Publicado originalmente no site do Portal Infonet, em 25/11/2004
Livro de memórias de Padre Jerônimo Peixoto
Nascido no povoado do Cajueiro, no município de Itabaiana, o
Padre Jerônimo Peixoto acaba de lançar seu primeiro livro, “Memórias de um
Cajueiro”. Ordenado sacerdote no ano de 1997, Padre Jerônimo se formou em
Filosofia e Teologia no Estado de Minas Gerais.
Nascido no povoado do
Cajueiro, no município de Itabaiana, o padre Jerônimo Peixoto acaba de lançar
seu primeiro livro, “Memórias de um Cajueiro”. Ordenado sacerdote no ano de
1997, padre Jerônimo se formou em Filosofia e Teologia no Estado de Minas
Gerais. Assim que retornou a Sergipe, se tornou padre dos municípios de Siriri,
Divina Pastora e, posteriormente, assumiu a Coordenação Arquidiocesana de
Pastoral.
A convite do bispo Dom Lessa, padre Jerônimo assumiu, há
quatro anos, a Catedral Metropolitana. Além disto, leciona a disciplina
Doutrina Social da Igreja no Seminário Arquidiocesano, e na escola de Teologia
para os Leigos, onde também ministra o curso de Teologia Moral. Confira a
entrevista realizada pelo Portal InfoNet com o padre e descubra o lado escritor
deste homem que vive a serviço da fé.
PORTAL INFONET - Do que trata o livro?
PADRE JERÔNIMO PEIXOTO -
Como o próprio título diz, este é um livro de memórias. São relatos
reais e, também, fictícios, de um povo que viveu no pequeno vilarejo no
município de Itabaiana chamado “Povoado do Cajueiro”. Lá, inclusive, foi onde
viveu minha família e também onde passei parte da minha infância. É uma
literatura rica em regionalismo, produzida de forma lírica e com pitadas de
humor, deixando a leitura leve e agradável, já que o objetivo desta produção
literária foi o de passar uma mensagem de esperança, incentivado as pessoas a
perceberem que através da luta existe a possibilidade de se conseguir a vitória
com bastante dignidade.
INFONET – Como surgiu o interesse do senhor pela literatura?
JP - Sempre gostei muito de literatura, mas nunca me
dediquei a isso. Há três anos comecei a me dedicar a esta paixão, passando para
o papel algumas idéia que tive. Começou como uma brincadeira e acabou ficando
sério, ocasionando a produção deste livro, que é uma obra muito simples, apenas
um romance de memórias de alguém que viveu em um cidade do interior.
INFONET – Por ser padre, o senhor tem uma religiosidade
bastante aguçada. No livro isto é perceptível?
JP - A religiosidade no livro é retratada de forma bastante
objetiva, no sentido que as pessoas que compõem a história eram marcadas pela
religiosidade popular e pelo catolicismo da época retratada - no caso de 1870
até os dias atuais. As pessoas eram católicas e isto é retratado, mas de minha
parte não é citado nada. Nem sobre minha espiritualidade, nem sobre minha
relação com a igreja, até porque este não foi um livro escrito com este
intuito.
INFONET - Na última segunda-feira aconteceu o lançamento de
“Memórias de um Cajueiro”. Como o senhor percebeu a receptividade do público
sergipano?
JP - Muito bem. Cerca de 200 pessoas estiveram presentes,
entre autoridades, personalidades e escritores da Literatura Sergipana. Mas sei
que a cultura local não é valorizada e, também sei, do árduo trabalho que há
para divulgar o que se é produzido na área cultural no Estado. Seja na
literatura, nas artes plásticas ou na música. O sergipano não foi educado para
valorizar o que é da terra, e sim o que vem de fora.
INFONET - Tudo bem que o seu primeiro livro acaba de ser
lançado. Mas já existe algum outro projeto guardado ou ao menos a idéia de um?
JP - É muito cedo ainda para falar sobre isso. Ainda estou
esperando saber como meu primeiro livro será aceito. Não pretendo parar de
escrever, por que gosto da coisa. Mas se irei publicar algo, isto só dependerá
dos resultados desta primeira produção, que espero que tenha um respaldo
positivo.
Por Theo Alves.
Texto e imagens reproduzidos do site: infonet.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário