Foto: Danielle Pereira
Mestre Zé de Obakossou (In Memorian)
'Quando a eternidade falar
mais alto e eu estiver
bem distante, espero
que cada um cumpra
com o seu dever e os
meus ensinamentos'.
O nome de registro é José Augusto dos Santos, mas por todos
é conhecido por Zé de Obakossou. Por orientação espiritual, o mestre Zé de
Obakossou viajou a Salvador e Rio de Janeiro em busca do aprendizado da Nação
Ketu. No retorno a Sergipe, abriu casa em Aracaju, em 1951, e desde então
começou um trabalho de difusão e iniciação junto à comunidade dos orixás (Xangô
e Oxóssi) e seus respectivos festejos. Ele inaugurou o Axé no Rio de Janeiro,
Jardim Leal, Duque de Caxias, em 1963; no conjunto Eduardo Gomes, São
Cristóvão, também o Axé Ilé Obá Abassá Odé Bamirê (1986).
Na posição de candomblecista ciente do cuidado ecosófico
(cuidado com o espírito, com os outros e
com o meio ambiente), promoveu mudanças em alguns ritos. Uma delas foi evitar
uso de plásticos, garrafas e até cerâmica (aguidás) nas oferendas sempre
colocada nas margens de rios, nas matas e estradas. Por esta razão é que foi
convidado como palestrante para compartilhar suas ideias de preservação da
natureza na ECO-92, realizado no Rio de Janeiro, Aterro do Flamengo, em 1992.
O mestre Zé de Obakossou morreu no dia 24 de outubro de 2006
no aeroporto Galeão (Tom Jobim), Rio de Janeiro, em meio a este que foi o
grande esforço da sua vida: difundir a cultura Ketu. Ele jogou búzios, lançou
cd de canções africanas, publicou o livro “A vida de um babalorixá” e iniciou
cerca de 5 mil filhos na Nação Ketu.
Texto e imagem reproduzidos do site: expressaosergipana.com.br
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