segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Dilson Menezes Barreto: Um maruinense a serviço do Estado

Imagem: Inventário Cultural de Maruim.

Publicado originalmente no site do Jornal de Maruim, em fevereiro de 2012.

Dilson Menezes Barreto: Um maruinense a serviço do Estado

Por Keizer Santos.

Dilson Menezes Barreto nasceu em Maruim, distante a 30 Km de Aracaju, capital do Estado de Sergipe, no dia 27 de abril de 1942. Filho do Sr. Nestor Vieira Barreto, fazendeiro, e da Sra. Geodete Menezes Barreto, funcionária pública.

Apesar de ser filho de Maruim, boa parte da sua infância foi em Japaratuba, município distante a 54 Km de Aracaju, na propriedade do seu pai, a Fazenda Rio Vermelho.

Sua vida escolar iniciou no Grupo Escolar Gonçalo Rollemberg, em Japaratuba

Em 1954, o Sr. Nestor Barreto vendeu a sua propriedade para residir na capital sergipana, a fim de proporcionar uma melhor educação aos filhos. Porém, Dilson passou a estudar na cidade de Laranjeiras, a 18 Km da capital sergipana, pois seu pai não apresentava naquela época uma boa situação financeira para mantê-lo em Aracaju. Na Atenas Sergipana, estudou em regime de internato, no Colégio de Dona Zizinha Guimarães.

O jovem Dilson fez exame de admissão para o Colégio Jackson Figueiredo, onde também estudou em regime de internato, tendo como colega de classe Albano Franco, ex-governador do Estado.

Após um ano em regime de internato, passou a morar na rua Santa Luzia entre as ruas Campos e Riachuelo, a casa dos pais. Deixou o colégio privado por dificuldade financeira e passou a estudar no Colégio Atheneu, tendo como professores José Rollemberg Leite, Ofenísia Freire, Maria Thétis Nunes, Maria da Glória Portugal e o maruinense Joel Macieira Aguiar.

Em 1967 seu pai faleceu, daí a necessidade de trabalhar. Assumiu a vaga de ascensorista no Edifício Walter Franco, emprego este, conseguido por sua mãe, amiga da irmã do então governador Luiz Garcia. Neste emprego permaneceu por dois anos. Mas, para aumentar a sua renda, limpava sanitários e escadas do prédio, todas as noites e nos finais de semana.

Passou a aprender datilografia para ser indicado por José Smith, ao Aloísio de Campos, ao cargo de datilógrafo no Conselho de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Condese), órgão recém criado no governo José Leite.

Passou no vestibular para o curso de Ciências Econômicas, quando na verdade ele queria ter feito Engenharia Química.

No Condese foi conquistando espaços, de datilógrafo, passou a ser auxiliar técnico, depois auxiliar de economista e, depois, economista, passando a ocupar também a Comissão de Crédito Rural Orientado.

Na Universidade Federal de Sergipe (UFS), foi atuante na política estudantil, assumindo a direção do Centro Acadêmico. Logo depois, foi secretário geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE). 

Devido a sua atuação, no período do Golpe Militar de 1964, foi preso no 28º Batalhão de Caçadores por 21 dias, juntamente com Benedito Figueiredo, Jackson Barreto Lima, Jackson Sá Figueiredo, João Augusto Gama da Silva, José Anderson Nascimento, José Sergio Monte Alegre, Moacyr Soares da Mota, Wellington Dantas Mangueira Marques e mais 27 estudantes.

Devido a sua prisão, só colou grau mais tarde, na secretaria da UFS, em 1968.

Dilson casou com Maria Luíza Boa Ventura Barreto no dia 17 de setembro de 1971, na Catedral Metropolitana de Aracaju. Do casamento nasceram Carlos André e Andréia Carla.

O atuante Dilson Barreto atuou no magistério desde 1970, quando lecionou na Escola Técnica Federal de Sergipe (hoje, Instituto Federal de Educação Tecnológica de Sergipe - IFS), no Colégio Dom José Tomaz, nas Faculdades Integradas Tiradentes, na Universidade Tiradentes (Unit) e na Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Dilson Barreto assumiu diversos cargos públicos: Foi Secretário de Estado do Planejamento em 1976, no governo José Rollemberg Leite; Secretário do Planejamento e Economia do município de Aracaju em 1978, na gestão do prefeito Heráclito Rollemberg; Secretário Adjunto da Saúde em 1983, no governo João Alves Filho; Secretário de Planejamento Urbano do Município de Aracaju, em 1986, na gestão de Jackson Barreto de Lima; Secretário Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, em 1989, depois Secretário de Finanças, na gestão Wellington da Mota Paixão; No segundo governo de João Alves Filho, iniciou como Superintendente de Pesquisa da Secretaria de Planejamento, depois Secretário de Governo e Secretário de Educação.

Em 1993 assumiu o cargo de presidente do Conselho Regional de Economia de Sergipe (Corecon-SE), sendo o décimo terceiro a assumir o posto do Conselho.

Em 1995 foi Secretário de Administração e Finanças do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, na gestão da desembargadora Clara Leite de Rezende.

Dilson recebeu a Medalha Tiradentes e a Comenda Serigy do Governo do Estado de Sergipe.

Referências Bibliográficas

CONSELHO Regional de Economia de Sergipe (Corecon-Se). Galeria dos Presidentes. Disponível em . Acesso em: 11 fev. 2012.

CRUZ E SILVA, Maria Lúcia Marques. Inventário Cultural de Maruim. Edição comemorativa aos 140 anos de Emancipação Política da cidade. Aracaju: Secretaria Especial de Cultura, 1994.

PORTAL Vermelho. Ex-alunos perseguidos pela ditadura terão homenagem na UFS. Publicado em 05 out. 2010. Disponível em Acesso em 11 fev. 2012.

SANTOS, Osmário. Dilson Barreto. Publicado em 15 jan. 2002. Disponível em Acesso em: 11 fev. 2012.

Texto e imagem reprodduzidos do site: jornaldemaruim.com

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