Nas comemorações juninas sempre tem espaço para o tradicional mungunzá.
Canjica está entre as iguarias mais vendidas.
Álvaro também comemora o aumento das vendas.
Segundo Sônia, além de renda extra nesse período, ela também consegue gerar empregos.
Beiju vende em qualquer época, mas em junho a procura aumenta bastante.
Milho é um dos itens que não podem faltar no período junino.
A vendedora Rosemeire garante que as pessoas adoram amendoim.
Fotos: Marco Vieira.
Publicado originalmente no site da PMA, em 21/06/2017.
Comidas típicas: costume mantido na fogueira e na mesa dos
aracajuanos
Milho, amendoim, bolos, canjica, mungunzá... Quem resiste a
essas delícias da culinária junina? Em Aracaju, grande parte dos ingredientes
dos pratos típicos desse período do ano e até as iguarias já prontas podem ser
encontradas nos mercados Albano Franco e Thales Ferraz, no Centro. De lá, elas
preenchem as mesas nos arraiás da capital.
Nem precisa entrar nos mercados para encontrar o milho
verde. Do lado externo do mercado Albano Franco, por exemplo, já é possível
encontrar o vegetal tão consumido pelos aracajuanos. No local, é possível
encontrar a "mão do milho" a partir de R$ 20.
O vendedor José Osvaldo dos Santos já comemora as boas
vendas. Ele, que vende milho vindo de Lagarto e Itabaianinha, chega a vender
200 "mãos" de milho por dia.
"A mão do milho tem 50 espigas. Até agora os preços
estão iguais aos do ano passado, mas pode aumentar até o final da semana. Mas
as vendas estão boas, o pessoal não deixa faltar milho, não", comemorou.
O amendoim também é bastante procurado no período do São
João. A vendedora Rosemeire Souza sabe disso e já garantiu o amendoim para a
sua barraca, localizada na área interna do mercado Albano Franco.
"Eu vendo amendoim o ano inteiro, mas em junho a
procura aumenta muito. Eu chego a vender dez sacos por dia. Até agora a lata
está saindo a R$ 4, mas o preço pode variar", informou a vendedora, que vende
o amendoim produzido em Pedrinhas.
Comidas típicas
Os produtos se transformam em delícias juninas em diversos
pontos da cidade. Álvaro Correio vende milho cozinho, pamonha e canjica no
bairro São José há 11 anos. No seu carrinho a procura não para.
"Eu vendo em média 150 espigas de milho por dia. O meu
milho é diferente, molinho, as pessoas adoram! Quem compra uma vez não para
mais. Para o São João eu já tenho mais de 500 encomendas de canjica e
pamonha", comemorou.
Na delicatessen da dona Sônia Almeida, localizada no bairro
Luzia, a produção começa nas primeiras horas da manhã e segue até a noite. Por
lá, logo da entrada já é possível avistar uma barraquinha com os aperitivos
favoritos do público.
De acordo com a empresária, os itens mais queridinhos são
canjica, com uma média de 300 potinhos vendidos por dia e pamonha. "A gente vende de tudo. Tem mingau,
pé-de-moleque, beiju molhado, uma diversidade de bolos, mas o que mais sai é
canjica e pamonha", disse animada.
A tradição também ajuda e muito a movimentar a economia.
Segundo dona Sônia, no mês das festas de Santo Antônio, São João e São Pedro o
lucro cresce significativamente. "Eu vendo esse tipo de comida o ano todo,
mas entre maio e junho a procura aumenta bastante e chego a ter 50% de aumento
no lucro. É uma renda extra muito boa", afirmou Sônia.
Além disso, o aumento na demanda gera vagas de emprego, já
que para dar conta dos pedidos é preciso contratar mais funcionários. "Até
agora eu contratei cinco pessoas. Ainda posso contratar mais se as encomendas
aumentarem", pontuou.
Não pode faltar
Seu Antônio Dias faz questão de garantir o milho para assar
na noite de Santo Antônio, tradição mantida na sua cada desde criança por levar
o nome do santo. "Eu já fui criado assim e hoje faço questão de acender a
fogueira e assar o milho em casa com toda minha família no dia de Santo
Antônio. Vim cedo para poder escolher o milho com calma", declarou.
Já a enfermeira Eliana França é apaixonada por todos os
produtos da culinária junina. Ela contou que todos os dias a parada na
barraquinha de comidas típicas é obrigatória. "Não pode faltar na mesa do
café. Eu gosto de tudo e vou variando entre beiju, pamonha, canjica, milho...
Não posso deixar de comer nada", disse.
Consumidora de produtos juninos durante o ano inteiro, a
também enfermeira Kátia Santana conta qual produto é seu preferido. "Eu
amo canjica! Minha mãe também adora e na nossa mesa com certeza não pode
faltar", pontuou.
Aprenda a preparar
Ficou com água na boca com as comidas juninas? Então
aproveita para aprender uma receita de canjica, o prato preferido da Kátia.
Ingredientes: 5 espigas de milho cortadas, 1L de água, 1
xícara de açúcar, 1 colher de sopa de sal, 1 coco ralado grande e o leite
extraído do próprio coco.
Modo de preparo: Bata no liquidificador a água com as 5
espigas debulhadas. Depois de batido passe numa peneira. Após peneirar coloque
o líquido em uma panela grande, leve ao fogo brando e acrescente os outros
ingredientes. Quando engrossar pode desligar o fogo e servir com canela a
gosto.
Rendimento: seis porções.
Texto e imagens reproduzidos do site: aracaju.se.gov.br
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