terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Quem foi Epifânio Dória?

 Obra de Jordão de Oliveira, retratando Epifânio Dórea.

A Biblioteca Epifânio Dória, fica localizada à rua Vila Cristina,
número 1051, no bairro São José, em Aracaju/SE.
Foto  reproduzida do site da funcaju.aracaju.se.gov.br

A maior e mais antiga casa de leitura do Estado, Biblioteca Pública Epifânio Dória (BPED), comemora no dia 16 de junho, 169 anos de existência. Fundada em 1848 – num grande momento de efervescência cultural do Brasil Império –, a então Biblioteca Provincial de Sergipe foi inaugurada somente no ano de 1851, numa sala do Convento São Francisco, em São Cristóvão. Anos mais tarde, com a mudança da capital, a biblioteca foi transferida para Aracaju, sendo chamada de Biblioteca Pública do Estado.

Somente em 30 de dezembro de 1970, com o Decreto 2020, a instituição passou a se chamar Biblioteca Epifânio Dória. No mesmo ano, o prédio da atual sede em que se encontra a biblioteca foi projetado e construído pelo engenheiro Geraldo Magela. Mas quem foi o homem que dá nome à biblioteca mais antiga de Sergipe?

Saiba quem foi Epifânio Dória

Seu nome é Epifânio da Fonseca Dória e Menezes, que nasceu em 7 de abril de 1884, na fazenda Bairro Caído, na cidade de Poço Verde. Documentarista, jornalista e pesquisador, Epifânio dirigiu a Biblioteca do Estado de Sergipe de 1914 a 1943. Tornou-se ainda presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, membro da Associação Sergipana de Imprensa, da Academia Sergipana de Letras e de várias instituições literárias do Brasil e do exterior.

Em 1935, o documentarista torna-se deputado estadual e em 1937, no governo Eronildes de Carvalho, ele é nomeado secretário de Estado da Justiça, Agricultura e Fazenda. Em 8 de junho de 1976 ele morre – vítima de câncer no aparelho digestivo. Atualmente, ele é considerado um dos mais competentes e importantes conservadores das fontes históricas de Sergipe.

Segundo o historiador Luis Antônio Barreto, Epifânio foi escritor das colunas de Efemérides Sergipanas, ajudando a construir biografias com informações preciosas, selecionadas por uma pesquisa criteriosa – atividade que ele mais tinha prazer em fazer e tinha maior conhecimento.

Memórias de uma das herdeiras

Para a neta de Epifânio, a jornalista Naná Garcez Dória, a mais bela memória guardada ao lembrar-se de seu avô está ligada ao carinho que ele tinha com os netos e aos momentos de contação de história. “Quando eu nasci, ele tinha 80 anos. Meu avô era uma pessoa muito carinhosa e ao mesmo tempo metódica, por isso mantinha todos os papéis organizados. Se um estudante ou pesquisador fosse até a nossa casa, ele tinha, prontamente, a informação para dar àquela pessoa”, contou Naná.

“Dois objetivos marcavam a vida dele, além da organização de documentos. O primeiro era o combate ao analfabetismo e o segundo era tornar a informação disponível para todas as pessoas. Tanto que ele foi por muito tempo diretor da biblioteca. Valorizar a democratização do conhecimento: esta era sua meta de vida”, acrescentou a neta do ilustre Epifânio Dória...

Fonte - Agência Sergipe de Notícias.

Trechos de reportagem reproduzidos do site - agencia.se.gov.br

Um comentário:

  1. Que maravilha este relato, saber mais de sua trajet O meu e-mail e luccianafonseca@gmail.com. ória de vida. Epifanio era meu tio avô. Nasci em Sergipe em 1972. Sou neta de Lourival Dória. Meu nome é Luciana Fonseca Oliveira, também escritora, pesquisadora e jornalista. Atualmente membro da Academia Maceioense de Letras; e das ABARS e ALMA da Bahia. Gostaria de estar presente na comemoração do dia 16 de junho, dos 169 anos de existência da Biblioteca.

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