Foto reproduzida do Facebook/Petrônio Gomes,
postada pelo blog "SERGIPE..."
Texto publicado originalmente no Facebook/ Amaral
Cavalcante, em 10/02/2018
Petrônio Gomes
Petrônio Gomes
Por Amaral Cavalcante.
Foi-se, para a ansiada vida eterna ao lado do Cristo e da
mulher que amava, o maior cronista da vida sergipana. Petrônio Gomes era uma
referência de perspicácia e apuro literário que tocou minha adolescência, ainda
em Simão Dias. De ouvido pregado na excelente Rádio Cultura de antigamente eu
ouvia, religiosamente, sua voz dolente declamar as crônicas poéticas que
escrevia com cuidadosa elegância sobre fatos da vida sergipana e jurava um dia
conhecê-lo para que ele soubesse que até nos rincões do esturricado sertão
sergipano sua voz era ouvida e guardada com amorosa dedicação.
Ao me mudar para Aracaju, na primeira metade dos anos 1960,
trouxe o firme propósito de conhecê-lo pessoalmente mas tanto enveredei pelos
caminhos da rebeldia juvenil - característica daqueles tempos lisérgicos – que
fui deixando para depois o nosso encontro, temendo que a firme religiosidade católica
do cronista não aceitasse a minha iconoclastia juvenil. Somente agora, por
ocasião da formatação da Revista Cumbuca, curti a emoção de visita-lo para
externar minha cultivada admiração e receber a devida autorização para
publicar, na revista, duas das suas crônicas imorredouras.
Petrônio merece agora, cujo passamento tornará evidente a
falta do seu estro, a publicação de uma Seleta das suas melhores crônicas,
remetendo ao futuro em nossas empobrecidas estantes a genialidade sergipana
provada em tantos anos de apaixonado labor.
Foi-se o mestre, que fique eternizado o amor que lhe
dedicamos e a unânime reverência que lhe prestamos.
Texto reproduzido do Facebook/Amaral Cavalcante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário