quarta-feira, 30 de maio de 2018

A morte de José Carlos Teixeira

Imagem reproduzida do site A8 SE. e postada pelo blog 
"SERGIPE, sua terra e sua gente", para ilustar o presente artigo.

Texto publicado originalmente no site Infonet/Blog/Ivan Valença.

A morte de José Carlos Teixeira

Texto de Ivan Valença

Na sua sessão de ontem de manhã, meio que improvisada porquê de fato não deveria ter havido a sessão ordinária, a Assembleia Legislativa antecipou-se ao anuncio da morte do ex-deputado José Carlos Teixeira. De fato, o político sergipano só veio a óbito já pouco depois do meio-dia e não às 10h30 como foi anunciado. Um dos mais importantes políticos sergipanos, José Carlos Teixeira elegeu-se deputado federal pela primeira vez em 1962, reelegendo-se pelos anos afora por mais três vezes.

A mais importante voz contra o golpe militar de 1964, Teixeira também por essa época tornou-se a mais importante voz da área cultural do Estado ao promover a Sociedade de Cultura Artística de Sergipe. Graças ao seu empenho, alguns diretores teatrais de fora do Estado – como Wilson Maux e Mário Sérgio, por exemplo –  vieram dirigir artistas sergipanos em obras de excelente qualidade. Um desses trabalhos, chamado “Chuva”, peça de Somerset Maugham, trouxe interpretações marcantes de atores como o prof. João Costa, a socialite Tereza Prado e o então estreante em jornalismo José Carlos Monteiro, antes de ir residir em definitivo no Rio de Janeiro. 

Fundador do PMDB, o partido de Oposição consentido pela Revolução Militar de 1964, José Carlos Teixeira exerceu toda sua atividade política como filiado ao partido. Por um breve espaço de tempo, nos anos 1980, foi Prefeito de Aracaju e passou o comando da cidade ao seu colega de partido, Jackson Barreto, eleito por voto direto dos eleitores. 

Foi diretor da Caixa Econômica e Secretário da Cultura, em 2003, no governo do Sr. João Alves Filho. Quando ajudou a fundar a SCAS (Sociedade de Cultura Artística de Sergipe) no início dos anos 50, ficaram famosas as recepções oferecidas por Teixeira a artistas estrangeiros que vinham se apresentar na SCAS.

 José Carlos Teixeira despediu-se do seu povo aos 83 anos de idade, embora aparentasse ter um pouco mais.

Texto reproduzido do site: infonet.com.br/blogs/ivanvalenca

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