Foto: Portal Infonet.
Zé Américo do Campo do Brito conta como iniciou no forró
Amante do autêntico forró tradicional, Zé Américo do Campo
do Brito é um dos sanfoneiros conhecidos em Aracaju. O Portal Infonet esteve no
restaurante do sanfoneiro para bater um bate papo com ele sobre o início da sua
carreira.
Segundo ele, a paixão pela sanfona veio desde pequeno quando
ainda tinha 10 anos de idade. “Desde os
meus 10 anos eu já assistia os reisados. Ia pros leilões onde tinha sempre um
forrozeiro para fazer a abertura e eu lá no canto ficava pertinho da parede com
os sanfoneiros. Ai eu fui me acostumando e quando o cara cansava, eu pegava no
triângulo, pegava na zabumba, mas eu sempre de olho mesmo na sanfona”, diz.
Para Zé Américo, o dia mais importante foi quando conseguiu
adquirir a tão sonhada sanfona. “Eu já estava juntando dinheiro, comprei
carneiro, comprei uma vaca, fui juntando dinheiro e aí uma certa vez comprei
uma sanfona quando tinha 14 anos. Comprei a sanfona, um bumbo, triângulo e um
pandeiro. Comecei brincando e com 90 dias eu já fui tocar no leilão. Meu pai
era famoso, era amigo de políticos, fazia roça no terreno daqueles fazendeiros
famosos e também era comerciante. O primeiro leilão a cota deu 18 mil reis, um
dinheiro absurdo. No leilão quando dava muito, quando era de gente bacana, dava
doze, oito e até 6 mil réis e esse leilão deu 18 mil réis”, diz.
Segundo ele, a sanfona foi comprada semi-nova pelo mesmo
preço adquirido no leilão. “A sanfona
foi comprada também por 18 mil réis. O primeiro cachê que eu fiz foi 18 mil
réis, o número da minha sorte. Eu comecei fazer cachê e aí chegou a época de
viajar para São Paulo, pois eu tinha que aprender, mas eu queria ser motorista
de caminhão e garçom, porque aqui não tinha campo na época. Já nos anos 70 eu
viajei pra São Paulo, já fui com emprego marcado, e dei continuidade a tudo que
eu queria e sonhava como o meu primeiro CD. O primeiro CD gravado foi o ‘Sonho
do agresteiro, depois veio 'A velha Casa de farinha' e o terceiro ‘Forrozando
nos Mercados’. Este último retratou a beleza dos mercados de Aracaju”, relata...
Texto e imagem reproduzidos do site: infonet.com.br/saojoao2012
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