Foto: Sergio Silva
Duas vezes imortal!
Por Lucio Prado Dias
Já participando da Academia Sergipana de Medicina desde
2005, como membro titular da Cadeira 38, que tem como patrono o Dr. Walter
Cardoso, o médico, professor e mais recentemente escritor de literatura não
científica Antônio Carlos Sobral Sousa, assume logo mais à noite a Cadeira 28
da Academia Sergipana de Letras, na sucessão do eminente e saudoso Dom Luciano
José Cabral Duarte. A solenidade de posse acontecerá às 20 horas, no Iate Clube
de Aracaju.
Por coincidência das grandes, a Universidade Federal de
Sergipe presta hoje uma singela homenagem ao saudoso arcebispo emérito de
Aracaju, colocando o seu nome na Biblioteca Central da instituição, uma
homenagem muita justa para uma pessoa que foi fundamental para a criação e
instalação da nossa primeira universidade pública.
É lamentável que a infiltração ideológica da esquerda
partidária nas universidades públicas brasileiras fizesse de tudo para apagar
da memória a lembrança do prelado, em função de suas posições conservadoras,
ditas "de direita".
Muito triste que isso tenha acontecido, mas aos poucos
Sergipe vai colocando o seu nome em posição de destaque, conferindo-lhe o
verdadeiro valor que merece!
Pois bem. O Dr. Sousa vai suceder justamente o arcebispo
emérito de saudosa memória, tornando-se agora imortal duas vezes.
Nascido em 5 de junho de1955 em Aracaju, filho de José
Carlos de Sousa e Clara Maria Sobral Sousa, o Dr. Sousa foi favorecido na sua
formação por contar com um lar amoroso e de educação rígida, baseada nos
princípios do estudo, da ética e da meritocracia. Isso propiciou ao jovem uma
larga formação moral e intelectual que o acompanha por toda a vida.
Formado em Medicina pela Universidade Federal de Sergipe em
1979, cursou o Internato na Brown University - Rhode Island – EUA, instituto
que lhe deu régua e compasso para a brilhante carreira que viria a ter na área
da cardiologia clínica e como destacado pesquisador e professor dos cursos de
graduação e pós-graduação do Curso de Medicina da Universidade Federal de
Sergipe.
Uma vida plena de trabalho e grandes realizações, apesar da
pouca idade, entendeu logo cedo que o tempo é um bem insubstituível e
irrecuperável, como ressaltou o saudoso e inolvidável mestre José Augusto
Barreto, no seu discurso de saudação ao neoacadêmico que tomava posse na
Academia Sergipana de Medicina, em 18 de agosto de 2005.
O inesquecível professor, médico e escritor Walter Cardoso,
patrono da Cadeira 38 da Academia de Medicina, que que dá assento hoje ao
ilustre cardiologista, costumava dizer: “ - O médico é o servidor da vida, o
missionário da bondade.(...) tem nas mãos o maior dos privilégios: praticar o
humanismo integral pelo saber, compreensão, paciência e humildade”.
Como cultor dos grandes mestres, o confrade Antônio Carlos
Sobral Sousa assume a posição de um deles e se enquadra perfeitamente na definição
de Theodor Billroth, cirurgião e músico, grande amigo e parceiro do compositor
do Johannes Brahms, que dizia: “Jamais conheci um grande nome da pesquisa
científica que não seja essencialmente um artista com uma rica fantasia e
sensibilidade infantis. Agora percebo...ciência, arte e literatura jorram da
mesma fonte.”
O médico Antônio Carlos Sobral Sousa estreou na literatura
não científica com o livro Entre linhas de minha vida, recentemente lançado
numa prestigiada noite de autógrafos, abrindo de pronto o coração para nos
revelar traços marcantes de sua vida.
Já sobejamente consagrado no panteão científico, onde
pratica os postulados de Cardoso, um humanismo integral pelo saber,
compreensão, paciência e humildade, ganha agora as letras sergipanas um novo e
destacado militante, com a sua entrada na Academia de Letras.
Seja bem-vindo à confraria!
Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Lucio Prado Dias
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