Por Jorge Carvalho do Nascimento *
Este sábado, 20 de março de 2021, foi para mim mais um dia
de tristeza. As notícias informando a morte de pessoas amigas, colegas de
trabalho, pessoas conhecidas e outros que passamos muito tempo sem encontrar
nos assediam o tempo inteiro.
Logo cedo recebi do dileto amigo Marcos Junqueira um
telefonema dando conta da morte do nosso comum amigo Roberto Barreto Garcez
Vieira.
Durante muito tempo, quando éramos estudantes universitários,
eu, Marcos e outros amigos tínhamos em Roberto uma companhia permanente de
bate-papo, de mesa de bar, de trocas de amenidades, de passeios e algumas
viagens. Economista, Roberto tem passagens como técnico da Companhia de
Desenvolvimento Industrial do Estado de Sergipe – Codise e pelo Tribunal de
Contas do Estado de Sergipe.
Desde sempre Roberto foi para os amigos uma figura afável e
leve, muito leve. Tranquilo, ao longo de anos de convivência nunca vi Roberto
exasperado nem indócil, mesmo diante das situações mais incômodas. Conversa
agradabilíssima, permanentemente. Éramos capazes de ficar horas a fio
conversando sobre todas as coisas ou sobre coisa nenhuma.
Pai de um filho e uma filha, Roberto foi levado pela
Covid-19. Rapidamente. Entre a sua hospitalização e a morte na madrugada do
sábado, menos de uma semana.
O quadro que o consumiu e fez com que os seus pulmões
parassem de funcionar durou menos de sete dias.
Dele, com os amigos ficam as saudades e a indignação em
face dos que desdenharam e dos muitos que continuam a desdenhar desta terrível
virose. A começar pelo ocupante do principal cargo do Poder Executivo federal
que ainda esta semana, desrespeitoso e sem compaixão para com a dor dos
brasileiros, estava imitando a aflição dos que não conseguem processar
oxigênio e morrem pela ação do Coronavírus.
A você, Roberto, o meu adeus saudoso.
* Jornalista, professor, doutor em Educação, membro da
Academia Sergipana de Letras e presidente da Academia Sergipana de Educação.
Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Jorge Carvalho do
Nascimento
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