sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Despedida do parlamento sergipano da deputada Ana Lúcia

Foto reproduzida do site al.se.leg.br e postada pelo blog, 
para ilustrar o presente artigo

Texto publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 14/12/2018

Uma despedida apoteótica

Por Ivan Valença (Blog Infonet)

Diante de um plenário tomado por admiradores e eleitores, a deputada Ana Lúcia fez um emotivo discurso de despedida do parlamento sergipano. “Isso não quer dizer que estou abandonando a política. Volto a minha sala de aula e continuarei a ocupar os espaços que me permitam trabalhar pelo povo sergipano”. Em sua fala, Ana Lúcia traçou “reminiscências importantes que gostaria de dividir com as senhoras e senhores”. Relembrou então fatos que marcaram os dezesseis anos de atividades parlamentares, encerrados agora por questões alheias a sua vontade, “como a saúde precária”. Citou então o ambiente familiar favorável a uma formação de princípios; as características, singulares a seu tempo, de dona Ivone, sr. Claudomir (seus pais) e dr. Osman Hora, a quem ela considerava como pai; a paixão familiar pelos livros e pela cultura e a imensa biblioteca da família; a ligação com o irmão Mário Jorge (um dos grandes poetas que Sergipe teve); e a importância das irmãs franciscanas no despertar precoce para as questões sociais e políticas”. “O amor pelas letras conduziu-me a uma convicção muito firme no momento de escolher meus caminhos, a formação universitária e a profissão que abraçaria por toda a vida: a educação, o magistério, a sala de aula?”. E segue: “Na década de 70, tive a felicidade de conhecer jovens educadores da Universidade Federal em Seminário de Bárbara Freitagli, da UNB. Um grupo ao qual me somei, inspirada pelas ideias revolucionarias da geração de 68 e pelas leituras freireanas”. Ana falou também sobre seu namoro com os partidos de linha comunista mas decidiu abraçar o Partido dos Trabalhadores, já a partir de 1980. “Assim se estruturou o sindicalismo independente que deu origem à Central Única dos Trabalhadores. Uma experiência política que configurou as bases do processo de reconstrução democrática e revelou os quadros que seriam os protagonistas da reestruturação democrática que, como hoje podemos observar, ainda não se concretizou plenamente”. E finalizou: “Devo a renovação de meu compromisso com a construção de um futuro livre da desigualdade, avesso à exclusão, à intolerância e ao preconceito. Um futuro que as próximas gerações saberão fazer mais fraterno, mais justo e pleno de felicidade”.

Texto reproduzido do site: infonet.com.br

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