Legenda da foto: Imagem reproduzida do site Jornal o Boêmio
e postada pelo blog para ilustrar o presente artigo.
Texto publicado originalmente no site do Portal INFONET, em
5 de abril de 2021
Por Ivan Valença (blog Infonet)
Permitam-me os leitores recorrer a um lugar comum, ao abrir
esta coluna, e dizer que Sergipe ficou um pouco mais pobre com o falecimento
neste final de semana da professora Ilma Fontes. Nem procurei saber com quantos
anos ela morreu, só que deixou um enorme legado aos coestaduanos para os quais
trabalhou em incontidas obras de arte. Ilma Fontes parecia gozar da amizade de
todos os sergipanos. Ela parecia também ser a mãe de todos nós tal a empatia
que emanava dela nos diversos setores por onde passou. O meu primeiro contato
com ela deu-se no início dos anos 60 quando a engajei como colunista social do
jornal “Gazeta de Sergipe, então sob a liderança de Pascoal Maynard. Ela chegou
arrasando introduzindo palavras novas para descrever a sociedade que acabava de
nascer. Era uma descobridora de talentos que ela ia projetando para a vida. A
sua página na velha e querida “Gazeta de Sergipe” foi se transformando na
grande novidade da imprensa sergipana naquele início dos anos 60. Mas, Ilma era
demasiada inquieta para ficar num lugar só. Uma belo dia ela me disse cansada
daquela gente de sociedade que era obrigada a falar. Seus pertences cabiam numa
só sacolinha de plásticos que ela carregava para todos os lados. Sabia escrever
como poucas em Aracaju e isso a levou mais longe ainda ao rabiscar notas para
jornais de fora da cidade. A morte dos pais não a afastou da casa onde sempre
morou, na rua da Frente, e onde veio a falecer no final da semana . O aspecto
físico dela nem de longe lembrava a moça bonita e elegante que estreou na
crônica social.
Texto reproduzido do site: infonet.com.br
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