonçalo das Pedras')

10 - IRMÃ NATÁLIA (freira do Hospital S. José)

11 - CARMELITA (casada com Tasso Sobral, da Fazenda Porto dos Barcos, em Riachuelo)

12 - JOSÉ (comerciante, fazendeiro e político, foi Prefeito de Aracaju)

* Todos já falecidos.

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Texto: Blog > SERGIPE, sua terra e sua gente.

Foto reproduzida do Facebook/Sergio Garcez.

domingo, 19 de novembro de 2023

Morre Henrique Maynart Garcez Vieira



Morreu na madrugada deste domingo (19/11/2023), meu primo e amigo da adolescência, HENRIQUE MAYNART GARCEZ VIEIRA, irmão de José do Cartório, como também dos já falecidos: Aminthas, Luiz Carlos, Júlio, Mabel, Eduardo, Paulo, filhos dos saudosos tios Aminthas e Layra.
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segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Artigo: 'Lucidez!', por Lygia Prudente



Post compartilhado do Facebook/Lygia Prudente, de 15 de outubro de 2023

Lucidez!

Por Lygia Prudente

O ensinar e o aprender se entrelaçam no dia a dia da sala de aula, numa absorção mútua de vivências e conhecimentos. É um jogo, porque à medida que o professor se propõe a despertar a motivação para o aprender, e a aprendizagem se manifesta, ele continua a viver na pessoa para a qual está ensinando. Tarefa sublime esta, cuja maior meta é sensibilizar o aluno para o exercício do espírito crítico porque a partir daí, a aprendizagem acontece natural e ricamente, para seu regozijo, que prazerosa e independentemente à falta de reconhecimento, partilha os seus conhecimentos.

É professor, o seu talento não pode ser copiado. É singular, é seu. Continue alimentando a sua criatividade e assim você será imortal, comemorando à cada ano, o Dia do Professor, quando você é lembrado com ar festivo, infelizmente neste dia somente .

Uma das maiores curiosidades quando se fala sobre a profissão de educador no Japão, é que essa é a única profissão que não deve se curvar diante do Imperador. Afinal de contas, a cultura japonesa respeita tanto os professores que sabe que sem um professor, não é nem mesmo possível existir um Imperador. Uma quimera, aqui no Brasil.

Viva o Professor, que se doa, que se entrega à missão tão nobre!

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Lygia Prudente.

sábado, 21 de outubro de 2023

Educação sergipana lamenta falecimento da professora Maria Hermínia Caldas


Fotos por: Maria Odília

Publicação compartilhada do site SEDUC SE., de 3 de outubro de 2023

Educação sergipana lamenta falecimento da professora Maria Hermínia Caldas

Por Acácia Merici 

Educadora é referência no estado, dedicou-se 59 anos ao serviço público, 34 dos quais à educação, e é conhecida como guardiã da memória cívica sergipana

Com profundo pesar, a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) lamenta o falecimento da professora Maria Hermínia Caldas, 94 anos, ocorrido nesta terça-feira, dia 03 de outubro, em Aracaju. Caminhar pelos trilhos da educação sempre foi uma grande marca. Era aposentada e, durante décadas, contribuiu para o ensino sergipano e construiu um legado de amor às escolas públicas, à literatura e ao civismo.

Natural de Propriá, nascida em 1945, aos 13 anos, mudou-se para Aracaju a fim de estudar no Colégio Nossa Senhora de Lourdes. Naquela época, o sonho era estudar Medicina, mas ainda não havia esse curso no Estado. Em 1952, ingressou na Faculdade Católica de Filosofia, no curso de Línguas Neolatinas. Antes mesmo de formar-se já ensinava na unidade escolar em que estudou. Colou grau no dia 15 de dezembro de 1955.

A professora Hermínia Caldas ingressou no serviço público dedicando-se à docência no dia 1° de março de 1956, no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, na Escola Normal, no Colégio Estadual Atheneu Sergipense, na Escola Tiradentes e no Instituto de Educação Rui Barbosa. Também trabalhou em Pré-vestibulares  e lecionou Língua Portuguesa e Literatura, Francês, Espanhol, Latim, Psicologia e Pedagogia.

Em 1969, a convite da Associação dos Professores Licenciados do Brasil, secção Sergipe, foi trabalhar na Secretaria de Estado da Educação, onde ajudou a implantar o Departamento de Ensino Médio. Em 1975, decidiu retornar para a Escola Normal e quatro anos depois foi para a Seduc, onde passou a trabalhar na Coordenação de Moral e Cívica. Por esse motivo, a educadora é uma referência nas atividades da Semana da Pátria e do Sete de Setembro.

A educadora Maria Hermínia Caldas organizou os famosos desfiles cívicos de 7 de setembro na capital sergipana no período de 1979 até 2014.

“Professora Hermínia é uma grande referência para todos aqueles que amam a educação. Ela foi responsável pela formação de muitos profissionais que brilham no magistério sergipano, sempre mirados nos seus exemplos de amor, compromisso, responsabilidade, ternura e alegria. A Professora Hermínia acreditava no poder transformador da educação, e seu legado estará sempre vivo em todos os corações, em todas as gerações”, afirma, emocionado, o secretário de Estado de Educação e da Cultura, Zezinho Sobral.

Dentre tantas homenagens feitas em vida, a Seduc Sergipe inaugurou no dia 13 de maio de 2013 o Auditório Professora Maria Hermínia Caldas, na sede da instituição, um dos espaços mais requisitados e utilizados por professores, alunos e comunidades escolares.

Professora Hermínia Caldas também foi poetisa, autora de projetos consistentes nas áreas social e educacional. Foi uma das pioneiras da Nova Hora Literária que, mais tarde, tornou-se Academia Literária de Vida - ALV.

Publicou mais de 10 livros, entre ficção, poesia, literatura infantil, educacional, entre eles “Vultos da História da Educação em Sergipe”, além de diversas apostilas e publicações de Educação Moral e Cívica.

“Professora Hermínia era uma personalidade na educação, pessoa bastante respeitosa, prestativa e que sempre andava de mãos dadas com todos os setores para dar assistência às escolas sergipanas na capital e no interior. Fez parte da história de vida de muitos professores sergipanos”, diz Eliane Passos, diretora do Departamento de Apoio à Educação (Dase).

A despedida da professora Maria Hermínia Caldas será no OSAF, rua Itaporanga, a partir das 15 horas. O sepultamento acontecerá nesta quarta-feira, dia 4, às 11 horas, no Cemitério São Benedito, em Aracaju. 

Texto e imagens reproduzidos do site: www seduc se gov br

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Corpo de Ângela Melo é velado na Câmara Municipal de Aracaju



Fotos: Gilton Rosas/CMA

Publicação compartilhada do site do Portal INFONET, de 6 de outubro de 2023

Corpo de Ângela Melo é velado na Câmara Municipal de Aracaju

O corpo da vereadora Ângela Melo (PT) chegou no final da manhã desta sexta-feira, 6, a Câmara Municipal de Aracaju (CMA), onde está sendo velado. A parlamentar morreu aos 67 anos na madrugada desta sexta.

A vereadora havia recebido alta médica no dia 2 de outubro, após passar três meses internada em virtude de uma pneumonia. De acordo familiares, o velório seguirá até às 16h. Após o velório, o corpo será sepultado no cemitério Colina da Saudade.

Nascida em 1º de julho de 1956, Ângela Maria de Melo, mais conhecida como Professora Ângela, é natural do município de Canhoba – mas devido a uma troca de pertencimento do território, identificava-se como natural do município de Nossa Senhora de Lourdes. Ela possuía licenciatura em História e Pós-Graduação em Arte e Educação, mas atualmente estava aposentada das salas de aula. Ângela também foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica de Sergipe (Sintese) e estava em seu primeiro mandato como vereadora.

Repercussão

De acordo familiares, o velório seguirá até às 16h. Após o velório, o corpo será sepultado no cemitério Colina da Saudade.

Após a confirmação da morte da vereadora, alguns políticos que conviveram com a parlamentar foram às redes socais prestar homenagens. Em comunicado nas redes sociais, o presidente da Câmara de Vereadores, Ricardo Vasconcelos (Rede), destacou o legado da parlamentar. “Professora Ângela será lembrada não apenas por sua atuação política, mas também por ter desempenhado o papel de uma segunda mãe para mim e para alguns colegas da Câmara Municipal de Aracaju”, escreveu.

A prefeitura de Aracaju decretou luto oficial de três dias pela morte da vereadora. O prefeito da capital, Edvaldo Nogueira (PDT), prestou uma homenagem à vereadora. Segundo Edvaldo, nestes anos em que ela esteve vereadora, continuou atuante e firme com seus ideais. “Por isso, é uma grande perda para a Câmara de Aracaju e para a política. Meus sentimentos aos familiares, amigos e companheiros de partido. Descanse em paz, professora”, afirmou o gestor municipal.

Relembre

A vereadora e professora Ângela Melo (PT) foi hospitalizada na madrugada do dia 6 de julho com suspeita de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Segundo o boletim, a parlamentar deu entrada com um quadro de rebaixamento do nível de consciência seguido de insuficiência respiratória com necessidade de suporte ventilatório invasivo. Na ocasião, ela foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular da capital e iniciou um tratamento para pneumonia.

No dia 2 de outubro, ela recebeu alta do hospital para realizar o tratamento em sua residência, após três meses de internação.

Por João Paulo Schneider 

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet com br

Morre a vereadora e professora Ângela Melo, aos 67 anos


Fotos: Assessoria de Imprensa

Morre a vereadora e professora Ângela Melo, aos 67 anos

Publicação compartilhada do site Portal INFONET, de 6 de outubro de 2023  

Faleceu na madrugada desta sexta-feira, 6, a vereadora e professora Ângela Maria de Melo (PT), aos 67 anos. A vereadora havia recebido alta médica no dia 2 de outubro, após passar três meses internada em virtude de uma pneumonia.

Segundo a assessoria da parlamentar, a vereadora sofreu uma parada cardíaca em casa.

O velório vai acontecer às 11h, na Câmara Municipal de Aracaju e o enterro na Colina da Saudade, às 16h.

Ângela Melo tem 67 anos e é sergipana. Possui licenciatura em história e pós-graduação em Arte e Educação, mas atualmente estava aposentada das salas de aula. Ela também já foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica de Sergipe (Sintese) e está em seu primeiro mandato como vereadora.

A prefeitura de Aracaju decretou ainda na manhã desta sexta-feira, 6, luto oficial de três dias pela morte da vereadora.

Relembre

A vereadora e professora Ângela Melo (PT) foi hospitalizada na madrugada do dia 6 de julho com suspeita de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Segundo o boletim, a parlamentar deu entrada com um quadro de rebaixamento do nível de consciência seguido de insuficiência respiratória com necessidade de suporte ventilatório invasivo. Na ocasião, ela foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular da capital e iniciou um tratamento para pneumonia.

No dia 2 de outubro, ela recebeu alta do hospital para realizar o tratamento em sua residência, após três meses de internação.

Por Aisla Vasconcelos

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Políticos lamentam morte da vereadora Ângela Melo

A morte da vereadora Ângela Melo, nesta sexta-feira, 6, abalou a política sergipana. A parlamentar morreu aos 67 anos, três dias após ter recebido alta hospitalar. Ela havia ficado internada por três meses em um hospitalar de Aracaju. O velório acontecerá a partir das 11 horas, no plenário da Câmara Municipal de Aracaju.

Em comunicado nas redes sociais, o presidente da Câmara de Vereadores, Ricardo Vasconcelos (Rede), destacou o legado da parlamentar. “Professora Ângela será lembrada não apenas por sua atuação política, mas também por ter desempenhado o papel de uma segunda mãe para mim e para alguns colegas da Câmara Municipal de Aracaju”, escreveu.

O Prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), foi às redes sociais prestar uma homenagem a vereadora. Segundo Edvaldo, nestes anos em que ela esteve vereadora, continuou atuante e firme com seus ideais. “Por isso, é uma grande perda para a Câmara de Aracaju e para a política. Meus sentimentos aos familiares, amigos e companheiros de partido. Descanse em paz, professora”, afirmou o gestor municipal.

Já o Governador Fábio Mitidieri (PSD) destacou as características da vereadora e seu jeito marcante de defender os ideias nos quais acreditava. “Aguerrida, assertiva em suas posições ideológicas, Ângela ampliou a bancada feminina na Câmara de Vereadores da capital, ajudando a fixar a mulher em espaços políticos e sociais que lhe são de direito. Atuou como professora de História, no Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica de Sergipe (Sintese) e integrava a Comissão de Educação, Cultura e Esportes e da Comissão de Ética”, lembrou Mitidieri.

A deputada estadual Linda Brasil (PSOL) fez um relato do período em que conviveu com Ângela na Câmara Municipal e destacou a trajetória da parlamentar. “Ângela, querida, você é um ser muito especial, que tive a honra e felicidade de trabalhar por dois anos, na Câmara Municipal de Aracaju. O seu olhar, suas falas firmes e assertivas, mas ao mesmo tempo acolhedoras, foram muito importantes pra mim”, salientou Linda.

A vereadora Sônia Meire (PSOL) destacou a luta dela em prol da educação. “O magistério sergipano está de luto! Minha profunda solidariedade à família e amigas/os dessa grande mulher, que tinha na defesa da vida sua maior bandeira!”, lamentou.

A vereadora Emília Corrêa (PATRIOTA) também se manifestou nas redes sociais.  “A gente não sabe nada sobre a vida…minha fala foi desta semana quando tive conhecimento da melhora da Professora Ângela Melo, já estávamos na expectativa para seu retorno tão esperado à Câmara Municipal. Mas, os planos de Deus eram outros. Que Deus a reserve um bom lugar. Aqui, nos resta a dor da saudade e as boas lembranças”, destacou a parlamentar.

Por João Paulo Schneider 

Texto e imagens reproduzidos do site: infonet com br

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Destaque na educação em SE, Prof.ª Maria Hermínia morre aos 94 anos

Foto por: Maria Odília

Publicado originalmente no site do Portal INFONET, em 3 de outubro de 2023 

Destaque na educação em SE, Prof.ª Maria Hermínia morre aos 94 anos

A professora Maria Hermínia Caldas faleceu na manhã desta terça-feira, 3, aos 94 anos, em Aracaju. Hermínia é considerada um grande nome da educação sergipana, tendo atuado de forma ativa e participado de importantes marcos desse âmbito social. A causa da morte não foi divulgada.

Em nota de pesar divulgada, a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) lamentou a morte da professora e reconheceu a importante contribuição da educadora para a educação sergipana.

“Professora Hermínia construiu história de vida ao lado dos alunos que tanto amava sem distinção e será sempre lembrada em todos os nossos corações!”, diz parte da nota da Seduc.

Legado

Natural de Propriá, Hermínia ingressou no serviço público em 1956 dedicando-se à docência no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, na Escola Normal, no Colégio Estadual Atheneu Sergipense, na Escola Tiradentes e no Instituto de Educação Rui Barbosa. Também trabalhou em Pré-vestibulares e lecionou Língua Portuguesa e Literatura, Francês, Espanhol, Latim, Psicologia e Pedagogia.

Em 1969, a convite da Associação dos Professores Licenciados do Brasil, secção Sergipe, foi para a Seduc, onde ajudou a implantar o Departamento de Ensino Médio. Em 1975, retorna para a Escola Normal e quatro anos depois foi retorna à Seduc para trabalhar na Coordenação de Moral e Cívica. Por esse motivo, a educadora é uma referência nas atividades da Semana da Pátria e do 7 de Setembro. A educadora organizou os famosos desfiles cívicos de 7 de setembro na capital sergipana de 1979 e até 2014.

Em maio deste ano, Maria Hermínia foi homenageada pela pasta da educação com a nomeação do “Auditório Professora Maria Hermínia Caldas”, na sede da instituição, um dos espaços mais requisitados e utilizados por professores, alunos e comunidades escolares.

Hermínia deixa um acervo de mais de 10 livros, entre ficção, poesia, literatura infantil, educacional, entre eles “Vultos da História da Educação em Sergipe”, escritos por ela.

Por Luana Maria e Verlane Estácio com informações da SEDUC

Texto e imagem reproduzidos do site: infonet com br

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Corpo de “Pinga” será sepultado hoje em Aracaju

Texto publicado originalmente no site DESTAQUE NOTÍCIAS, em 26 de setembro de 2023

Corpo de “Pinga” será sepultado hoje em Aracaju

O corpo do empresário sergipano José Carlos Mendonça, popularmente conhecido por “Pinga”, 83 anos, será sepultado, às 11 horas desta terça-feira (26), no Cemitério Colina da Saudade, em Aracaju, onde está ocorrendo o velório. Ele morreu nessa segunda-feira (25), no Recife, cidade onde residia há muitos anos. Carlos Mendonça construiu o seu nome como proprietário da Pinga Promoções Artísticas, empresa que promoveu mais de 15 mil eventos em todo o Brasil. De Roberto Carlos, Maria Bethânia à Chico Anysio o produtor deixou sua marca.

Natural do município sergipano de Propriá, “Pinga” construiu a sua trajetória colocando Pernambuco e o Nordeste no caminho de grandes shows. “Eu, especialmente, tinha por ele amizade e admiração grande por sua dedicação e contribuição ao mundo artístico. Sempre valorizando aqueles que levam entretenimento para um grande público”, afirmou o também empresário sergipano do ramo de shoppings João Carlos Paes Mendonça.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jeferson Andrade (PSD), lamentou a morte do empresário. “Foi um dos mais bem-sucedidos empresários de grandes artistas brasileiros. Era amigo fraterno do cantor Roberto Carlos. Era irmão do ex-vereador e ex-deputado estadual Bosco Mendonça. Todos nós estamos tristes com o falecimento de Pinga, um bom homem, um grande sergipano”, disse Jeferson, por uma de suas redes sociais.

Show internacional

O primeiro show internacional produzido por “Pinga” foi o do cantor espanhol Julio Iglesias, em 1988, no Geraldão, na Zona Sul do Recife: “Foi um momento memorável. Eu perguntei: o que é você quer colocar no camarim?. Ele disse: ‘Nada. Eu vim para cantar, não vim para ficar no camarim. Eu só quero água’.”, afirmou “Pinga” em recente entrevista. Segundo ainda o empresário, Iglesias era louco para conhecer o cantor pernambucano Reginaldo Rossi. “Eu disse isso para Reginaldo, e Julio o convidou para o show. Foi muito interessante”, frisou.

José Carlos Mendonça morou no Recife por mais de 30 anos. Desde 2015, também viveu na Praia do Forte, no litoral da Bahia. Contudo, costumava voltar para Pernambuco e ficar em uma casa localizada em Aldeia, na cidade de Camaragibe. “Pinga voltou a morar na capital pernambucana em 2022. A partir dos anos 2000, ele parou de realizar shows internacionais por conta da dificuldade na conversão das moedas. “Eu não sai definitivamente [do ramo de eventos]. Se fosse para começar agora, eu não iria de forma alguma. Tem muito aventureiro no ramo. Não cito nomes porque não é ético”, afirmou.

Texto reproduzido do site: destaquenoticias com br

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Morre o empresário sergipano “Pinga”

Foto reproduzida do Correio 24 Horas e postada pelo blog SERGIPE...

Texto compartilhado do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 25 de setembro de 2023

Morre o empresário sergipano “Pinga”

"PInga" promoveu mais 15 mil eventos em todo o Brasil

Morreu no Recife, nesta segunda-feira (25), o empresário sergipano José Carlos Mendonça, popularmente conhecido por “Pinga”, 83 anos. Ele estava internado em um hospital da capital pernambucana, cidade onde residia há muitos anos, tendo  construído o seu nome como proprietário da Pinga Promoções Artísticas que promoveu mais de 15 mil eventos em todo o Brasil. De Roberto Carlos, Maria Bethânia à Chico Anysio o produtor deixou sua marca. A família ainda não divulgou o local e o horário do sepultamento.

Quando completou 10 mil shows realizados, “Pinga” foi homenageado pelo cantor Roberto Carlos em um show repleto de fãs no Estádio do Geraldão, no Recife, em 17 de janeiro de 1997. José Carlos foi aplaudido de pé pela multidão de pessoas que ali estavam prestigiando o rei Roberto. Seu escritório no bairro de Boa Viagem sempre estava repleto de papéis que davam testemunho do empenho e trabalho dele e de sua equipe para produzir os melhores shows do Brasil.

Em Agosto de 2020 o produtor completou 80 anos de idade e foi homenageado por grandes artistas do Brasil que tiveram a oportunidade de se apresentarem aos cuidados da Pinga Promoções Artísticas. A empresa de produções artísticas foi baixada desde o ano de 2013 quando o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica foi encerrado por liquidação voluntária.

Com informações do blog da jornalista Maluma Marques

Texto reproduzido do site destaquenoticias com br

domingo, 24 de setembro de 2023

Morre cantor sergipano Diógenes

Publicação compartilhada do site A8 SE, de 23 de setembro de 2023 

Cantor sergipano Diógenes morre após passar mais de trinta dias internado em Aracaju

Por Carolina de Morais, Portal A8SE

Cantor sergipano Diógenes morre após passar mais de trinta dias internado em Aracaju

O cantor sergipano José Diógenes Simões de Jesus, de 74 anos, morreu após passar cerca de 35 dias internado para tratamento de diabetes no Hospital Renascença, em Aracaju, nessa sexta-feira (22).

Segundo informações, ele vinha enfrentando sérios problemas de saúde por conta da doença e sofreu amputação em uma das pernas.

Natural de Boquim (SE), o artista era consagrado seresteiro do nordeste brasileiro, sendo requisitado para festas tradicionais realizadas em praças públicas e clubes sociais nas cidades do interior sergipano, além da Bahia. Diógenes deixa esposa e sete filhos.

O corpo será sepultado no Cemitério de Boquim neste sábado (23), às 10h.

Texto e imagem reproduzidos do site: a8se com

sábado, 23 de setembro de 2023

Corpo do dramaturgo Harildo Déda é sepultado em Riachão do Dantas



Crédito das fotos: Jefferson Peixoto/Secom/arquivo e Leonardo Barreto/g1 

Publicação compartilhada do site G1 GLOBO, de 20 de setembro de 2023

Corpo do dramaturgo Harildo Déda é sepultado em Riachão do Dantas: 'ele tinha o teatro como sacerdócio'

Sergipano estava internado no Hospital Português, em Salvador, e morreu de falência múltipla dos órgãos.

Por g1 SE

O corpo do ator e diretor de teatro Harildo Déda foi sepultado no final da tarde desta quarta-feira (20), em Riachão do Dantas (SE). O sergipano de Simão Dias morreu nessa terça-feira (19), aos 83 anos, na Bahia, onde vivia desde os 12 anos. O velório aconteceu em Aracaju.

Ao longo da vida, o artista fez cerca de 70 peças como ator e mais de 20 espetáculos como diretor. A sobrinha dele, a professora Talita Déda, lembrou que o tio faleceu no Dia Nacional do Teatro.

“Ele tinha o teatro como sacerdócio e deixa um legado não só para o teatro baiano, mas para o teatro nacional. Hoje a gente fica a saudade, mas também a memória dos personagens que ele deu vida”, disse.

Harildo estava internado no Hospital Português, em Salvador, e morreu de falência múltipla dos órgãos. O corpo foi velado ainda na terça no Teatro Martim Gonçalves, da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, de onde era professor aposentado.

Trajetória

Na TV, Harildo Déda atuou em séries como "O Pagador de Promessas", "Dona Flor e seus Dois Maridos", "Carga Pesada", e no cinema participou de filmes consagrados como "Tieta do Agreste", "Central do Brasil" e "Cidade Baixa".

Foi mestre de artistas que, atualmente, são reconhecidos, como Vladimir Brichta, Marcelo Flores e Alethea Novaes.

Quando completou 80 anos, Harildo ganhou uma homenagem da Fundação Gregório de Mattos (FGM), que batizou uma das salas do novo prédio da FGM, no Espaço Cultural Boca de Brasa, na Barroquinha, com o nome dele.

Texto e iagens reproduzidos do site: g1 globo com/se

'O teatro em Itabaiana', por Antonio Samarone


 Artigo compartilhado do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 22 de setembro de 2023

O teatro em Itabaiana
Por Antonio Samarone*

O teatro vem de longe, da Grécia antiga, acompanha a civilização.

O Prefeito Adailton Souza, anunciou que irá construir um grande Teatro em Itabaiana. Foi uma satisfação popular. Entretanto, sempre aparece os cagas raivas. Um comerciante conhecido, me questionou: “para que Teatro, isso não faz parte de nossas tradições.”

Fui pesquisar. Quando começou o teatro em Itabaiana?

No final do século XIX, existem registros em Itabaiana, de uma representação teatral na Praça da Igreja, celebrando Conselheiro e a batalha final de Canudos. O cenários de guerra era montado com muito realismo. Não sei até quando durou.

Na década de 1920, junto com o cinema mudo, atividades teatrais foram frequentes. O primeiro cinema de Itabaiana, junto com o teatro, funcionou na esquina da Rua de Vitória com o Canto Escuro.

O cinema foi iniciativa de Zezé da Lagoa, o que está sentado com a esposa Dona Dulce e família ao fundo, nessa foto rara. O nosso primeiro cinema não foi o Popular, de Zeca Mesquita.

Depois funcionou no imóvel do antigo cinema de Zezé da Lagoa, o Tiro de Guerra. O imóvel passou para Firmino de Cândido. Atualmente o imóvel pertence à família do ex-líder político Chico de Miguel.

No sábado, 23 de setembro, iremos comemorar o centenário desse nosso teatro tradicional, no cinema mudo de Zezé da Lagoa, com uma apresentação do Imbuaça.

Na década de 1950, o teatro voltou a cena em Itabaiana, no cinema de Zeca Mesquita. O talentoso Zé Bezerra, aluno de Procópio Ferreira, filho de Tibério Bezerra e Dona Antonieta, dona da pensão, assombrou Itabaiana com a sua arte.

Zé Bezerra depois criou o “Circo Teatro José Bezerra. Foi nesse circo onde eu conheci o teatro, que se chamava drama. Zé Bezerra (ator e autor de peças) é o patrono do teatro em Itabaiana.

Ressalte-se que o teatro religioso é muito forte nos povoados. Na Cajaíba existe um anfiteatro em praça pública, com arquibancada para a plateia. Um coliseu rural. A Paixão de Cristo é encenada em outros povoados, com um realismo fantástico.

Na década de 1970, a Academia de Ana Angélica, irmã de Djalma Lobo, montou e encenou em Itabaiana várias peças teatrais. Tudo documentado. Eu tenho as fotos. Lembro-me de Santo Antonio Fujão.

Em março de 2012, foi inaugurado um anfiteatro na Praça Chiara Lubich, com a peça “Flor de Macambira”, com o Grupo de Ser tão Teatro, da Paraíba. O local tornou-se ponto tradicional de Cultura.

Nos últimos 20 anos, vários grupos amadores de teatro foram montados e desmontados.

Amanhã, sábado, as 16 horas, na Praça da Igreja, o grupo Imbuaça se apresenta, trazendo o palco para onde o teatro começou em Itabaiana, comemorando o centenário do Teatro de Zezé da Lagoa e acenando para novos tempos, a construção de um teatro, o primeiro do interior sergipano.

Não sei se fui claro. Não sei se o comerciante entendeu. Não quero polemizar. Itabaiana tem longa tradição teatral e a construção de um teatro é uma necessidade. O prefeito Adailton Souza acertou.

“A gente não quer só comida/A gente quer comida, diversão e arte.”

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* É médico sanitarista e está secretário de Cultura de Itabaiana.

Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticia com br

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Ator sergipano morre em Salvador

Publicações compartilhadas do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 19 de setembro de 2023

Ator sergipano morre em Salvador

Harildo Déda apresentava saúde debilitada

Morreu em Salvador, nesta terça-feira (19), o ator e diretor teatral Harildo Déda, um dos nomes de maior destaque do teatro baiano. Nascido no município sergipano de Simão Dia, Déda tinha 83 anos e foi para a capital baiana ainda na adolescência para estudar e iniciou seu caminho nas artes cênicas. Harildo era professor aposentado da Escola de Teatro da Univesidade Federal da Bahia (Ufba), instituto que ajudou a consolidar. Ao longo da carreira, o artista sergipano atuou em mais de 70 peças e dirigiu cerca de 30.

“Mestre Harildo agora é memória viva, presente, preservada em cada aluno, em cada aluna, que levarão para sempre a sua sublime generosidade e entrega ao trabalho de esculpir vidas. Viva Harildo Deda”, escreveu o presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro. O ator também teve atuações na TV, em séries como O Pagador de Promessas e Dona Flor e Seus Dois Maridos.

Harildo Déda estava internado no Hospital Português e apresentava saúde debilitada. A causa da morte, contudo, não foi revelada. O corpo será enterrado em Simão Dias, mas haverá uma homenagem às 11h desta terça-feira, no Teatro Martim Gonçalves, no Canela, que deve reunir alunos da Escola de Teatro, a comunidade acadêmica e os colegas de palco.

Fonte e foto: Jornal Correio da Bahia

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Destaque Notícias, 20 de setembro de 2023

Corpo de ator será sepultado em Riachão do Dantas

Harildo Déda era professor aposentado da Escola de Teatro da Univesidade Federal da Bahia

O corpo do ator e diretor sergipano Harildo Déda, 83 anos, será sepultado, nesta quarta-feira (20), no cemitério de Riachão do Dantas, município localizado na região Centro-Oeste de Sergipe. Nascido em Simão Dias, o artista morreu, nessa terça-feira (19), em Salvador, onde residia desde a adolescência. O velório começa às 7 horas de hoje, no Velatório Osaf, localizado à rua Itaporanga, em Aracaju, devendo o féretro seguir para Riachão às 14 horas.

Aplausos calorosos e um coral das músicas ‘A cigarra’ e ‘O bêbado e a equilibrista’ guiaram a saída, às 17h30 de ontem, do corpo do ator e diretor Harildo Déda do Teatro Martim Gonçalves, no bairro Canela, em Salvador. As canções foram escolhidas pelos amigos, admiradores e alunos de Déda pensando no que ele gostaria de ouvir em um momento de alegria. Harildo era professor aposentado da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (Ufba), instituto que ajudou a consolidar. Ao longo da carreira, o artista sergipano atuou em mais de 70 peças e dirigiu cerca de 30 outras.

Salve mestre

Após o caixão ser posto no carro funerário que leva o corpo de Harildo para ser sepultado em Riachão do Dantas, houve mais palavras de despedida gritadas em coro: ‘salve mestre’, ‘xau mestre’. Para a professora Carla Sampaio, prima de Déda que mora em Salvador, ver a demonstração de carinho da família que ele formou no teatro é o que conforta os corações dos familiares sanguíneos.

“Por mais difícil que este momento esteja sendo, ver a família que ele construiu no teatro me conforta. Para nós, ele era o nosso Didinho, aqui, ele era Dadinho. É outro tipo de relação, mas hoje, também como professora, escutar os amigos dele falando me fez pensar: ‘eu quero ser um milionésimo desse professor que ele foi’, porque isso aqui é lindo de ver”, disse Carla.

Foto: Facebook

Textos e imagens reproduzidos do site destaquenoticias com br