sábado, 17 de junho de 2023

'Eu me recordo... de Aracaju...', por Nestor Amazonas

Post compartilhado do Facebook/Nestor Amazonas, de 17 de junho de 2023

Eu me recordo... de Aracaju...
Por Nestor Amazonas

Eu me recordo de uma tarde eu me sentar na varanda da CRASE e perder a noção do tempo vendo botos perseguirem tainhas num balé hipnótico, fantástico.

Eu me lembro de um tempo em que pegar carona ao lado do Cotinguiba para a Atalaia era mais divertido que a própria praia...

Eu me lembro que ficar horas no Mini-Golfe, sem fazer nada a não ser jogar conversa fora - era uma atração inquestionável para a galera da época.

Eu me lembro de que se sentar no muro da Catedral era o melhor posto de observação para olhar as moças que passavam...

O desfile entre a Catedral e a Sorveteria Yara era obrigatório para quem queria namorar com as moças da fina sociedade da época.

Eu me lembro de tempo em que fincamos bandeira e tomamos posse do Parque Teófilo Dantas como sede da nossa turma, a Turma do Parque...

Eu me lembro que ir ao Bar do Pinto era a nossa única salvação para a matar a larica da alta madrugada...

Nossa maior diversão na noite era fazer o circuito do Beco dos Côcos, Miramar e Xanghai e terminar tomando vitamina de banana sentado no meio-fio do Bar do Meio.

Eu me lembro que o Bar do China era nosso ponto de encontro, nosso “esquenta” para a noite de festas e farras.

Eu me lembro do sagrado ritual de na volta das festas ir comer o Passaport – o sanduba podrão da madrugada, numa Kombi velha e suja.

Eu me lembro de obter cultura “por osmose” na Galeria Álvaro Santos, filando ideias, opiniões, drinks e salgadinhos dos coquetéis das vernissagens.

Eu me lembro da luz difusa do 315 iluminando nossas almas famintas de tudo, a macarronada trôpega e barata dava para dividir por três...

Eu me recordo...de Aracaju, a minha Aracaju de então...Aracaju de meus amigos e dos meus afetos.

A vida não é aquela que a gente viveu e sim o que dela a gente recorda. E estar vivo para contar. (by Gabo).

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PS - a foto desfocada e muito antiga (1972) registra minha passagem pelo Costão e o cabeludo com camiseta apertada e recortada acima da cintura é Wandinho (Wanderley Santana de Jesus) um irmão que a vida me deu e que me acompanha até hoje.

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Nestor Amazonas

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