Publicado originalmente no Facebook/Antonio Samarone, em 13/06/2017.
Mestres da Medicina em Sergipe.
Por Antônio Samarone.
Fedro Portugal, nasceu na Praça Camerino, Aracaju, em
primeiro de julho de 1944. Filho dos professores Francisco Portugal e Maria da
Glória. Fedro se criou cercado de livros e antes da televisão, quando aprendeu
a gostar da rua já tinha lido muita coisa. O seu pai era um agnóstico de
profunda erudição, que lia Goethe no original. Fedro estudou com os melhores
professores de Sergipe e desde cedo destacou-se intelectualmente. Junto com
Luiz Daniel Baronto, fundou a Arcádia Gilberto Amado, disputando as iniciativas
culturais com a Arcádia do Colégio Atheneu. Ainda no científico, Fedro já
ensinava inglês no Colégio Tobias Barreto. Fedro estudo piano com a professora
Maria Gesteira.
Fedro aproximou-se da medicina por influência do Tio, Dr.
Geraldo Magela, e pela presença frequente em sua casa do Dr. D´Ávila Nabuco.
Durante o vestibular, na hora escolher a língua para a prova de língua
estrangeira, Fedro escolhe o alemão, colocando a Faculdade de Medicina em dificuldades.
Só os professores Hercílio Cruz e Lourival Bomfim, estavam em condições de
elaborar e corrigir uma prova em alemão. Fedro foi aluno da terceira turma de
medicina, 1963, junto com Eduardo Garcia, Ildelte Caldas, Margaridinha,
Agnaldo, Rollemberg, Délia, Antônio Santana, Lícia, Selma e Caetano Quaranta. A
opção pela dermatologia foi influência direta do Professor Delso Calheiro.
Imediatamente após a formatura (1968), Fedro ingressou na UFS como professor
auxiliar.
Durante o curso de medicina, Fedro ensinou biologia no curso
pré-vestibular Beta, o primeiro de Sergipe (1964). O curso era dele, Caetano
Quaranta e Eduardo Garcia. O segundo pré-vestibular de Sergipe foi o do
professor de Marcos Pinheiro, que originou o Colégio CCPA. O Dr. Fedro é casado
com Selma (também médica) há 46 anos, e pai de três filho.
A doença fala, e o Dr. Fedro pertence a geração de médicos
que sabia escutar, que tratava os exames como complementares. Também não faz a
dermatologia cosmética. Humanista de elevada erudição, poliglota, amante dos
clássicos, pianista. A elevada cultura geral era uma das marcas dos médicos
antigos. Fedro é um remanescente desse período. Com o amadurecimento, tornou-se
católico militante, fortalecendo a sua postura ética. Professor de
Dermatologia, ao lado de Delso Calheiro, mantendo o elevado nível técnico da
disciplina, e servindo de exemplo ético para os estudantes de medicina.
Continua ensinando na pós-graduação da residência em dermatologia do Hospital
da UFS. O Dr. Fedro não amealhou riqueza com o exercício da medicina.
Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Antonio Samarone.
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