Foto: Reprodução/TV Globo
Vale o registro pelo inusitado do fato
Por Ivan Valença
Vale o registro pelo inusitado do fato: poucas vezes um artista sergipano obteve uma exposição tão
fantástica, quanto este notável João Ventura. Ele se apresentou no Programa do
Faustão, as sete horas da noite de domingo, ou seja, o horário de pico do
programa. Ele e seu indefectível piano.
Os dois entoaram e cantaram músicas de Reginaldo Rossi e
outros cantores nacionais, enquanto Faustão anunciava que ele fará shows em São
Paulo e Aracaju antes que o mês de setembro termine. Por seu turno, Faustão
bradava palavras de ordem sobre Aracaju e suas belezas naturais. Faustão acenou
para outros shows de João Ventura no seu programa.
Poucas vezes um artista sergipano conseguiu uma exposição
como este. Mesmo nos seus áureos tempos, o cantor Antônio Teles conseguiu um
importante espaço como o que logrou agora o João Ventura. Teles foi o vencedor
de um concurso famoso nos anos 50 e 60, o ABC de Ouro e por isso conseguiu
apresentações em rádios da moda, como a Nacional, a Mayrink Veiga, a Tupi, etc.
Voltando a Aracaju, Antônio Teles conseguiu poucas
oportunidades principalmente na sua área, a música. Apresentava-se nas
emissoras de rádio e até em programas de auditório, mas nunca essas apresentações
repercutiam para fazer bem a sua carreira.
Aqui em Aracaju, Antônio Teles se virava como repórter de um
jornal local, a “Gazeta de Sergipe”, mas o seu forte mesmo era o rádio e os
shows musicais. Obtinha espaços em
programas comandados pelo radialista Santos Mendonça mas as oportunidades aí
não tinham a dimensão que obteve o João Ventura no Programa do Faustão.
Os artistas sergipanos tinham que se contentar com
apresentações esparsas em Salvador ou em Maceió. Não chegavam a Recife, que era
um mercado maior, principalmente nos tempos de carnaval. E Antônio Teles era um
bom entoador de músicas carnavalescas. Sabia como levar a multidão para seguir
o seu rítmo.
Texto e imagem reproduzidos do site: alonews.com.br
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