Imagem extraída de foto de Marcelo Freitas,
reproduzida do site do Portal Infonet
e postada pelo blog SERGIPE..., para ilustrar artigos
Félix D’Avila uma lenda na Educação Física
Por Osmário Santos
Félix D’Avila nasceu a 19 de janeiro de 1928, na cidade de
Aracaju/SE, precisamente na rua
São Cristóvão, esquina com Lagarto.
Nome dos pais: Luiz José da Costa Filho Alice Ferreira
Cardoso. O pai foi advogado e o primeiro inspetor do Trabalho em Aracaju.
Também atuou na política e ensinou no Atheneu. Com ele aprendeu a ter objetivos
na vida, a determinação, dignidade e honestidade. Sua mãe se formou em
Pernambuco e Félix conta que foi a primeira sergipana a ter um curso superior
em Direito, embora tenha exercida a profissão por um curto período. Emplacou
uma vida de professora no Colégio Tobias Barreto e cuidou de seus 10 filhos.
Admira sua mãe pela sua personalidade e interesse pelos filhos.
A infância do menino Félix foi dividida entre Aracaju e na
fazenda do pai na proximidade da cidade de Estância. Recebeu da professora
Almerinda as primeiras lições no Colégio Tobias Barreto, onde iniciou os
estudos do curso primário, concluído no Colégio Jackson de Figueiredo.
"Lembro bem da Judite e do Benedito, expressões da Educação em Sergipe e
no Jackson fui aluno das professoras Maria Odete Barreto e Nair Galrão, que me
prepararam para o curso de admissão no Atheneu". Aprovado, passa pouco
tempo no famoso colégio da rede pública estadual, diante da mudança de
residência dos pais para a cidade do Rio de Janeiro, onde termina o ginásio no
Colégio 28 de Setembro e faz o curso científico no Colégio Piedade, chegando ao
final do curso médio. Na Escola Nacional de Educação Física e Desporto da
Universidade do Brasil, hoje UFRJ, depois de enfrentar vestibular em 1955 e
estudar por três anos, cola grau no curso superior em Educação Física em 1957.
"Na minha época reitor da Universidade era o Pedro Calmon".
O despertar para educação física ficou por conta do seu lado
de atleta no tempo de estudante no Rio de Janeiro, onde jogou e bem no times do
Colégio 28 de Setembro de voleibol e basquetebol.
Por ter conseguido junto ao então governador do Estado de
Sergipe, Leandro Maciel, uma bolsa para custear seus estudos na Escola Nacional
de Educação Física, ao receber o diploma, já casado, deixa o Rio de Janeiro em
1958 e volta a Sergipe, fixando residência em Aracaju, onde começa sua vida
profissional.
Além de trabalhar para o Estado na condição de professor de
Educação Física do Colégio Atheneu, tem tempo para ensinar nos colégios
particulares: Jackson de Figueiredo e Salesiano.
No campo de trabalho que começava atuar bons professores já
tinham emplacado a nova metodologia da Educação Física em Sergipe, a exemplo
dos professores Edilberto Reis Cunha, Adalberto Silva, José Calazans, José
Carlos Barbosa, professor Adalberto e outros. Mas quando do seu retorno a
Aracaju conta que só tinha com nível superior o professor Edilberto que dava
aulas na Escola Técnica e no Atheneu. Também coordenou atividades a Educação
Física nas escolas da rede estadual de ensino.
Como prestou concurso público para o Ministério da Educação
e com aprovação, não demora muito e retorna em 1962 ao Rio de Janeiro para
trabalhar como inspetor de ensino do MEC.
Com a fundação da Universidade Federal de Sergipe em 1969, o
seu primeiro reitor, professor João Cardoso do Nascimento Júnior, consegue
liberação do professor Félix junto ao ministro da Educação Jarbas Passarinho e
a partir daí mais outra história de trabalho, iniciada no Centro de Civismo,
Educação Física e Desporto criado por João Cardoso e com sede na praça
Camerino. "Assumi a direção do centro, que estava recém-criado e cuidei de
toda sua estrutura organizacional".
Em 1972, ano da autorização depois de participar do todo o
processo de criação o Ministério da Educação autoriza o funcionamento do Curso
de Educação Física da Universidade Federal de Sergipe que tem em Félix D´Ávila
seu primeiro diretor. Foi mantido no comando do curso até o ano de 1979, quando
é convidado para fazer um trabalho na Universidade do Paraná, sendo colocado a
disposição da universidade pelo então reitor da UFS. "Depois de quatro
anos de trabalho, no momento do meu regresso a Aracaju, o reitor de lá não me
deixou voltar. Veio até Aracaju e conseguiu do então reitor da UFS, Gilson
Cajueiro de Holanda, minha transferência para o Paraná, onde fiquei até 1991,
quando em aposentei. Lá ministrava duas disciplinas e coordenava a
pós-graduação em Educação Física da Universidade Federal do Paraná".
Ao se aposentar, recebe convite do Departamento Nacional do
Sesi, através do seu superintendente e amigo, o sergipano Rui Nascimento, para
trabalhar em Brasília, onde presta serviço até 2000.
Da vida de professor e passagem pela UFS por várias turmas,
inclusive como paraninfo, sente-se gratificado. "Quando a gente vê alunos
da época a gente sente que a nossa missão foi cumprida. Um Déda, governador do
Estado, por exemplo. Benedito Figueiredo e Walter Franco foram ex-alunos do
Salesiano. Como professor é uma satisfação muito grande constatar o sucesso dos
meus ex-alunos".
Das homenagens recebidas: "Hoje sou o único professor
de Educação Física no Brasil com título de Professor Emérito. A primeira era a
professora Maria Lenk, que morreu no ano passado e foi homenageada com seu nome
no Complexo de Natação onde aconteceu o Pan. O segundo sou eu. Não existe mais
ninguém no Brasil. Ela recebeu o Título pela Universidade Federal do Rio de
Janeiro e eu pela Universidade Federal de Sergipe".
Além de professor é jornalista profissional. "Em
Aracaju atuei fazendo crônicas no jornal ‘A Cruzada’. No Rio de Janeiro
trabalhei na Revista do Rádio do Anselmo Domingos, na Vida Doméstica, também
escrevendo crônicas. No rádio carioca trabalhei Na Rádio Cruzeiro do Sul no
programa do Celso Garcia, que era Cruzeiro pelos Teatros. Nós transmitíamos
toda a terça-feira uma peça de algum teatro. Como sempre gostei de escrever,
hoje em dia tenho uma coluna aos sábados no Jornal do Dia sobre educação
física, desporto e lazer".
Casou com a mineira Terezinha Brito e com ela quatro filhos:
Marcos, Omar, Maria Tereza e Félix Filho. Do segundo casamento, com Maura Costa
Lobo, a filha Melanei Costa D´Ávila. Tem sete netos.
Texto reproduzido do site: usuarioweb.infonet.com.br/~osmario
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Texto publicado originalmente no site Clientes/Infonet/Serigy/Site, em 08/02/2008
Félix D'Ávila: 80 anos de vida, 50 de magistério
Por Luiz Antônio Barreto
Félix D’Ávila, filho do advogado e intelectual Costa Filho e
de Alice Ferreira Cardoso, nasceu em Aracaju no dia 19 de janeiro de 1928.
Estudou no Colégio Jackson de Figueiredo o curso primário, de 1937 a 1940,
mudando para o Rio de Janeiro, para estudar o curso ginasial no Colégio 28 de
Setembro, de 1941 a 1944. e o Científico
no Colégio Piedade, de 1945 a 1947, ingressando, em 1955, na Escola Nacional de
Educação Física e Desportos da Universidade do Brasil, ainda no Rio de Janeiro,
concluindo o curso em final de 1957.
Apesar de exercer, enquanto estudante, atividades em jogos e
competições, Félix d’Ávila iniciou sua carreira de professor de Educação Física
em 1958, em Aracaju, nos colégios Estadual de Sergipe (Ateneu), Jackson de
Figueiredo, Nossa Senhora Auxiliadora (Salesiano) e Pio Décimo, ampliando sua
participação na então Cidade de Menores, nos primeiros quatro anos de
atividades docentes em Aracaju.
O Ginásio Pio Décimo, situado na rua de Estância, tinha um
grupo respeitável de professores, liderados pelo Diretor, Manoel Joaquim Soares
de Lima, ele próprio professor de Matemática, que mais tarde transferiu-se para
Salvador, criou o Colégio Nobre, e morreu em plena atividade pedagógica. Sua
mulher Letícia Sobral Lima, filha do velho professor Joaquim Sobral, morreu
meses depois, enlutando a educação sergipana, no capítulo das décadas de 1950 e
1960. O Ginásio Pio Décimo contava com o professor Jugurta Franco, ensinando
Latin, ele ex-padre, ordenado por Dom José Tomás Gomes da Silva, no Seminário
Sagrado Coração de Jesus, com o professor João Costa, de Português, um dos mais
jovens do grupo, com a professora Maria Augusta Lobão Moreira, de História,
firme nas convicções, serena no trato, com o professor Joaquim Sobral,
experiente mestre, velho Diretor do Ateneu, ícone de uma época, com o professor
Jouberto Uchoa de Mendonça, que cumpria as funções de Secretário e era uma
espécie de “faz-tudo” que dava vida e alma ao pequeno Ginásio. Felix d’Ávila
não podia ter começado em melhor meio, experimentando a prática docente em
algumas das melhores escolas dos anos de 1950.
A partir de 1962 o professor Félix d’Ávila deixou novamente
Sergipe, fixando-se no Rio de Janeiro, onde deu fôlego ao seu trabalho de
professor. Na década de 1970 andou por Brasília e voltou a Sergipe, sempre
colaborando, na teoria e na prática, com o ensino da Educação Física. Pós
graduou-se pela Universidade de São Paulo, em 1976, fez cursos de Extensão
universitária na Universidade de São Paulo,vários cursos de Aperfeiçoamento e
de Atualização técnico-pedagógica, e ligou-se aos Jogos Estudantis Brasileiros
e a outros eventos que destacaram o seu nome, em todo o País. Nos anos de 1980
foi para o Paraná, e naquele Estado construiu um currículo repleto de méritos,
que tornou sua biografia de mestre ainda mais importante.
Saindo e voltando, o professor Félix d’Ávila concorreu para
modernizar o ensino da Educação Física, o desporto estudantil, o desporto
social, dando uma contribuição da mais alta qualificação, cujo exemplo de vida
o faz credor do reconhecimento público e da admiração dos sergipanos. São 80
anos de vida, 50 de magistério, datas que referenciam o talento, a disposição,
a responsabilidade, a dedicação a uma causa que abraçou, realizando uma
biografia notável, que merece todos os elogios dos seus conterrâneos.
Jornalista, com registro profissional deste 1959, Félix
d’Ávila colaborou na difusão da Educação Física, na discussão das formas
interativas do desporto brasileiro, e sempre com a palavra acreditada,
atualizada, orientando seus leitores, tanto os colegas de profissão, como os
leigos nas matérias tratadas. Ativo, ágil, dinâmico Felix d’Ávila chega aos 80
anos de vida feliz por tudo o que pôde fazer pelo seu Estado e pelo País, como
atestam a grande quantidade de homenagens, diplomas, títulos, medalhas, que
adornam seu currículo. Sergipe deve mais que parabéns a Félix d’Ávila, deve um
agradecimento solene pela sua vida de trabalho inovador. Vivendo, novamente, em
Aracaju Félix d’Ávila continua colaborando com a Educação Física e com os
desportos, e colaborando com o Jornal do Dia, com matérias esclarecedoras.
Texto reproduzido do site: clientes.infonet.com.br/serigysite
Professor Felix D'Ávila, faleceu em 10 de setembro de 2013, na cidade de São Paulo.
Professor Felix D'Ávila, faleceu em 10 de setembro de 2013, na cidade de São Paulo.
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