domingo, 28 de junho de 2020

Jozailto Lima ENTREVISTA Juliano Cesar

“Em momentos de crise, não se pode sobrepor o senso comum à ciência”

Publicado originalmente no site JLPOLÍTICA, em junho de 2020

Jozailto Lima ENTREVISTA Juliano Cesar

Juliano Cesar: “Esta não é hora nem de falecer nem de falir”

Aos 57 anos, ele mistura tolerância, conciliação e prudência com pragmatismo, muito foco e objetividade, o que fez do seu negócio um dos mais alvissareiros, vistosos e promissores no território da atividade atacadista de alimentos e bebidas no Brasil a partir do pequeno Sergipe, que ele tem como sua terra e paixão.

Ele é Juliano Cesar Faria Souto, um administrador de Empresas por formação acadêmica e empreendedor por descendência genética e por imposição compulsória de um certo DNA paterno.

Tem no histórico Raymundo Juliano Faria Santos, o pai, um esteio. Uma âncora. Um “doutor em vida e em negócio”, para quem ele bate continência de afeto, respeito e naturalmente o replica em tudo que o velho é, foi, fez e faz. “Meu pai é a minha real bússola e meu melhor manual de instruções”, diz Juliano.

De 2013 para cá, Juliano Cesar Faria Souto conseguiu empinar o nariz da Fasouto, espargir lojas da marca pelos territórios de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro - neste, um big Centro de Distribuição inaugurado este ano na flor da pandemia de coronavírus -, em Estância, Lagarto e Tobias Barreto, gerar cerca de 500 empregos diretos e se preparar pra um ação que permitirá ao seu Grupo faturar R$ 250 milhões neste ano pandêmico de 2020.

No centro de tudo isso, Juliano Cesar Faria Souto, que emprestou precocemente brancura aos cabelos, ainda encontra tempo e espaço para se converter num ser gregário, participar de entidades de classe do segmento em que atua, em conselhos de governo e, o mais consistente de tudo isso, ter uma cabeça erguida para bem além e acima de dependências e adulações a Governos de plantão.

Não o chamem para brigas desnecessárias e histriônicas que não o terão como um parceiro. “Negociar e fazer amigos é nosso mantra - dele e meu”, diz, numa referência ao pai. “Tento sempre seguir o exemplo de Raymundo Juliano Souto Santos que, mesmo sendo um homem de pensamento político diverso, lembra-me a famosa frase atribuída a Che Guevara, segundo a qual é preciso “ser duro, mas sem perder a ternura jamais””, reforça.

“De modo que, por maiores que sejam o problema, o desafio ou a divergência com os quais me deparo, o faço certo de que as posições e o radicalismo extremados em nada constroem e em nada ajudam na busca da solução. É evidente que devemos e podemos ter posições firmes, porém nunca criar desafetos para fazê-las valer”, diz, do alto desse “mantra”, Juliano Cesar Faria Souto se faz livre, espontâneo e realista - de uma espontaneidade capaz de exibir um conceito justo e muito coerente sobre o presidente Jair Bolsonaro nesta hora de pandemia em que muitos na posição e no status dele jamais o fariam, preferindo o agachamento tíbio e pálido por detrás da moita das conveniências.

“Entendo que é, no mínimo, lamentável. Diria desastrosa”, afirma ele, sobre a falta de responsabilidade presidencial em face do drama da Covid-19. “Em momentos de crise, não cabem voluntarismo e exacerbação de convicções políticas e pessoais. Não se pode sobrepor o senso comum à ciência”, adverte Juliano Cesar.

Ele ainda prefixa esta importante expectativa cidadã: “Espero que essa triste página da história que estamos vivendo, com vidas perdidas, famílias destroçadas e elevados prejuízos econômicos, sirva de ensinamento para que nós brasileiros, quando votarmos, usemos mais a razão do que o fígado”.

“Busquemos lideranças firmes que reflitam nosso modo de pensar a sociedade, mas sem cair em falsas esperanças daqueles que prometem que a solução estará sempre no confronto, pois ao se deparar com situações onde a união é mais importante que ter a razão o líder fica amarrado às suas posições radicais e nos impõe sacrifícios e desgoverno como este que estamos presenciando. Que possamos aprender a fazer escolhas mais assertivas em 2022”, completa.

Portanto, como livre e crítico, Juliano Cesar Faria Souto cunhou na paisagem da economia e da responsabilidade social uma frase que ele capturara Brasil adentro, segundo a qual, o momento da pandemia de coronavírus que se aproximava do pais feito uma nuvem de gafanhoto não seria motivo para falecer pessoas e nem falir empresas.

“E continuo, 100 dias depois, hasteando a mesma ideia de que esta não é hora nem de falecer nem de falir. Acompanhei e atuo na tentativa de que medidas para minimizar os efeitos dessa tão grave crise possam ser adotadas”, diz

Para Juliano Cesar, foi exatamente com essa visão que os setores de primeira-necessidade do país atuaram e atuam na crise, sustentando fornecimento, suprindo a nação e preservando seus colaboradores da fúria do vírus.

“Essa crise precisa de ações efetivas em saúde: testagem, isolamento, assistência aos primeiros sintomas. Não é somente com abertura ou com fechamento de atividades que será interditada a disseminação do vírus”, recomenda.

Nesta Entrevista, o empresário Juliano Cesar Faria Souto faz um exato raio x do setor de atacadista no país - são mais de um milhão de empregos -, diz qual o planejamento dele e das três filhas para o futuro da Fasouto, expõe visões sobre associativismo, relacionamento com governos e fala do futuro socioeconômico de Sergipe e, sobretudo, derrama um olhar terno, grato e reconhecedor sobre o pai, o empresário Raymundo Juliano Souto Santos, 88 anos, fundador e mantenedor da Disberj por muitos anos - a matriz de tudo.

“Meu pai é meu herói, meu líder, minha real bússola e meu melhor manual de instruções. Ter essa convivência e seus exemplos são minha maior riqueza frente aos desafios de cada dia. Em minha vida tenho somente uma meta: honrar os ensinamentos que recebi e recebo dessa figura maravilhosa”, diz.

Juliano Cesar Faria Souto nasceu em 27 fevereiro 1964 na cidade de Estância. É filho de Raymundo Juliano Souto Santos e de Suele Fontes Faria Souto e casado com economista e comerciante Riane Mendonça Silveira Souto, com quem é pai de três filhas - Fernanda Maria Silveira Souto, de 30 anos, Maria Luísa Silveira Souto, de 28, e Maria Júlia Silveira Souto, de 26.

Ele é bacharel em Administração de Empresas, dono do CRA/SE de número 2684-01, com conclusão do curso em 2007 pela Faculdade de Administração Brasília e tem MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas.

Hoje Juliano se divide entre o comando do Grupo Fasouto e a Vice-Presidência da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados e é diretor de Comércio Atacadista da Fecomércio de Sergipe e conselheiro no Sincadise - Sindicato Comércio Atacadista Sergipe.

Ternura filial e paterna entre os dois Souto: "Meu pai é meu herói, meu líder, 
minha real bússola e meu melhor manual de instruções"

Juliano Cesar conhece o batente do trabalho desde os 14 anos - começa no famoso chão de fábrica, como auxiliar de escritório na Disberj - Distribuidora Raymundo Juliano.

“Ter a oportunidade de unir pai e professor numa só pessoa e momento, foi e tem sido uma dádiva para mim e para os meus que estão em vias de me suceder. Até 2024 espero ter concluído a personalização da Fasouto e possa deixar a função de sócio administrador, continuando como sócio e conselheiro”, diz ele

Aí, certamente, vai começar uma nova história, envolvendo três meninas, três Marias - Fernanda Maria, Maria Luísa e Maria Júlia.

A Entrevista com Juliano Cesar Faria Souto vale muitíssimo o empenho da leitura.

Juliano Cesar e sua Riane Mendonça Silveira Souto, 
que ele considera seu porto seguro e que lhe deu três belas moças

Texto e imagens reproduzidos do site: jlpolitica.com.br

Para continuar lendo, clique no link à seguir: https://bit.ly/3ie9uVU

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