Maria das Piabas: vida simples no sertão sergipano (Foto:
Divulgação/Rede Record).
Publicado originalmente no site do Cinform, em 22 de julho
de 2017.
Dois anos sem Maria das Piabas.
Por Priscilla Sampaio.
Menor mulher do sertão ficou conhecida por medir apenas 90 cm.
A cidade de Itabaianinha, localizada a 118 quilômetros de
distância da capital sergipana, é nacionalmente conhecida como a “cidade dos
anões”, que residem principalmente nos povoados, como é o caso do povoado Carretéis,
onde morava a anã mais famosa, a Maria das Piabas. Maria Cardoso de Jesus
Filha, nasceu e morreu numa casinha simples, cercada pela plantação de milho,
macaxeira e bananas – o que também era seu sustento e de seus irmãos: Luzia,
Helena e Erasmo Cardoso dos Santos.
Maria das Piabas viveu com a família até os 63 anos, e após
um mal-estar, faleceu em agosto de 2015. “Conheci Maria desde criança, sempre
convivi com a família e acompanhei a luta deles. Ela sempre foi uma mulher
guerreira, trabalhou duro na roça a vida toda. Até hoje eles vivem do que
plantam e nunca saíram daqui”, declara a amiga e vereadora da cidade, Josefa,
conhecida como Zefa de Patú.
No próximo mês completa dois anos do falecimento de Maria
das Piabas, mas até hoje ela é lembrada como a menor mulher do sertão. Pouco
antes de seu passamento, Maria ficou conhecida nacionalmente e apareceu em
programas de televisão. “Vinha muita gente conhecer Maria, gente de jornal de
São Paulo, Recife. E ela recebeu todo mundo, até convite pra conhecer a praia
ela recebeu, mas não quis ir. Ela e os irmãos são muito caseiros, não costumam
sair de casa, a vida deles é essa”, recorda Zefa.
Apesar de Maria das Piabas ter partido, ela continua sendo
uma personalidade não apenas em Itabaianinha, mas em todo o País. Talvez muitos
a conheçam ou tenham ouvido falar por conta de sua estatura – uma sorridente
senhorinha de 90 centímetros -, mas além de sua altura, Maria das Piabas deve
ser lembrada por ter sido uma grande brasileira, que lutou muito e soube levar
a vida, do seu jeito, com simplicidade e força, como todo grande nordestino.
Texto e imagem reproduzidos do site: cinform.com.br
Que texto lindo!!! Me emocionei, só conheci maria pela tv mas com certeza foi um privilegiado quem conviveu com ela, infelizmente pessoas como ela são poucas e se vão rápido.
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