terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Dr. Afrânio José Bastos (1927 - 2025)

Foto compartilhada do Facebook/Kleiton Bastos
 e postada pelo blog SERGIPE

Trecho de texto publicado no perfi do Facebook, do Conselho Regional de Odontologia de Sergipe, em 3 de fevereiro de 2025.

Afrânio José Bastos (1927 - 2025) 

"(...) Nascido em 1927, em Salvador, e formado em Odontologia pela Universidade Federal da Bahia em 1952, o Dr. Afrânio Jose Bastos começou a trabalhar nos Correios e Telégrafos em 1946. Em 1955, já graduado, transferiu-se para Aracaju, onde passou a assumir funções de cirurgião-dentista no gabinete dentário recém-adquirido pela empresa, nele atendendo até 1975. Entre 1976 e 1979 esteve lotado no INAMPS (hoje INSS).

Foi professor da Universidade Federal de Sergipe de 1971 a 1992, quando se aposentou como professor titular, sendo homenageado como Patrono e Paraninfo de diversas turmas. Ministrou a primeira aula do curso de Odontologia da UFS, sendo responsável pela disciplina Dentística Operatória, e atuando na Clínica Integrada e Estágio em Clínica. Ao longo da sua trajetória acadêmica, foi professor atuante do curso, desenvolvendo uma série de ações extensionistas e estando sempre envolvido na gestão acadêmica".

Trecho de texto publicado no Facebook/Conselho Regional de Odontologia de Sergipe. 

Manifestações de Pesar, em duas postagens no Facebook

 

Morre o professor aposentado Afrânio José Bastos

Foto compartilhada do Facebook/Kleiton Bastos e postada pelo blog SERGIPE

Texto publicado originalmente no site da UFS, em 3 de fevereiro de 2025

UFS informa o falecimento do professor aposentado Afrânio José Bastos

Afrânio participou ativamente do processo de implantação do curso de Odontologia da UFS

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) informa, com pesar, o falecimento do professor aposentado Afrânio José Bastos nesta segunda-feira, 3. Nascido em Salvador, em 10 de setembro de 1927, Afrânio exerceu sua profissão em Aracaju e participou ativamente do processo de implantação do curso de Odontologia da UFS, do qual foi professor entre abril de 1972 e maio de 1992, quando se aposentou.

Em sua trajetória acadêmica de três décadas de dedicação ao ensino da Odontologia, com ênfase na Dentística Restauradora, professor Afrânio ficou conhecido por inspirar seus estudantes a seguir o caminho da docência. Casado com Sylvia de Andrade Bastos, também cirurgiã dentista, teve quatro filhos: Marcia, Cristiane, Kleyton e Afrânio, sendo os dois últimos também professores da UFS.

O velório será realizado nesta segunda-feira, 3, na Organização Social de Assistência à Família (Osaf), às 19h.

Ascom UFS

Texto reproduzido do site: www ufs br

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Artigo de Fedro Portugal (Filho de Dr. Fedro Portugal)

Post compartilhado do site INSTAGRAM/FEDRO POSTUGAL, de 1 de fevereiro de 2025

Durante esta semana, recebi inúmeras mensagens repletas de carinho e reconhecimento pelo meu pai, ressaltando suas qualidades como médico, professor e amigo. Cada palavra demonstra o quanto ele foi importante para todos que tiveram o privilégio de conviver com ele.

Mas hoje, gostaria de falar sobre Fedro, o esposo, o pai e o avô. O privilégio de compartilhar sua presença todos os dias, de ouvir suas opiniões, seus conselhos e até suas reclamações. Conversávamos sobre tudo: política, religião, futebol, música, cinema. Meu pai estava sempre atualizado, sempre curioso, sempre envolvido.

Homem simples e humilde, ele combinava liberdade com conservadorismo, carregando um profundo amor pela medicina, pela música, pelo cinema e, acima de tudo, pela família. Sua fé inabalável em Deus e sua dedicação incondicional a nós fizeram dele um verdadeiro guardião do lar.

Foram 5 anos de namoro e 55 anos de casamento com minha mãe, Selma. Sou testemunha viva de seu intenso amor por ela. Cumpriu fielmente cada promessa feita no altar, em momentos de alegria e desafios, sempre com respeito, carinho e cumplicidade.

Desse amor nasceram três filhos: eu, Glorinha e Joaninha. Depois vieram os netos – Fernanda, Flávia, Fedro Neto, Dioguinho e João Pedro – e os agregados, em especial Fabiana, minha esposa, quase uma filha, André e Diogo, os quais ele acolheu com o mesmo carinho. Meu pai sempre nos ensinou que família é um elo sagrado e inquebrável.

Como primogênito, herdei seu nome e, com ele, a responsabilidade de preservar os valores que ele tanto prezava. Ao longo da minha vida, incontáveis vezes ouvi relatos emocionantes de gratidão por seu trabalho como médico. Ele tinha o dom da cura, e para muitos, meu pai foi um verdadeiro super-herói.

Quando surgia alguma dúvida quanto a origem genealógica de alguma pessoa, bastava conversar com meu pai que ele desenterrava toda a ancestralidade da pessoa até chegar em gênesis.

Em casa, sua postura era de firmeza, mas sempre respeitando nossas escolhas, nos deixando livres para aprender com os próprios caminhos, sem jamais nos negar acolhimento e amor. 

Prático e avesso à burocracia, deixava as questões administrativas para minha mãe. Em troca, a enchia de carinho e reconhecimento, demonstrando o quanto ela era essencial em sua vida, o quanto eles se completavam.

Nos encontros familiares, ele nos unia ao redor da mesa, mesmo que não gostasse de pizza, apenas para ver a família reunida. Gostava de contar histórias, brincar com os netos e se manter presente em nossas vidas.

Como a família de minha mãe morava em Fortaleza/Ceará, quando éramos criança, viajávamos anualmente de carro até lá, para visitar meus avós e tios. Lembro que ele adorava fotografia, tinha uma câmera Olympus moderna que usava no trabalho, e levava na viagem para registrar nossos momentos de lazer em família.

Com a fé sempre fortalecida, participou ativamente da Igreja, dedicando-se ao Cursilho de Cristandade e ao Encontro de Casais com Cristo, onde testemunhou sua crença com amor e devoção. Rezava seu terço de seis mistérios, pois, segundo ele, era melhor pecar pelo excesso do que pela falta.

Como avô, foi um segundo pai para os netos, aconselhando, guiando e, sobretudo, demonstrando a importância da educação, da fé e dos valores éticos e morais.

E agora, cumprindo o ciclo da vida, meu super-herói partiu para os braços do Pai Celestial. Ficamos com a saudade de sua presença espirituosa, de suas apresentações musicais, das nossas reuniões familiares, da pizza aos domingos, do terço de seis mistérios, de seu pedido de ajuda com as tarefas administrativas, da sua voz forte e acolhedora. Mas, ficamos também com a imensa gratidão por termos tido a honra de chamá-lo de esposo, pai e avô.

Que sua luz continue brilhando em nós, inspirando-nos a sermos melhores, a valorizarmos a família, a fé e o amor incondicional.

Descanse em paz, meu querido pai.

Texto reproduzido do perfil instagram/fedroportugal

--------------------------------------------------------------------------