Coreto na Praça Olímpio Campos, em Aracaju/SE.
Documentos marcam a censura em Aracaju.
Fotos: Arquivo Público Municipal/Divulgação/PMA-SE.
Publicado originalmente no site G1 SE., em 16/03/2017.
Arquivo Público Municipal conserva a história de Aracaju.
Local preserva mais de 14 mil fotografias.
Arquivo é considerado patrimônio arquivístico da capital.
Do G1 SE.
O Arquivo Público da Cidade de Aracaju, unidade da Fundação
Cultural (Funcaju), preserva o acervo histórico do Município. Através de
documentos escritos e impressos, fotografias, livros e mapas, plantas e
periódicos, provenientes da Prefeitura Municipal e de doações particulares, a
Unidade tem como objetivo manter viva a história cultural de cidade.
Criado através do Projeto Levantamento das Fontes Primárias
de Aracaju do Departamento de Patrimônio Cultural da Secretaria Municipal da
Cultura, no dia 8 de outubro de 1987 pela Lei de nº 1300/1987, o Arquivo é
considerado o guardião do patrimônio arquivístico da capital.
Atualmente, o local preserva mais de 14 mil fotografias de
bairros, monumentos e festividades da cidade, aproximadamente dois mil livros,
600 mapas e milhares de diários e jornais. Todas as edições do Diário do
Município de Aracaju, por exemplo, desde a sua criação em 1991, estão
catalogados no Arquivo. O acervo possui também exemplares do Diário do Estado
de 1896 a 1948.
Raridades.
A maior relíquia do órgão é de 1855 e extremamente
representativa: a Ata da Câmara do ano de transição da capital de Sergipe de
São Cristóvão para Aracaju. Já o mapa mais antigo é a Planta Cidade de Aracaju,
delimitando a terra da Marinha e o alagamento do saneamento do Capital, de
1919, feita a lápis grafite pelo então gestor do Departamento de Obras e
Urbanismo (atual Emurb), Antônio Baptista Bittencourt.
Além disso, os cidadãos podem encontrar todos os documentos
dos intendentes, prefeitos e interinos da história de Aracaju completamente
organizados e catalogados com guia de localização para facilitar o acesso e
pesquisas. Uma amostra disso é a posse do terceiro intendente de Aracaju em
1898, Jacintho Martins de Almeida Figueiredo. Através de uma doação externa,
centenas de mapas de um dos maiores arquitetos de Aracaju, Osíres Souza Rocha,
foram doados e também estão sendo conservados no Arquivo.
Segundo a diretora da Unidade, Rita Valença, “a equipe está
finalizando o levantamento e catalogação de todo o material conservado no
local, mas ainda não é possível precisar qual a fotografia mais antiga do
acervo, pois é necessário um estudo, já que a grande parte desse material não
possui registro de datas”.
Valorização da história.
Lucenira Sampaio é assistente administrativo do Arquivo
desde a sua fundação, há quase 30 anos, e idealizou o levantamento de pesquisa
por sentir a necessidade de facilitar o trabalho dos pesquisadores que procuram
o órgão. “Já poderia me aposentar, mas gosto do que faço e quero sair deixando
o acervo pronto. O arquivo era considerado um depósito de coisas velhas e sem
utilidade, mas conseguimos transformar em um local de pesquisa e a procura dos
estudantes têm aumentado, principalmente para produção de monografias”, conta.
“Queremos que, cada vez mais pessoas conheçam a história de Aracaju e
trabalhamos para facilitar isso, como as exposições que realizamos e com elas,
aproximamos a população da história de uma forma mais acessível e prática. Todo
material está à disposição da comunidade, mas não é permitido cópias ou
empréstimo, apenas fotografar”, ressalta Rita.
Funcionamento.
O Arquivo é aberto ao público de segunda a quinta, das 8h às
18h, e sexta, das 8h às 17h. No antigo prédio, na avenida Hermes Fontes, só
tinha condições de receber 20 pessoas por vez. Desde novembro com novo
endereço, localizado na rua Estância, nº 36, Centro, a capacidade aumentou
significativamente, podendo receber uma visita coletiva de cerca de 40 pessoas
pré-agendadas. Hoje, recebe aproximadamente 60 visitantes por mês, entre
pesquisadores e estudantes. Para mais informações sobre visitas, basta entrar
em contato por meio do telefone (79) 3179-1381.
*Com informações da PMA.
Texto e imagens reproduzidos do site: g1.globo.com/se/sergipe
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