Imagem reproduzida do site A8 SE. e postada pelo blog
"SERGIPE, sua terra e sua gente", para ilustar o presente artigo.
Texto publicado originalmente no site Infonet/Blog/Ivan Valença.
A morte de José Carlos Teixeira
Texto de Ivan Valença
Na sua sessão de ontem de manhã, meio que improvisada porquê
de fato não deveria ter havido a sessão ordinária, a Assembleia Legislativa antecipou-se
ao anuncio da morte do ex-deputado José Carlos Teixeira. De fato, o político
sergipano só veio a óbito já pouco depois do meio-dia e não às 10h30 como foi
anunciado. Um dos mais importantes políticos sergipanos, José Carlos Teixeira
elegeu-se deputado federal pela primeira vez em 1962, reelegendo-se pelos anos
afora por mais três vezes.
A mais importante voz contra o golpe militar de
1964, Teixeira também por essa época tornou-se a mais importante voz da área
cultural do Estado ao promover a Sociedade de Cultura Artística de Sergipe.
Graças ao seu empenho, alguns diretores teatrais de fora do Estado – como
Wilson Maux e Mário Sérgio, por exemplo –
vieram dirigir artistas sergipanos em obras de excelente qualidade. Um
desses trabalhos, chamado “Chuva”, peça de Somerset Maugham, trouxe
interpretações marcantes de atores como o prof. João Costa, a socialite Tereza
Prado e o então estreante em jornalismo José Carlos Monteiro, antes de ir
residir em definitivo no Rio de Janeiro.
Fundador do PMDB, o partido de
Oposição consentido pela Revolução Militar de 1964, José Carlos Teixeira
exerceu toda sua atividade política como filiado ao partido. Por um breve
espaço de tempo, nos anos 1980, foi Prefeito de Aracaju e passou o comando da
cidade ao seu colega de partido, Jackson Barreto, eleito por voto direto dos
eleitores.
Foi diretor da Caixa Econômica e Secretário da Cultura, em 2003, no
governo do Sr. João Alves Filho. Quando ajudou a fundar a SCAS (Sociedade de
Cultura Artística de Sergipe) no início dos anos 50, ficaram famosas as
recepções oferecidas por Teixeira a artistas estrangeiros que vinham se
apresentar na SCAS.
José Carlos Teixeira despediu-se do seu povo aos 83 anos de
idade, embora aparentasse ter um pouco mais.
Texto reproduzido do site: infonet.com.br/blogs/ivanvalenca
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