Biografia
João de Seixas Dória nasceu em Propriá, em 23 de fevereiro
de 1917, filho de Antônio de Lima Dória e de Maria de Seixas Dória. Casou-se
com Meire Dória e tiveram dois filhos: Antônio Carlos e Ernane.
Os primeiros anos de escola fez em Propriá com dona Rosinha
Pinheiro. Concluiu o primário no Colégio
Antônio Vieira e o curso secundário no Colégio Marista, ambos em Salvador.
Entrou, inicialmente, na Faculdade de Direito da Bahia, transferindo-se, no segundo
ano, para Faculdade de Direito de Niterói, onde se formou Bacharel em Ciências
Jurídicas e Sociais, em 1946. Voltou a Salvador e exerceu a advocacia por um
período até ingressar na política.
Na década de 1940, o prefeito de Aracaju, Josaphat Carlos Borges,
o nomeou secretário da prefeitura. Com o fim do Estado Novo, filiou-se à UDN,
sendo eleito deputado estadual em 1947 e 1950, chegando ao posto de líder da
bancada. Em 1954 e 1958 foi eleito deputado federal e integrou-se à Frente
Parlamentar Nacionalista. Foi vice-líder do Governo do Jânio Quadros na Câmara
dos Deputados. Consumada a renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961,
Seixas Dória integrou a "Bossa Nova" da UDN ao lado de nomes como o
futuro presidente, José Sarney.
Em 1962, já membro do Partido Republicano, foi eleito
governador de Sergipe, derrotando o udenista Leandro Maciel. Opôs-se ao Golpe
Militar que abreviou o mandato do presidente João Goulart em 31 de março de
1964.
Removido à força do governo no dia seguinte, Seixas Dória
foi preso e levado à ilha de Fernando de Noronha onde permaneceu por 04 meses
até ser libertado por um habeas corpus do Superior Tribunal Militar. Por força
do Ato Institucional Nº 2 teve os direitos políticos suspensos por dez anos a
partir de 04 de julho de 1966.
Encerrada a sua "reclusão política" ingressou no
MDB, atuando em defesa da anistia e da redemocratização. Com a reforma
partidária de 1979, filiou-se ao PMDB. Suplente de deputado federal em 1982,
exerceu o mandato a partir de uma licença médica de José Carlos Teixeira, sendo
efetivado após a vitória de Jackson Barreto nas eleições para prefeito de
Aracaju em 1985.
Foi nomeado secretário de Transportes pelo governador
Antônio Carlos Valadares em agosto de 1988 permanecendo no cargo por quatro
meses. Assessor político da Presidência da República nos últimos meses do
Governo Sarney, foi secretário de Transportes no segundo governo João Alves
Filho e depois membro do conselho de administração da Companhia Vale do Rio
Doce.
Membro da Academia Sergipana de Letras, ocupava a cadeira de
nº 32, e era autor de Sílvio Romero, jurista e filósofo e Eu, réu sem crime.
Faleceu em Aracaju, em 31 de janeiro de 2012.
Fonte: agencia.se.gov.br
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