Publicado originalmente no site do Jornal do Dia Online, em
02/12/2014.
Bonita e talentosa, ela é uma artista plural.
Por Vieira Neto.
Natural de Nossa Senhora das Dores (SE), Hortência Barreto
já conquistou mercados não só em Sergipe, como em São Paulo, Rio de Janeiro,
Estados Unidos e a França, onde expôs em espaços como Marie Charlotte,
Reciproque, Gilton Lavrou e Hotel Clair de Lune.
A sua obra tem: uma aparência lúdica resultante da mistura
da tinta acrílica, que dá tom mais suave, junto com a aquarela. Daí os
belíssimos tons pastéis de suas telas, com predominância das graciosas bonecas
de pano.
Há tempos venho seguindo a firme evolução de Hortência, que,
com o passar dos anos, vem se tornando mais uniforme junto com a maturidade da
perfeita harmonia do conjunto. Sempre surpreendente. As figuras, antes tão
marcantes, diluem-se em tonalidades suaves na interpretação de ambientes e
objetos. O conjunto, em que pese sua perceptível dinâmica, tornou-se mais
homogêneo, menos figurativo, mais lírico e mais subordinado às prioridades da
pintura.
Hortência Barreto sabe como poucos, elaborar cuidadosamente
os tons de uma gama limitada voluntariamente à base de acordes tonais, de leves
contrastes de luz e de uma interpretação livre que parte do real para o onírico
com nuances de uma quase abstração.
A artista convive longamente com cada pintura, modifica-a,
coloca-a diante dos olhos, altera a cor dominante, reforma a composição, renova
os signos.
A obra de Hortência Barreto, em síntese, é constante
solicitação à alegria de viver.
Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldodiase.com.br
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