sábado, 17 de junho de 2017

Mestres da Medicina em Sergipe, por Antônio Samarone.



Publicado originalmente no Facebook/Antonio Samarone, em 13/06/2017.

Mestres da Medicina em Sergipe.
Por Antônio Samarone.

Fedro Portugal, nasceu na Praça Camerino, Aracaju, em primeiro de julho de 1944. Filho dos professores Francisco Portugal e Maria da Glória. Fedro se criou cercado de livros e antes da televisão, quando aprendeu a gostar da rua já tinha lido muita coisa. O seu pai era um agnóstico de profunda erudição, que lia Goethe no original. Fedro estudou com os melhores professores de Sergipe e desde cedo destacou-se intelectualmente. Junto com Luiz Daniel Baronto, fundou a Arcádia Gilberto Amado, disputando as iniciativas culturais com a Arcádia do Colégio Atheneu. Ainda no científico, Fedro já ensinava inglês no Colégio Tobias Barreto. Fedro estudo piano com a professora Maria Gesteira.

Fedro aproximou-se da medicina por influência do Tio, Dr. Geraldo Magela, e pela presença frequente em sua casa do Dr. D´Ávila Nabuco. Durante o vestibular, na hora escolher a língua para a prova de língua estrangeira, Fedro escolhe o alemão, colocando a Faculdade de Medicina em dificuldades. Só os professores Hercílio Cruz e Lourival Bomfim, estavam em condições de elaborar e corrigir uma prova em alemão. Fedro foi aluno da terceira turma de medicina, 1963, junto com Eduardo Garcia, Ildelte Caldas, Margaridinha, Agnaldo, Rollemberg, Délia, Antônio Santana, Lícia, Selma e Caetano Quaranta. A opção pela dermatologia foi influência direta do Professor Delso Calheiro. Imediatamente após a formatura (1968), Fedro ingressou na UFS como professor auxiliar.

Durante o curso de medicina, Fedro ensinou biologia no curso pré-vestibular Beta, o primeiro de Sergipe (1964). O curso era dele, Caetano Quaranta e Eduardo Garcia. O segundo pré-vestibular de Sergipe foi o do professor de Marcos Pinheiro, que originou o Colégio CCPA. O Dr. Fedro é casado com Selma (também médica) há 46 anos, e pai de três filho.

A doença fala, e o Dr. Fedro pertence a geração de médicos que sabia escutar, que tratava os exames como complementares. Também não faz a dermatologia cosmética. Humanista de elevada erudição, poliglota, amante dos clássicos, pianista. A elevada cultura geral era uma das marcas dos médicos antigos. Fedro é um remanescente desse período. Com o amadurecimento, tornou-se católico militante, fortalecendo a sua postura ética. Professor de Dermatologia, ao lado de Delso Calheiro, mantendo o elevado nível técnico da disciplina, e servindo de exemplo ético para os estudantes de medicina. Continua ensinando na pós-graduação da residência em dermatologia do Hospital da UFS. O Dr. Fedro não amealhou riqueza com o exercício da medicina.

Texto e imagem reproduzidos do Facebook/Antonio Samarone.

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