sexta-feira, 24 de março de 2017

Músicos sergipanos falam sobre o legado cultural deixado por Rogério

Foto: divulgação.

Publicado originalmente no site Portal AZ, em 13 de Agosto de 2014.

Músicos sergipanos falam sobre o legado cultural deixado por Rogério.

Para cantores, compositores e músicos sergipanos (...) quarta-feira, 13 de Agosto (de 2014), pode ser definida em uma palavra: saudade. Amigos dos palcos e de vida, eles exaltam o legado cultural deixado pelo cantor Rogério, de 57 anos, que morreu (...) no Hospital das Clínicas, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 6 de julho (2014). Antes de ser transferido para a capital paulista, ele ficou internado desde abril no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), em Aracaju. O músico realizava um tratamento contra problemas no fígado, sequela de uma esquistossomose adquirida e tratada na infância, mas que deixou sequelas.

Rogério ficou conhecido nacionalmente por sua paixão pelo forró, carisma e musicalidade. Ele era natural da cidade de Estância e conquistou o país com a música ‘Sergipe é o País do Forró’. O sucesso arrebatou os corações dos sergipanos e se tornou um hino no período junino no estado. Nos anos 80, o cantor foi figura cativa em muitos programas de TV onde cantou as belezas e os encantos do seu estado de origem. A música marcou a vida de Rogério e influenciou os passos do filho Pedro Luan que, como ele, seguiu a carreira artística...

Confira os depoimentos dos músicos sobre o legado cultural do cantor:

“É uma perda muito grande para Sergipe, para a música sergipana e com certeza a partida de Rogério deixa um vazio muito grande em todos os artistas que conviveram com ele, assim como eu. O legado que ele deixa é enorme e para mim a saudade será grande, já que éramos amigos de longa data. Cantamos uma música juntos no último DVD dele e essa lembrança, além de muitas outras guardarei com todo o carinho na memória”, disse o músico Erivaldo de Carira.

“Ele foi o artista que mais representou o nosso estado e os nossos festejos juninos a nível nacional”, disse o músico Luiz Fontenelle.

“Nos conhecemos em 1982, quando ele tinha um grupo de musicas cover e fazia um show no Iate Clube de Aracaju. Na ocasião, eu tinha uma musica que fazia o registro da situação dos mangues. E alguém falou que eu era compositor e ele me chamou no palco, me apresentou e destacou meu disco. Ele saiu de mesa em mesa vendendo o compacto que eu havia levado e ali começou a nossa amizade. Rogério gravou músicas minhas e é uma pessoa que tenho uma grande gratidão. Em ‘Sergipe é o País do Forró’ ele lembra que Sergipe é um país de grandes forrós, que existem ritmos que não são conhecidos na nossa cultura. Ele queria dizer que nós tínhamos um pais de forró aqui dentro, para que os nossos autores tomassem conta do que temos espalhado em tantos municípios”, destacou o cantor e compositor Mingo Santana.

“Rogério é como é um patrimônio, que defendeu a música em território nacional. É uma perda imensurável para o estado, já que ele defendeu a nossa cultura musical”, disse a cantora Joseane de Josa.

“Ele permanecerá sendo um grande artista sergipano. O dono do slogan ‘Sergipe é o País do Forró’. Eu que sou forrozeiro sempre gostei do seu trabalho. Rogério fez um trabalho que deve ser motivo de orgulho para a música sergipana”, disse o músico João da Passarada.

“Para mim a marca de Rogério e a grande contribuição dele para projetar a música sergipana no cenário nacional, foi a música ‘Sergipe é o País do Forró’, que se tornou um verdadeiro hino e fez com que todo o país conhecesse e valorizasse o forró, raiz do povo sergipano. Ele tinha uma musicalidade especial e já havia experimentado o axé, mas foi no forró, que definitivamente ele se encontrou como artista e alcançou o sucesso. Deixará muita saudade para todos nós músicos sergipanos”, disse o músico Antônio Carlos Du Aracaju.

Trecho de reportagem reproduzido do site: portalaz.com.br

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